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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

ALCOOLISMO – Causa pode estar também na carência.
Atrás de um inocente chopinho pode estar a causa da ruína de uma pessoa.  Nem sempre pela força do álcool, mas pelo desejo incontido da mente para conter momentos de carência,  (momentânea ou acumulada) ou talvez solidão ou mesmo desconhecimento de tal necessidade, supondo ser apenas uma saída inocente com os amigos, seguido de alguns copos de choop ou caipirinha.
A dependência alcoólica (como muitos acreditam), não se inicia no álcool.  Ela começa na cabeça (na mente), através de uma coisa chamada pré-disposição que, ao ter contato com álcool, tem início à um processo químico e associativo, que se resultará num processo de consumo compulsivo e também contínuo, até que fique completamente fora de controle.
                        O estado de carência afetiva é de natureza involuntária, subestimado e perigoso, podendo aflorar conscientemente quando intenso, deixando a pessoa mais vulnerável, baixando a guarda e relaxando critérios quanto da escolha de pessoas e lugares para sair e conversar, quando não (também) da falta de limites quanto à sua sobriedade ou segurança.
A cultura hoje que se reflete na sociedade é: Absorver pra tentar entender, quando deveria ser: Entender para absorver, isto é, estar preparado para lidar com adversidades ao invés de receber, perceber e reagir.  As formas de reação são diversas, inclusive pelo álcool.   Agir é menos nocivo que reagir, pois a reação tende a vir mais potencializada, o que leva uma pessoa à beber muito em pouco tempo, para tentar suprimir a sua adrenalina momentânea, resultado da carência, que é  inerente ao ser humano, não podendo ser eliminada, apenas suprida.  A questão, é como isso é feito.
Essa atitude de beber muito em pouco tempo e com prazer (diga-se de passagem) é o que pode levar a mente à sacramentar essa atitude como padrão de resposta, instituindo-a em seu senso de recompensa como forma de promover o seu bem estar.  Em outras palavras, o álcool será sempre a primeira opção, sempre que o corpo apresentar qualquer forma de desconforto (ou descontrole) emocional, ficando apenas à cargo de conceito e concepção que faz si, sua vida e seus valores (vide artigo: “Não somos Indiana Jones”, aqui neste blog), para não ceder ao convite.
O senso de recompensa responde à nós (involuntariamente), por hábitos que criamos conscientemente, bons ou ruins, saudáveis ou nocivos.  O dependente químico, por exemplo, consome drogas, parte pela influência da droga e parte por influência do senso de recompensa.  Os (maus) hábitos alimentares da anorexia e bulimia ocorrem da mesma forma, após as primeiras atitudes.
 Dependência alcoólica, não se constitui apenas com pré-disposição, mas também, subestimando à si próprio, desconhecendo que é apenas metade de um todo, onde é a outra metade (à que você não conhece) que deseja beber e aprontar.  Sempre que uma ação ou reação manifestar-se de forma fácil demais ou parecer inconseqüente, reflita sobre “o dia depois de amanhã, onde e como você e sua vida vão estar”. (Veja também aqui no blog: “Adoecemos por nossa vontade”).  Conheça e respeite mais à si próprio e terás uma vida mais longa, saudável, sem sofrimentos desnecessários. 
Somos pelo o que somos.

                                                        Amadeu Epifânio

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

OITO PASSOS QUE SEPARAM O JOVEM DA DROGA.

 
Não é apenas na hora do tratamento que se precisam seguir passos.  Também para se chegar às drogas são necessário ao menos 8(oito) longos passos até o fatídico contato  com a droga.  Esses passos se resumem apenas quanto à questão do primeiro contato ou experiência.
A aproximação com as drogas não é tão simples como muita gente acredita, pois não se trata de uma escolha consciente, mas sim da mente e involuntária e é necessário percorrer um longo caminho, para que os pais tenham tempo de ajudar e prevenir, antes que seja tarde demais.  Vou enumerar os passos e detalhar cada um deles, para que compreendam melhor.

