Projeto VIVA +

sexta-feira, 19 de junho de 2020

SOMOS O QUE SOMOS...



...PELAS LIMITAÇÕES QUE CRIAMOS.



Olá, criei este gráfico para explicar como funciona o nosso sistema de respostas, prazeres e compensações, em razão dos questionamentos que recebemos, em forma de estímulos verbais, dores, sofrimentos, alegrias, etc.  O tipo de resposta que somos induzidos (ordenados por um dos nossos inconscientes), vai depender da rapidez de resposta, da possibilidade de termos a resposta em acervo, mais a rapidez com que nosso inconsciente racional (EGO) leva para encontra tal resposta no acervo.

Faz parte do mesmo acervo, as experiências emocionais que tivemos ao longo da vida, boas e ruins, as quais poderão, segundo sua frequência aritmética, influenciar na rapidez e precisão das raspostas, bem como se elas virão de forma verbal, como ação ou reação (positiva ou negativa).  Como veem, não é tão simples tomarmos boas decisões, uma vez que existem condições à serem satisfeitas, antes de responder ou decidir sobre certa questão.

No lado oposto à isso, temos o inconsciente inconsequente Id, o qual representa os nossos impulsos que, quase sempre nos leva à lamentações, arrependimentos e remorsos se, formos agraciados por nossos pais, com tais princípios e valores morais.  Para algumas decisões existem consequências, como as erradas ou de forma imprudente, negligente ou sem a devida perícia, cabendo ao ID nos fornecer, como resposta, o que julgar como apropriado ao momento, proveniente do seu imenso acervo, de natureza questionável.

Qual o propósito disso ?  Nos forçar à aprimorar nosso próprio acervo, o qual pertence ao inconsciente racional Ego, o qual tem sempre a prioridade de nos fornecer as respostas pelas quais devemos nos esmerar por arrebanhar, com o objetivo de manter nosso equilíbrio psíquico, pelo maior tempo possível.  

Ambos inconscientes buscam promover nossa estabilidade emocional e bem estar e (como podem ver no gráfico), fica mais fácil atingir este “prêmio”, mais pelo Ego do que do ID, razão pela qual, torna-se imperativo (repito) esmerar-se por elevar o nível de qualidade do acervo do Ego, não somente no plano cultural como também na esfera emocional, visto que (já dito antes), é pelo conteúdo aritmético deste que definirá nosso temperamento dominante, usualmente partilhado com outras pessoas.

Já mencionei em outros artigos, aqui neste Blog, que a humanidade está um tanto inerte diante dos estímulos recebidos, de toda sorte, o que fatalmente prevalece como fornecedor de suas respostas e reações, o inconsequente inconsciente ID, o qual não mede consequências e não pressente perigo, diante das tentações que somos acometidos pelos estímulos, cujo resultado dependerá de muita sorte, para que o dano consequente, não seja tão desastroso, nocivo ou até mesmo, letal.   Referi-me à humanidade, pois que este gráfico é aplicado à todo ser humano e faixa etária, em qualquer parte do planeta.

O Ambiente é sempre responsável pela predominância dos nosso conceitos, bem como da frequência (da forma) de resposta que compartilhamos, favorecendo ou não, a continuidade do tipo de convivência que partilhamos neste, ou em qualquer outro ambiente, podendo o mesmo ser familiar, social ou profissional.  

É nos conceitos que estabelecemos, que elevamos (ou não) a qualidade e quantidade do acervo do Ego, tendo em vista que, para o Id, seu acervo é arriscadamente fornecido, podendo nos causar danos, desde de banais à irreparáveis, perante aos que nos são próximos ou para os que coincidentemente, cruzam nosso caminho em hora e local errados.

Não deixem de comentar, o Blog não tem moderação.


A vida feliz consiste na tranquilidade da mente.    (Cícero)


Professor Amadeu Epifânio

Pesquisador / Psicanalista Autodidata.



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quarta-feira, 10 de junho de 2020

BULIMIA (E NERVOSA)



DOIS FATOS PARA SEREM ANALISADOS SEPARADAMENTE.




A Bulimia nervosa são duas situações que (embora sequenciais) devem ser separadamente analisadas, porque ?  Porque envolve duas reações distintas, sendo a primeira positiva e a segunda, de natureza negativa.  A primeira ação (comer de forma compulsiva), envolve não somente a ação de comer, como também e associado, o fato de comer rápido, como se algo dependesse disso.  Vamos primeiramente, nos reportar à idade em que ocorreu a primeira vez, tendo a criança uma faixa etária entre 8 e 12 anos, pois a ação que ela tomará, não pode ser tomada por uma criança de idade muito pequena.

