Projeto VIVA +

terça-feira, 28 de junho de 2016

DEPRESSÃO - CAUSA INVISÍVEL, SOFRIMENTO APARENTE.


 AS AUTO-MUTILAÇÕES NO TRANSTORNO DA DEPRESSÃO.


Oi, entendo que isso é involuntário, que não é realmente da vontade de quem tem depressão (as automutilações e até suicídio). Por outro lado isso também representa falha no efeito de medicação ou de ineficiência terapêutica (Terapia).  Quando um psiquiatra prescreve uma medicação, que demora muito à fazer efeito, não se conformem só porque é médico e sabe o que faz. Vocês precisam saber o que fazer também, ou sabem os efeitos colaterais que terão.

Existem alguns fatores que levam à ineficácia dos remédios. Um deles é a falta de uma anamnese profunda, que não só seja capaz de dar um diagnostico preciso como também, garantir uma prescrição acertada e quase rápida dos efeitos esperados.

Uma outra razão é que vocês não são orientados (por qualquer profissional) à se auto avaliarem e descreverem (pelo menos por uns 15 a 20 dias) todos os passos e eventos que ocorrem com vocês, do momento que acorda até a hora de dormir (e se conseguem). A falta dessas orientações acarreta ao psiquiatra a prescrição na base do chutômetro, isto é, "toma isso e vamos ver se resolve". Até saber se vai ou não resolver, crises já ocorreram, e dinheiro já foi pro ralo, com remédios ineficazes. 

Não podemos fugir do transtorno, mas conviver com ele, explorá-lo, conhecê-lo como à um "inquilino" estranho que botamos em casa, para melhor conviver. Depressão (não desmerecendo sua força como transtorno), é duelo de Titãs, entre dois lados, consciente e inconsciente (nosso outro eu, segundo Freud).

Todo transtorno é uma influência psicológica de uma fase infantil da vida de vocês, que a mente bloqueou (para protegê-los) e agora está á cargo do inconsciente fazê-los lembrar que existe uma "pendência" para ser resolvida. De forma que, além dos remédios, uma boa terapia em psicanálise há de extrair de dentro de vocês essa pendência, trazer para fora, tomar ciência e cessar o transtorno.

Enquanto vai cavando, o terapeuta há de passar por outros "nó" que essa briga inconsciente deixou em vocês (além dos sintomas), como baixa auto estima, expectativas negativas, etc.

Uma terapia é como obra que fazemos em casa, isto é, não dá pra ficar meses sem progresso, ou trocamos de "pedreiro". É a vida de vocês que está em jogo e em sofrimento, de forma que façam por relevar isso e não desistir de buscar (se não a cura) um bom equilíbrio). Quanto mais equilíbrio, menos sintomas, menos sofrimento, mais vida. Espero que acreditem nisso. Se cuidem melhor, tá bom ? Abraço à todos.

ProfAmadeu Epifânio

              

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sábado, 25 de junho de 2016

A SINUCA DO ENSINO


...E O FUTURO DAS NOVAS GERAÇÕES !



O ensino, hoje, deixou à todos os envolvidos (Pais, filhos, valores, ensino e escola) numa verdadeira sinuca (quase uma rua sem saída).   Seria leviano negar que aponta deste iceberg não estivesse nos filhos.  Mais do que isso, alunos e filhos ficam como que no meio de um fogo cruzado, entre os quatro lados já mencionado acima.  Mas vamos explicar melhor como isso tudo se desenrola.

 Como disse antes, na ponto deste iceberg estão os alunos, porque ?  Os padrões sociais de educação familiar tomaram um rumo diferente, que os fez desviar de sua rota em quase 360 graus.  Isso porque velhos hábitos que antes eram responsáveis por manter a harmonia familiar já não existe mais: O diálogo em família, a conversa na mesa do jantar, o partilhar juntos de um  mesmo programa (de TV ou passeio).  A interatividade era forte e os problemas, quando surgiam, eram logo resolvidos, em família.