1.        CONFLITO

2.      MOTIVAÇÃO

3.       INTOLERÂNCIA

4.      PERSPECTIVA

5.      ALTERNATIVA

6.      O REMÉDIO
7.       O OBSTÁCULO

8.       A DROGA

Conflito pode ser algo recente ou antigo, mas persistente, minando a tranqüilidade do jovem que, juntando com os problemas rotineiros, acabam por sufocá-los e angustiá-los e, somado à intolerância ao sofrimento, desejam (assim como nós) suprimir rápido o que estão sentindo.  A droga pode vir à ser uma opção, como veremos adiante.
Motivação é o resultado do conflito, que deixa o jovem em estado de vulnerabilidade, deprimido, chateado, angustiado.  Para a juventude hoje, não é preciso muito para se sentirem assim.
Intolerância é a incapacidade de lidar com seus sofrimentos e dores e o conseqüente desejo de vê-los suprimidos o quanto antes, quando não, à qualquer custo.
Perspectiva é a avaliação (por parte do jovem) da possibilidade de ver seu problema resolvido (ou não).  Essa é uma etapa crucial da vida dele, pois daqui já pode estar definido o destino do jovem, como futuro dependente e usuário de drogas, ou não.
Alternativa é a etapa onde começa o processo de seleção das opções de que mente irá se dispor para conter o momento de desconforto emocional e elas tendem a ser mais nocivas à medida do grau de intensidade do que o jovem esteja sentindo naquele dado momento.  Nessa hora, vale tudo que seja positivo para o jovem, como harmonia familiar (quanto menos conflito, melhor); religião, trabalho, afetividade, companheirismo, diálogo, bom relacionamento com os pais, irmãos, bons amigos, namorados e com Deus (se não for pedir muito).
O Remédio será a média-aritmédica de tudo isso, ou seja, o resultado da vivência do jovem ou da jovem em seu ambiente de convivência.  O que mais prevalecer é o que determinará na escolha do remédio (se droga ou uma aspirina).  Não é preciso que haja uma boca de fumo na porta de casa, pois a droga já é uma realidade social e todos já sabem onde encontrá-la quando desejarem, inclusive a mente (visto que já faz parte do seu banco de dados). 
O obstáculo é o último recurso antes de o jovem ir procurar a droga (como remédio).  Nessa hora também vale tudo, até mesmo uma distração qualquer para fazer passar a vontade de ir atrás da droga.  O desejo quando surge é sempre questão de momento e se algo dificultar ou impedir sua saída nessa hora, aumenta muito as chances desse desejo passar, pelo menos por hora.  Vale muito chamar os filhos pra conversar e ter um diálogo honesto e verdadeiro, de confiança, sem cobranças, deboches ou ironias. 
Não se pode ficar ocupando os filhos o tempo todo, na falsa ilusão de vê-los longe das drogas, pois não é isso que os mantém afastados e sim um bom equilíbrio emocional e psicológico.
A Droga (como remédio), é a sentença, após as sete etapas de “julgamento”.
O ser humano sempre quer ver resolvido seus problemas da forma mais rápida possível.  Para isso ele troca de religião, de casa, carro, de banco, de cartão de crédito, de médico e até de remédio.  Esses oito passos podem levar de apenas alguns minutos à poucos segundos, no que depender do grau de tolerância do jovem ao que está sentindo e lembrem-se que esses 8 passos se repetem insistentemente na vida deles, quase todos os dias.  A escolha do remédio será uma roleta russa.  Vocês vão ficar aí esperando que a munição apareça ?
Somos pelo o que somos.  Nunca se esqueçam disso.

                                                              Amadeu Epifânio

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sábado, 15 de setembro de 2012

TOLERÂNCIA AO SOFRIMENTO – ATÉ QUANDO ?