Vamos simular uma situação, à qual irá retratar a criação da Bulimia.  Uma criança (na faixa supra citada), que deseja descer ao PlayGround para brincar com o s amigos, no momento em que a refeição está posta na mesa, houve do pai ou da mãe a condição, de que só poderá descer, tão logo termine sua refeição.  A criança, mesmo frustrada e com uma única escolha, resolve então, acabar com a refeição em poucos minutos, objetivando alcançar a recompensa prometida porém, ao terminar a refeição e pedir autorização para descer, toma um balde de água fria ao ser negado pelos pais.

Embora rogando o fato de que sua parte fora cumprida, a palavra em torno da promessa, não.  Sem mais nada poder fazer ele vai para o quarto porém, tomado por sua indignação, se dirige ao banheiro, tranca a porta, provoca o estômago à por pra fora toda a janta, em sinal de repulsa e rejeição ao comportamento dos pais.         Um outro fator que também pode gerar a Bulimia nervosa, é quando uma criança, de gênero masculino, vê no pai um concorrente aos afagos da mãe, trata de jantar de forma rápida, à fim de poder gozar privativamente da mãe, antes da chegada do pai do trabalho, fato que acabará por alugar a mãe, na atenção sobre ele.

De forma afoita, termina o jantar (uma vez que a mãe diria à ela a mesma coisa, na citação anterior, colocando o término da refeição como condição primária para obter o prêmio tão sonhado.  Mas tão logo termina sua refeição, eis que chega o pai do trabalho e com ele (e por água abaixo), toda sua desejosa esperança de ter, por alguns minutos a atenção da mãe.  É um fato que acaba lhe causando enorme frustração e também raiva do pai, por sua concorrência e interferência, na disputa pelos afagos maternos.  Da mesma forma, vendo seu esforço ir para o “ralo”, ele vai ao banheiro e repete a mesma ação que o primeiro, desfazendo-se do seu esforço.

Sei que pode vos parecer pequena a ação, para justiicar um problema sério como a Bulimia porém, tem essa observação, uma justificativa bastante fundada, no fato de que não estamos pensando sob a perspectiva da criança (ou do jovem ou adolescente, praticante ainda do problema), na idade em que a mesma está.  Mantemos o velho hábito de querer entender dos filhos pequenos e suas percepções, na visão apenas de adulto, o que dificilmente conseguiremos grandes resultados ou, simplesmente nenhum.  Para os adultos, a criança passará apenas por uma breve sensação de frustração, mas que logo acabará e esquecerá.  DOCE ILUSÃO.

Em nossas caixas pretas, especialmente das experiências emocionais, este episódio jamais se apagará, podendo agora somente, ser “sufocado” por bons momento se, for este o desejo dos pais.  Do contrário a dupla atitude (comer e vomitar), se repetirá por gatilhos emocionais acessíveis, bastando apenas olhar para os pais, para comer rápido sua refeição, para em seguida, regogitá-la como repulsa. Obviamente, para a pessoa (jovem ou adolescente), tais atitudes são involuntárias e, portanto, sem o respectivo controle, adotando fantasiosos argumentos, como preocupações com peso, vestuários, auto-imagem, etc, para tentar justificar sua atitude, aparentemente inexplicável.

Somente um psicanalista para ajudar à livrar-se desse pesadelo.  Até então, qualquer tipo de censura, bronca ou lição de moral, será totalmente desnecessário, uma vez que a Bulimia é inconsciente e involuntária, presa no reprimido, na idade em que se deu a primeira experiência.  Sem contar que os pais podem ter influência direta ou indireta sobre o problema e consequências decorrentes do transtorno, que não são poucas, muito menos saudáveis.

Ambas as situações, o comer rápido e desfazer-se do que comeu, são duas ações distintas, não cabendo que sejam tratadas juntamente.  É recomendável que apenas a primeira parte seja tratada, para que a seguinte se resolva “automaticamente”.  Por não levarmos em conta as perspectivas dos filhos, em suas respectivas idades, muita coisa passa batido, muitas broncas, indiferenças, castigos injustos e outras punições, podem, à depender de fatores diversos, causar problemas na vida adulta dos filhos.  Nada acontece por acaso ou só para irritar os pais, melhor que puxe uma conversa, à fim de descobrir o que de fato está ocorrendo, do que fazer com que nossa reputação piore.


Ninguém é igual a ninguém. 
Todo o ser humano é um estranho ímpar.   
(Carlos Drummond de Andrade)


     Professor Amadeu Epifânio - Pesquisador/Psicanalista Autodidata.
     










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terça-feira, 2 de junho de 2020