...E O FUTURO DAS NOVAS GERAÇÕES !
O ensino, hoje, deixou à todos os envolvidos (Pais, filhos, valores,
ensino e escola) numa verdadeira sinuca (quase uma rua sem saída). Seria leviano negar que aponta deste iceberg
não estivesse nos filhos. Mais do que
isso, alunos e filhos ficam como que no meio de um fogo cruzado, entre os
quatro lados já mencionado acima. Mas
vamos explicar melhor como isso tudo se desenrola.
Como disse antes, na ponto deste
iceberg estão os alunos, porque ? Os
padrões sociais de educação familiar tomaram um rumo diferente, que os fez desviar
de sua rota em quase 360 graus. Isso
porque velhos hábitos que antes eram responsáveis por manter a harmonia
familiar já não existe mais: O diálogo em família, a conversa na mesa do
jantar, o partilhar juntos de um mesmo
programa (de TV ou passeio). A
interatividade era forte e os problemas, quando surgiam, eram logo resolvidos,
em família.
Mas infelizmente isso mudou, substituído por regras, castigos e punições, para conter, nos filhos a rebeldia, quando seus
"suprimentos" (vontades) são repentinamente cortados, sob alegação de
que eles não correspondem ao que recebem (de vontades ao pagamento caro da
escola). Com isso, a própria escola
acaba tornando-se a "válvula de escape", fora da jurisdição do
controle dos pais, enquanto ela (escola) pouco pode fazer para controlá-los,
simplesmente porque os pais (de novo) não permite que os filhos sofram com as
regras que eles mesmos não conseguem aplicar, nem terem resultado.
Vale ressaltar aqui uma questão relevante na educação dos filhos, para
prepará-los para o ensino e convivência escolar. Estou referindo-me à inserção de determinados
valores, que para filhos (e jovens em geral), representa seu "sistema
operacional" (tal como em computadores), que os ajudará à selecionar e
destinar toda e qualquer nova informação, conhecimento e experiências pelas
quais eles passam (mas que nunca estão preparados para lidar, suportar e muito
menos administrar). Alguns desses valores
não pode apenas passar por palavras ou discursos, como é o caso da família como
importante referência à ser relevada nas mais importantes decisões da vida. Família à qual pertence, para depois poder
constituir a sua própria, sob os mesmos alicerces que o mantiveram de pé e
seguro diante das diversas adversidades, como drogas, alcoolismo, violência,
etc.
Como já havia afirmado no início deste texto, os filhos ficam como que no
meio de um fogo cruzado. De um lado têm
que conviver (e prender à viver) com o distanciamento afetivo dos pais
(considerado por estes como sendo normal ou natural>repito<para os padrões
atuais), enquanto que do lado da escola, não encontrando "amparo
emocional" para seus conflitos e frustrações, misturam-se à grande legião
de iguais como eles, se identificando com suas formas de compensarem (cada um à
sua maneira) das suas frustrações, dificultando ainda mais a qualidade do
ensino, por parte de quem é pago para ensinar, mas não, para educar os filhos
dos outros. Se a escola aumenta a
rigidez de suas regras, bate de frente com pais que não aceitam e a rebeldia
fica mais fortalecida.
Com isso o ensino (e a inclusão de novos e ricos conhecimentos) encontra
resistência, por alunos que hoje, não contam com "sistema
operacional" próprio, para administrar seus problemas e permitir continuar
recebendo aprendizados, cujo os quais enriqueceriam seu "banco de
dados" para que num futuro oportuno, a mente deles pudessem utilizá-los em seu favor, diante de demandas tidas como emocionais (principal tendão de Aquiles
dos jovens e de adolescentes).
Com um futuro que nem se quer é mencionado pelos alunos (nem mesmo no que
diz respeito aos períodos mais próximos, como vestibulares, Enem, universidades
e profissões), difícil fazer um prognóstico à cerca do mesmo futuro (ou
destino) desses meninos, submetidos à pressões emocionais e psicológicas, desde
que nascem, já tendo que entender e aceitar o que jamais foram preparados e
ensinados para aceitar, administrar ou mesmo suportar.
Enquanto pequenos, os filhos só absorvem
(feito uma esponja) tudo que lhes acontecem e da forma que vem. Quando atingem a idade que seria ideal para
receber os primeiros ensinamentos e valores (que eu chamo de "sistema
operacional"), passa batido, com os pais ainda esperando (na utópica
pretensão) que eles aceitarão e entenderão "na boa" ou que nunca
possui idade suficiente para entender tudo que está errado.
E é com essa mentalidade que eles ainda precisa encarar o desafio do novo
ambiente escolar, com uma enorme gama de padrões familiares, comportamentos
diferenciados e unificados na mesma causa, ganhando sempre novos modelos para
manifestar seu repúdio de protesto à forma de como tem que se comportar, diante
dos que não lhe oferecem nenhuma referência que se sustente em si mesmo.
A correção de todo o sistema de educação de ensino escolar, tanto público
quanto particular, se encontra primeiramente na reinserção dos valores
relevantes que os pais devem (ou deveria) passar, para que se manifestasse nos
(filhos) jovens, o interesse não apenas pelos estudos como também no seu futuro
profissional, promovendo o restabelecimento do equilíbrio letivo,
proporcionando inclusive mais investimentos no setor e maior valorização para o
corpo docente, nas várias esferas de ensino.
Quem vai dar o pontapé inicial ?
ProfAmadeu Epifânio
Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.