Não há como saber, mas há como estender nosso limite para suportar momentos que mais parece sufocar-nos, além de arrastá-lo por semanas, aumentando-nos a vontade de chutar uns baldes vez em quando.  Só devemos nos acautelar porque às vezes encontramos pelo caminho, baldes que mais parece de concreto, ou seja, que só nos faz aumentar o que já está ruim.

É preciso, num primeiro momento, entender que sofrimento é um só, que não existe sofrimento grande ou pequeno.  O que determina “seu tamanho” é o histórico pessoal de cada um e a capacidade que temos ou não de administrar os eventos, quando e como eles se apresentam.  Um mesmo evento em duas pessoas distintas terá graus de intensidade diferente de dor.

Se os eventos dolorosos estão de certa forma freqüentes em nossa vida, é porque nossa habilidade para lidar com eles está praticamente insuficiente, o que só faz aumentar nossa angústia diante da difícil e aparente incapacidade de enfrentá-los.  Se isso acontece é porque nossa mente está quase zerada de subsídios que poderiam ser utilizados, ou para administrar o problema ou para amenizar ou conter o sofrimento decorrente do mesmo problema.

O que não é aconselhável fazer é arrastar o sofrimento ou angústia, sem ao menos tentar resolvê-los, pois pode causar um mal ainda maior, como depressão e outros problemas de saúde, além de prejuízos (muitas vezes irreparáveis) de relacionamentos, seja em família ou com amigos ou no trabalho, pois os problemas interferem involuntariamente no nosso temperamento.

Nossa mente se vale de um banco de dados de tudo que já fora absorvido de forma consciente no nosso dia a dia e essa atitude é voluntária e está ao nosso alcance fazer, mas a forma como essas informações serão utilizadas, aí já é uma atitude involuntária da mente, que agirá (como costumamos dizer), “por debaixo dos panos”, ou seja, sem que tenhamos conscientemente a chance de dar algum palpite.

Nossa preocupação voluntária consiste em absorver informações úteis para o nosso banco de dados, para serem oportunamente utilizados.  Informações que ajudarão a melhorar o nosso discernimento, compreensão, equilíbrio emocional e habilidades para administrar ou contornar problemas, à medida que forem surgindo, como os relacionados à família, trabalho, assuntos pessoais, bancários, problemas com o carro, impostos atrasados, prestações vencidas, enfim.  Ou estamos preparados ou seremos consumidos.

Nosso banco de dados pode ser composto por lições tiradas da bíblia, da vida (como aprender com os erros e as dificuldades).  Pode ser composto por pensar primeiro na sua vida, pois dela depende tudo que depende de você.  Significa saber que somos seres espirituais vivendo uma experiência carnal e que tudo que nos rodeia são oportunidades de amadurecimento para aprendermos e repassarmos para aqueles que precisam do mesmo discernimento, do mesmo aprendizado.

Nossa essência de vida consiste em ser e tornar-se útil ao nosso semelhante e se sofremos é porque estamos nos esquecendo de nossa principal tarefa (deixando e confiando que Deus cuide do resto).  Cuidando desta tarefa, já estaremos mantendo com Deus o sinal necessário para que Êle nos ajude, conforte e nos dê o discernimento necessário para contornar nossas aflições, tribulações, tristezas e sofrimentos.

O tempo urge e não perdoa, não tráz de volta o tempo perdido, mas nos dá mais tempo para nos reconciliar e recomeçar “de onde paramos” (enquanto desperdiçávamos tempo precioso, nos focando mais na dor do que em alternativas para saná-lo).  Somos figuras preciosas pra Deus, mas ele só irá interferir na sua vida se você quiser e com o seu consentimento e principalmente se você resolver dividir sua vida com Êle.

Somos pelo o que somos.

                                                                                          Amadeu Epifanio

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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

TRANSTORNOS COMPULSIVOS – Como tudo começa.

