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sexta-feira, 13 de julho de 2012

DISLEXIA

ESTIGMATIZAR DEMAIS COMPROMETE A AUTO-ESTIMA.

                          Se têm uma coisa que me incomoda demais é a estigmatização em demasia de (filhos) jovens especiais, com problemas de déficit de atenção escolar.  Antes de ficar rotulando demais os próprios filhos, verifique o grau de dificuldade dele com o aprendizado escolar, em relação aos demais colegas da classe.  Vale lembrar que, sem essas rotulações, a escola já se esquiva de suas responsabilidades, quando o assunto é a baixa qualidade do ensino, delegando-as aos alunos, alegando falta de interesse.  Portanto, antes de dizer à escola que seu filho têm certa dificuldade para o aprendizado, espere um pouco mais para certificar-se quanto ao desempenho dos demais alunos da mesma classe e em cada disciplina, excetuando-se apenas os casos em que o déficit é visível ou perceptível.   

                          Sabemos que a qualidade de ensino no Brasil, hoje, deixa um tanto à desejar.  Por outro lado, existe também a falta de interesse de alguns alunos, justificado psicologicamente por atrativos tecnológicos e seus infindáveis recursos(...).  Psicologicamente, porque essas distrações, longe de ser uma necessidade, é uma das inúmeras formas de satisfação de carências, insegurança emocional e de ansiedade, geradas por expectativas(...) criadas involuntariamente e que tão cedo serão saciadas ou atendidas.


                           Em razão disso, existe uma infinidade de crianças e jovens, que podem não ter o mesmo problema de déficit de atenção (diagnosticado), mas que, de alguma forma têm diversos motivos para passar pelas mesmas dificuldades de aprendizado, somado ainda á uma provável dificuldade,  incapacidade ou inabilidade de certos professores, quanto da transferência de ensino e conhecimento para os alunos. 
                            Professores podem até, serem profissionais em suas respectivas áreas.  Outra coisa é a capacidade ou habilidade para lecionar.  Eu mesmo já tive uma experiência desastrosa no meu curso de direito, quando surgiu um professor de introdução à matéria, que não tinha a menor capacidade para ministrar aula, ainda mais numa universidade e era especialista em sua área.
                            Essa avaliação de desempenho coletivo, entre os colegas da mesma classe que seu filho, pode ser feita por indagação às mães dos outros colegas ou entre estes.  Para a escola, ter um aluno, dito como especial, pode ser considerado demasiado “fardo” e por isso às vezes, vivem criando formas e desculpas para se livrarem, sugerindo que ele seja matriculado em escolas com suposta estrutura para alunos “diferentes”. 
                              Estes tipos de alunos põe em xeque o ensinamento das escolas, pois requer do docente, um pouco mais de empenho, na hora de explicar a matéria, coisa que os alunos considerados como normais, não têm a iniciativa de cobrar isso dos professores, ficando com as dúvidas na cabeça.
                               Seu filho até pode ter algum problema mas, problema maior (para eles) é os pais se convencerem e se conformarem com isso, sem questionar ou averiguar até que ponto vai o grau de dificuldade dele com o ensino ou é o ensino que não está sendo transferido como devia.  Pare e olhe.

                                                        Amadeu Epifânio

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