IDEAÇÃO
SUICIDA NA INFÂNCIA – COMO IDENTIFICAR OS SINAIS ?
Recentemente postei, aqui neste blog, um
artigo abordando este tema, que por sinal bem complexo. O artigo refere-se basicamente ao processo de
formação da idéia do suicídio, até a sua consumação, não importando muito a
faixa etária (podendo ser adulto, adolescente, jovem ou mesmo criança) e sim o
seu histórico de vida pregresso e aritmético.
Eu uso muito o termo aritmético, porque
basicamente a cabeça de cada um não passa de um liquidificador, onde sempre,
até o presente momento, cada resposta ou manifestação que damos é um resultado
de tudo que foi assimilado, através dos nossos sentidos de percepção, formando
um banco de dados e consequentemente, um raciocínio específico (ou não) sobre o
que se pensa executar ou decidir.
Conforme dito aqui várias vezes, a
ideação suicida é uma decisão inconsciente e quase sempre involuntária, mas
que, dependendo de alguns fatores, pode vir à não se consumar ou ser adiado
para momento futuro e incerto. Não
esquecer que quando falamos de crianças e pequenas, devemos pensar como elas
para tentar entender o tamanho da dor ou tristeza, pelas quais passam num dado
momento.
Faz-se necessário e imprescindível
então, um compromisso essencial dos pais perante os filhos, de se estabelecer
neles o seu padrão de comportamento habitual, se possível sob condições
habituais e diversas, para que os pais possam, de pronto, reconhecer mudanças
repentinas sem nenhum motivo aparente.
Não que os motivos aparentes não devem receber devida atenção, pelo
contrário, seja qual for a motivação, todas devem ser investigadas.
Por ser de natureza involuntária, há
casos que a tristeza não será claramente manifestada, sendo escondida pelo estado
consciente da criança, pois quem sofre realmente é o emocional interior. Sofre porque uma criança não tem capacidade
nem discernimento para entender porque as pessoas “fazem isso comigo” e essa
falta de entendimento leva à mente à encontrar respostas (nem sempre saudáveis)
para conter o sofrimento.
Drogas e ideação suicida estão
classificadas na mente, conforme a idade, como remédios “tarja-preta”
inconsciente, para emoções de altas intensidades (específico para cada ser
humano), respectivamente para jovens (adolescentes) e crianças. A mente também determina, inconscientemente,
o modo de como será consumado o suicídio, com base no histórico de vida do
paciente.
Via de regra, a ideação suicida (salvo
quando diretamente relacionado à causas psiquiátricas) começa à desenvolver-se
na mente, em razão do acúmulo de tristezas durante certo tempo e sem a
perspectiva de solução à curto prazo. O
tempo de acúmulo varia de criança pra criança, em razão do grau de tolerância
de cada uma, que poderá (ou não) arrastar sua tristeza por mais ou menos tempo,
em relação à outras crianças.
O que se recomenda de imediato, para afastar esse “fantasma” é muita
conversa, afeto e principalmente, presença psicológica positiva dos pais, mesmo
quando não puder estar com eles o tempo todo, em razão de trabalho, viagens,
etc. As estatísticas sobre índices de
suicídio cometido por crianças não são nada animadoras, o que irá requerer de
pais e cuidadores, maior atenção, mais amor e carinho com as crianças.
O mundo, hoje, por si só, já está
bastante difícil e se cruzarmos os braços, esperando que as coisas se resolvam
sozinhos ou que os filhos se virem sozinhos, com certeza teremos surpresas não
muito agradáveis. Vale à pena perder um
tempinho vês em quando, para dar aquela explicação ou responder à um dúvida, do
contrário a frustração será grande e filhos, quando perdem a confiança nos
pais, torna-se uma tarefa bastante difícil, recuperar.
Lembre-se: Viver bem é Possível, mas
temos que fazer a nossa parte.
Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar -
Somos pelo o que somos.
Corrigindo passos para um caminho
seguro.