Compulsividade é psicológico, não é algo que já nasce pronto, do nada.  É, na verdade o estágio final de um conflito interno, gerado à partir de um evento instaurado na mente, geralmente pela “NÃO” aceitação ou não solução de uma adversidade, obstáculo, resistência, negativa, repreensão ou outros fatores (alguns de natureza grave) que desestabilizam emocionalmente uma criança.

Mas isso ainda é só o começo e pouco pra desencadear um processo compulsivo, pois na verdade, a compulsividade nada mais é do que o processo repetitivo e exacerbado de uma ação ou atitude que se instalou no senso de recompensa, após as primeiras ações, praticadas por iniciativa própria e consciente.
De acordo com o histórico de vida do paciente, a compulsividade começa por pequenas e discretas manias, consideradas como sem grande relevância para os pais e familiares no começo, mas de origem psicológica para quem os pratica, pois podem representar uma forma de alarme, de que algo errado esteja ocorrendo (ou ocorrido).
Costumamos afirmar que não precisa muito para uma pessoa sair do seu estado normal para explodir e extravasar sua raiva em cima dos outros, não é verdade?  Pois é, isso nos faz refletir que é a intensidade do que se está sentindo e não apenas o tipo de evento que leva uma pessoa à mudar seu comportamento fora do que consideramos como habitual.  Como diz a frase:  “O buraco é mais embaixo”.
Não importa o tipo de mania que a criança esteja repetindo, pois deve ser investigado e nunca repreendido, pois a repreensão pode até piorar, pois representa a negativa dos pais em aceitar que algo esteja acontecendo, negligenciando o problema.
Várias são os tipos de compulsividade e todos se consumaram porque tiveram liberdade para deixar progredir, negligenciados no começo pelas pessoas que convivem com a criança, deixando correr solto e se preocupando apenas quando se sentiram atingidos de alguma forma, retardando e agravando seu estado compulsivo, dificultando assim o retorno à sua vida normal.   
Compulsividades se manifestam geralmente, à partir da adolescência, sinal de que o evento ocorrido lá na infância, arrastou-se durante anos sem solução, ficando em stand-by, aguardando (a mente) que o corpo adquirisse entendimento para corrigir o conflito psicológico.  Infelizmente em vão, por simples falta de diálogo.
Somos pelo o que somos.                                                                      
Amadeu Epifânio