Mas infelizmente isso mudou, substituído por regras, castigos e punições, para conter, nos filhos a rebeldia, quando seus "suprimentos" (vontades) são repentinamente cortados, sob alegação de que eles não correspondem ao que recebem (de vontades ao pagamento caro da escola).  Com isso, a própria escola acaba tornando-se a "válvula de escape", fora da jurisdição do controle dos pais, enquanto ela (escola) pouco pode fazer para controlá-los, simplesmente porque os pais (de novo) não permite que os filhos sofram com as regras que eles mesmos não conseguem aplicar, nem terem resultado.

Vale ressaltar aqui uma questão relevante na educação dos filhos, para prepará-los para o ensino e convivência escolar.  Estou referindo-me à inserção de determinados valores, que para filhos (e jovens em geral), representa seu "sistema operacional" (tal como em computadores), que os ajudará à selecionar e destinar toda e qualquer nova informação, conhecimento e experiências pelas quais eles passam (mas que nunca estão preparados para lidar, suportar e muito menos administrar).  Alguns desses valores não pode apenas passar por palavras ou discursos, como é o caso da família como importante referência à ser relevada nas mais importantes decisões da vida.  Família à qual pertence, para depois poder constituir a sua própria, sob os mesmos alicerces que o mantiveram de pé e seguro diante das diversas adversidades, como drogas, alcoolismo, violência, etc.

Como já havia afirmado no início deste texto, os filhos ficam como que no meio de um fogo cruzado.  De um lado têm que conviver (e prender à viver) com o distanciamento afetivo dos pais (considerado por estes como sendo normal ou natural>repito<para os padrões atuais), enquanto que do lado da escola, não encontrando "amparo emocional" para seus conflitos e frustrações, misturam-se à grande legião de iguais como eles, se identificando com suas formas de compensarem (cada um à sua maneira) das suas frustrações, dificultando ainda mais a qualidade do ensino, por parte de quem é pago para ensinar, mas não, para educar os filhos dos outros.  Se a escola aumenta a rigidez de suas regras, bate de frente com pais que não aceitam e a rebeldia fica mais fortalecida.

Com isso o ensino (e a inclusão de novos e ricos conhecimentos) encontra resistência, por alunos que hoje, não contam com "sistema operacional" próprio, para administrar seus problemas e permitir continuar recebendo aprendizados, cujo os quais enriqueceriam seu "banco de dados" para que num futuro oportuno, a mente deles pudessem utilizá-los em seu favor, diante de demandas tidas como emocionais (principal tendão de Aquiles dos jovens e de adolescentes).

Com um futuro que nem se quer é mencionado pelos alunos (nem mesmo no que diz respeito aos períodos mais próximos, como vestibulares, Enem, universidades e profissões), difícil fazer um prognóstico à cerca do mesmo futuro (ou destino) desses meninos, submetidos à pressões emocionais e psicológicas, desde que nascem, já tendo que entender e aceitar o que jamais foram preparados e ensinados para aceitar, administrar ou mesmo suportar.   



Enquanto pequenos, os filhos só absorvem (feito uma esponja) tudo que lhes acontecem e da forma que vem.  Quando atingem a idade que seria ideal para receber os primeiros ensinamentos e valores (que eu chamo de "sistema operacional"), passa batido, com os pais ainda esperando (na utópica pretensão) que eles aceitarão e entenderão "na boa" ou que nunca possui idade suficiente para entender tudo que está errado.

E é com essa mentalidade que eles ainda precisa encarar o desafio do novo ambiente escolar, com uma enorme gama de padrões familiares, comportamentos diferenciados e unificados na mesma causa, ganhando sempre novos modelos para manifestar seu repúdio de protesto à forma de como tem que se comportar, diante dos que não lhe oferecem nenhuma referência que se sustente em si mesmo.

A correção de todo o sistema de educação de ensino escolar, tanto público quanto particular, se encontra primeiramente na reinserção dos valores relevantes que os pais devem (ou deveria) passar, para que se manifestasse nos (filhos) jovens, o interesse não apenas pelos estudos como também no seu futuro profissional, promovendo o restabelecimento do equilíbrio letivo, proporcionando inclusive mais investimentos no setor e maior valorização para o corpo docente, nas várias esferas de ensino.  

Quem vai dar o pontapé inicial ?


ProfAmadeu Epifânio

              

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