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sábado, 21 de julho de 2012

TRANSTORNO BIPOLAR – Uma metade que precisa ser mais conhecida e conciliada.

                   Tenho acompanhado literaturas e relatos de médicos psiquiatras e pacientes, à respeito do transtorno bipolar e suas comorbidades e tenho me sensibilizado, tentando chegar o mais perto possível, quanto à imaginar ser uma pessoa nessa condição e admito não ser tarefa fácil, muito embora acredito que ainda sim haja uma forma de atenuar seus efeitos, por si e pelos familiares.

Ser um borderline, um bipolar, para quem é, é o pior calvário do mundo e (sem querer desmerecer ou desrespeitar essa dor), também é para o dependente químico de crack e seus familiares, para o alcoólico e seus familiares, para o jogador e outras compulsividades e por aí vai.  Contudo, faço valer a teoria filosófica do meu projeto, qual seja: “Ninguém faz nada se não em razão de algo que o motive”,  isto é, se para tudo há uma razão de ser, motivada quem sabe pelo próprio homem, então o próprio homem pode ter o controle da situação, para reverter ou atenuar suas próprias adversidades.
Assim como em toda estratégia de guerra, em que se faz  primeiro o reconhecimento do inimigo, para em seguida atacar com segurança, nesta guerra psicológica, cujo adversário é o transtorno bipolar, cabe também ao seu portador, a tarefa de explorar ao máximo essa nova realidade, pois aqui o objetivo não é o de destruir, mas o de conviver.
O que à princípio gera certa tristeza ou angústia, pode na verdade ser utilizado como ferramenta de ajuda, como é o caso do tempo que já carrega esse “saco de cimento” nas costas, os remédios que têm de tomar, a dosagem, bem como dos resultados e seus efeitos colaterais.  Tudo é objeto de avaliação de resultados e padrões de referência, para ser utilizado nas crises e os efeitos que da medicação está proporcionando, como satisfatória ou não, e quanto.
A maioria que é Bipolar, tenta levar sua vida pessoal, profissional, familiar e social, da melhor forma que puder, mas se esquece de administrar esse “inquilino permanente” em sua vida ou o faz mas sob a condição de obrigatoriedade, causando maior tristeza e ansiedade.  Algumas medidas de cara devem ser tomadas ou preservadas, como a manutenção do tratamento e da medicação, para controlar o problema e tentar ter uma vida mais próxima possível do normal, o que não é tão difícil assim.
O que muitos bipolares costumam fazer é abandonar o tratamento sob duas justificativas: Ou porque acha que já está bom e não precisa mais, tomar os remédios ou porque tá chutando o balde, achando que não existe remédio certo para o seu problema.  Este último pode ser resultado da ineficácia do medicamento ou da dosagem.  Se o problema persistir, busque uma segunda opinião com outro médico, só não desista.
É importante lembrar que o transtorno bipolar varia de pessoa pra pessoa e sendo assim, torna-se um pouco difícil acertar a medicação logo na primeira tentativa e se tiver comorbidade com outro tipo de transtorno, é um pouco mais difícil.  Por isso é primordial a cooperação do paciente, em se auto-conhecer melhor, quanto aos medicamentos que está tomando, em relação aos sintomas e efeitos colaterais, para que no menor tempo possível, o médico possa acertar na medicação.
Faça uma auto-avaliação, conheça melhor sua realidade, comece a registrar o que se passa, com maior interesse em se conhecer do que por obrigação.  Dessa forma, quem sabe, saberá o período de uma nova crise e se programar, para avisar à algumas pessoas sobre reações “diferentes” que possam surgir nos próximos dias.   Se puder compartilhar com Deus sua nova fase, Êle poderá lhe ajudar nesse processo e você verá que poderá levar sua vida um pouco mais tranqüila, proporcional ao seu empenho.  Veja pelo lado bom:  Esse é um casamento que não tem sogra.
                                                  Amadeu Epifânio
Viver bem é Possível !
Projeto Conscientizar

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