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

BULIMIA – Um transtorno alimentar que esconde uma causa psicológica.
A Bulimia (ao contrário da anorexia), não apresenta uma causa visível que possa justificar tal comportamento.  Na anorexia, entre outras causas (vide o artigo referente aqui mesmo no blog), existe a questão da exigência do corpo perfeito para o mundo das modelos de griffes famosas, que mais parece exigir um modelo esquelético do que um corpo esbelto, bonito e perfeito.
A Bulimia é um transtorno alimentar caracterizado pelo o que chamamos de “orgia alimentar”, no que um paciente, num curto espaço de tempo, ingere uma grande quantidade de alimento e depois tenta desfazer-se do que comeu, através de recursos nada saudáveis, como indução ao vômito ou tentativas de evacuar através de remédios.  Seja qual for a forma, os prejuízos no organismo são enormes, quando não irreversíveis.
A Bulimia se caracteriza por duas ações consecutivas.  Na primeira, a ingestão de grande quantidade de alimento num período de 2 a 3 dias e, no segundo momento, o expurgo de todo excedente que comeu.  É preciso primeiramente separar essas duas ações, pois livrar-se do que comeu em excesso, apenas caracteriza uma ação recorrente do corpo humano em desfazer-se de um elemento, à princípio “intruso”.  O fato de ser através de laxantes ou por indução ao vômito, é para acelerar este processo de expulsão, para que a pessoa volte novamente à comer.  Em razão disso, a bulimia concentra-se mais na compulsividade por comer do que vomitar, pois o que vem em seguida é apenas um processo recorrente, ainda que de forma forçada, pois que de qualquer forma aconteceria do mesmo jeito, só que talvez não tão rápido quanto o paciente deseja.
Atrás da bulimia se esconde a causa que levou o paciente à este distúrbio, pois que ninguém desenvolve este comportamento de forma tão espontânea e, gratuitamente.   É preciso relevar o fato que a maioria das causas de várias formas de distúrbio (não apenas a bulimia), ocorre na fase infantil ou mesmo antes, nas primeiras semanas ou meses de nascimento, como abusos, quedas, agressões, entre outros.  Nestes casos, a mente costuma proteger o corpo, colocando o evento em stand-by, até que a criança cresça e desenvolva o raciocínio e o discernimento para receber, entender e sanar o evento ocorrido lá atrás.
Quando isso não é possível, um distúrbio (criado na mente desde a ocorrência do evento) é manifestado, não apenas como um problema psicológico, mas como um alerta que algo, tempos atrás, ocorreu com a criança (passando ou não despercebido pelos pais), ocasionando tal distúrbio.  Tal fato ocorre também com pessoas portadoras de transtornos de bipolaridade Borderline e outros.
A compulsividade na alimentação pode ter algumas causas psicológicas correspondentes e às vezes estranha aos olhos de quem está de fora.  Por exemplo, brigas constantes entre os pais de uma criança muito pequena, onde ela às vezes é causa da discussão, a mente da criança ouve, causando sentimento de culpa e a conseqüente instabilidade emocional que, por processo de associação, a mente transfere este sentimento à um evento presente e momentâneo.  Por exemplo, se a mãe (ou avó) tem aquela cultura de que a criança precisa comer (em demasia) para ficar forte e protegida de doenças, a criança pode até não engordar, mas a mente poderá fazer uso desta “cultura” para conter aquela ansiedade da criança, como forma até de distração. 
Essa idéia vai ficar armazenada na mente da criança em stand-by, até a fase juvenil ou adolescente.  Ao crescer e dependendo do seu ambiente de convivência, aquele sentimento de culpa pode vir a aflorar involuntariamente e ela começar a comer (em demasia) para conter esta sensação.  É uma loteria, mas que não é impossível acontecer.  Se esta criança (agora adolescente), repetir por algumas vezes esse hábito de comer para conter ansiedade, logo esse hábito fará parte do seu senso de recompensa, o que, doravante, ela repetirá o hábito, não mais por iniciativa própria e consciente, mas por indução psicológica do senso de recompensa, que à fará sentir-se bem, sempre que estiver comendo demais.
Como não pode pôr tudo no estômago de uma vez só, ela acelera o processo de descarte, fazendo uso de laxantes ou induzindo o vômito (não pelo desejo de vomitar, mas pela pressa de sentir-se liberada novamente), para voltar a comer, quando necessário, isto é, quando uma nova ansiedade tomar conta de novo, por algum novo problema, reacendendo o velho sentimento de culpa.
Não se pode criticar ou brigar com pessoas que sofre com bulimia, pois isso só faz aumentar o sentimento de culpa que ela já tem (também por não conseguir se controlar).  O que o bulímico precisa é ser tratado psicologicamente, não apenas com antidepressivos, mas com terapia, para administrar a ansiedade, para que não tenha que recorrer ao garfo, para conter-se ou sentir-se bem.  É preciso fazer a mente (no senso de recompensa), mudar esse comando de fazer o corpo se sentir bem, comendo compulsivamente.  É preciso mostrar que existem outras formas menos nocivas e mais saudáveis de fazer isso, o que irá requerer novos hábitos, pois o senso de recompensa se constitui através de hábitos, saudáveis ou nocivos. 
Reacenda o velho costume de se conversar na mesa de jantar e aprender à expor o que pensa de forma pacífica, racional e harmoniosa, para não se criar conflitos ou traumas mais tardes.  Nossos modelos estão sendo sempre sendo comparados pelos filhos e, se não houver diálogo, eles tomarão o erro como certo, porque ninguém apareceu para dizer à eles (em tempo hábil) que estavam errados.
Somos pelo o que somos, que poderá se perpetuar por um bom tempo, lembre-se disso.

Amadeu Epifânio

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

ANOREXIA – Recurso psicológico involuntário e destrutivo.
 
A anorexia é o comportamento persistente que uma pessoa têm, de perder peso para (bem) abaixo do que seria o ideal e proporcional para o seu tamanho.  Em geral adotam para si a  falsa percepção que estão gordos e que precisam emagrecer e não poupam esforços para atingir seu objetivo, fazendo uso de recursos nada saudáveis, como indução ao vômito, exercícios físicos intensos, laxantes, jejum, entre outras.
A anorexia pode ser uma resposta psicológica involuntária, resultado da concepção adotada por determinada pessoa, em “desfazer de si” uma parte responsável por causar certo sentimento de rejeição, advindo “supostamente” de pessoas que teriam estabelecido tal condição (de emagrecer) para continuar se relacionando ou se quer, permitir aproximação.
Respostas involuntárias costumam ser interpretativas, por levar em conta a média-aritmédica da vivência da pessoa até o momento em que se desencadeia algum tipo de anomalia psicológica, como a anorexia, a bulimia, dependência química, entre outros.  Por essa razão a anorexia pode estar relacionada também à pressentimentos de rejeição, advindos de membros da família, amigos, namorados ou cônjuges. 
Ao agir as primeiras vezes (desfazendo-se da refeição), o cérebro encara a medida como sendo positiva pra pessoa e adota no senso de recompensa, doravante praticando as mesmas ações, agora por determinação da mente, sempre ao perceber o desconforto emocional, pois um dos propósitos do mecanismo de defesa é promover o nosso bem estar, dentro do nosso modo de vida atual, ainda que de forma nociva.    O bem estar para um ladrão é assaltar e não ser pelo pela polícia.
É preciso frisar que respostas involuntárias não contam com atitudes 100% conscientes de quem os pratica, razão pela qual alguns ex-pacientes deste distúrbio não costumam lembrar-se do que fizeram, além de negar veementemente tal comportamento.
Como pressentimento não é um sintoma claro, a mente interpreta essa sensação e associa com algum tipo de evento, relacionado à vida desta pessoa.  O desejo excessivo de perder peso ou desfazer-se do que já têm, pode estar associado ao desejo de desfazer-se de tal incômodo emocional ou psicológico (conforme a intensidade do que se esteja sentindo, por não conseguir entender o que se passa consigo).  Falta de diálogo ou de clima para diálogo pode ser um fator.  O fato gerador da anorexia pode ter ocorrido na infância e se manifestado na adolescência (por ter chegado no limite da intolerância).
Pode estar ligado também ao grau de suportabilidade de dor, sofrimento ou de perturbação psicoemocional que todos nós temos e que, quanto mais baixo, mais fácil e rápido se desencadeiam os tipos de respostas recorrentes e associados à vida da pessoa ou forma de vivência em algum de seus ambientes habituais, como residência, trabalho, entre outros. 
Na forma mais clara da doença, a anorexia muitas vezes está ligada à exigência de certos padrões de beleza para a formação de modelos fotográficos ou de grifes, geralmente adolescentes (o que não facilita muito na hora de ter que administrar a compulsividade pelo corpo perfeito).  Isso, quando não incentivados pelos próprios pais.  Como vêem, não são poucas as causas da anorexia, mas com certeza, uma delas pode estar relacionado com o distúrbio daquele que o carrega.
O mundo globalizado trouxe mudanças para as famílias, cujo paradigma atual hoje é o de uma família mais solta, independente, “responsável”, onde a convivência adquiriu ares de maior confiança, sem tanta necessidade daquela conversa em volta da mesa de jantar.  Os pais estão dando o “brevê” pros filhos voarem mais alto, mas se esqueceram de instalar o transponder, para evitar as colisões habituais com a rebeldia, as drogas, o bullying, a anorexia, a bulimia, o álcool, etc.
A anorexia pode vir à ser mais uma das pragas que recai sobre as famílias, para alertá-las do risco que estão correndo em razão dos modelos errados adotados.  A anorexia é psicológica e por ser psicológica, induz à falta de uma melhor preparação para vida e os desafios difíceis que ela impõe.  Preparação esta que deveria vir dos pais.   Somos pelo o que somos e pelas pragas que atraímos.

                                                                                    Amadeu Epifânio

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sábado, 1 de setembro de 2012

CIÚME – Manifestado ou Provocado.  Como saber ?
A primeira palavra que vem à cabeça quando se fala em ciúme, é insegurança.  Ciúme não é causa, é efeito, é conseqüência de atos e ações do homem, da mulher (ou dos dois), que levam à instabilidade conjugal e até emocional. 

O ciúme pode manifestar-se de forma voluntária ou involuntária.  No primeiro caso decorre de uma circunstância onde os eventos podem vir à oferecer uma aparente ameaça ao seu “território”, isto é, algo de certo valor, financeiro ou afetivo, que venha a lhe pertencer, como a figura do cônjuge, dos filhos ou de algum bem material.  
Já no segundo caso o problema é bem mais complexo, pois envolve outros tipos de insegurança, externo ao ciúme aparente, mais que podem deixá-lo ainda mais aguçado e elevado, interferindo prejudicialmente e principalmente nas relações afetivas entre os seus, como filhos, cônjuges, fora outros parentes.  Uma TPM (tanto nele quanto nela) quase sempre presente.  Em outras palavras, uma questão psicológica que precisa ser resolvida o quanto antes, pois, enquanto se pensa em salvaguardar o que não corre perigo, põe-se em risco coisas que realmente necessitam ser protegidas, como relações conjugais e com os filhos, entre outros.
Ciúme quase sempre está relacionado à questões conjugais, mas pode também estar ligado à qualquer outro fator ou bem, usados muitas vezes como válvula de escape para justificar comportamentos agressivos ou intempestivos, buscando encobrir as verdadeiras razões do seu descontrole emocional.  É certo que por vezes o ciúme se justifica por atitudes suspeitas do cônjuge ou de terceiros.
Vale lembrar que, se exageramos no apego às supostas “propriedades”  (quando encaramos no exagero, bens pessoais e conjugais), é porque estamos relaxando no trato conosco, escravizando toda nossa atenção, mais na assistência involuntária à uma possível carência, do que em subsídios para melhor administrar nossas inseguranças, como discernimento, compreensão, entendimento, entre outros.  Deus também costuma ser um ótimo terapeuta nessas horas.  (Para aqueles que tem fé).
É preciso saber discernir se há fundamento na insegurança que está gerando o ciúme ou se não é, talvez, alguma manifestação psicológica involuntária, decorrente de outros medos ou insegurança, que talvez só o psicólogo (ou Deus) poderá ajudar a identificar e, desta forma, poder ter uma vida menos estressada pra você e todos que dependem do seu carinho e afeto.
Quando o ciúme se justifica (comprovando e não apenas por suspeita ou fofoca), faz-se necessário obter o discernimento e autocontrole necessário, para se fazer um bom julgamento e tomar a melhor decisão à respeito.  Lembre-se que, de você pode depender o bem estar dos filhos e a concepção deles à respeito de uma possível separação (se for o caso). 
Conflito conjugal é algo muito pessoal e que muito poucos tem autonomia para pôr a colher se, caso forem chamados à intervirem, mas não em favor de um ou contra o outro, mas em benefício da continuidade da união conjugal (se for possível) ou do bem estar dos sobreviventes.

Para se evitar todo esse constrangimento generalizado, melhor que se conheçam à mais tempo, individualmente, para que cada um cumpra o seu papel por si e pelas escolhas que faz e só então, se for o caso, pela pessoa escolhida para viver junto.  Somos pelo o que somos.   Viver bem é Possível !
                                                                                                                                         Amadeu Epifânio

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