Projeto VIVA +

domingo, 31 de dezembro de 2017

PARA AJUDAR VERDADEIRAMENTE OS FILHOS


PRECISAMOS TER A PERCEPÇÃO DELES.



A pior das conveniências que o ser humano pode adotar é querer proteger os filhos, segundo sua própria percepção.  Não é para menos que existem hoje mais de 250 milhões de usuários de drogas no planeta, uma prova de que essa conveniência (desproporcional) acontece no mundo todo e, não apenas em nossa casa.

As percepções entre idades adultas e de um feto, um recém nascido, de uma criança ou de um jovem, são muito grande e também variadas.  Sensibilidade, dor, angústia, ansiedade, sentimentos de perda, frustração, decepção, insegurança, medo, desespero, etc.   Como quantificar o tamanho certo de cada sentimento desses, na vida dos nossos filhos ?   Nós, adultos, não desejamos outra coisa senão que alguém venha até nós e adivinhe o que temos, para nos consolar e confortar, porque mesmo quando adultos, temos a carência de uma criança.  

Quando não mensuramos a percepção dos sentimentos de uma criança ou de um feto, estamos simultaneamente, banalizando estes sentimentos e, nossos filhos não sofrem apenas pela dor que estão sentindo, estão sofrendo também por nossa omissão e negligência.  Um sentimento em dobro que está sendo registrado em seu inconsciente, para que (conforme a intensidade da sua dor), possa vir à se transformar em algum tipo de transtorno, como Ansiedade, Déficit de atenção e hiperatividade, Depressão e outros, conforme as características do evento, capacidade cognitiva e condições psicoemocionais deles.

Existem inúmeras situações em que fazemos e dissemos coisas, das quais nem nos damos conta, mas que atinge os filhos como uma flexa invisível e certeira direto no coração.  Críticas depreciativas, ditas no calor do momento, pode causar severos transtornos psicológicos (senão mental) numa criança.  Palavras como: “Você nunca faz nada direito”  ou  “Nunca vai ser nada na vida”  ou  “Você não serve pra nada” e outras de mesma natureza, gravadas pelo inconsciente, vão entrar em choque mais tarde, com a vida daquela criança, na adolescência, que mesmo tendo seus sonhos e projetos, vão estar sempre ameaçados, porque o inconsciente estará sempre lembrando aquelas palavras, dizendo pra ele justamente o oposto.

As relações familiares estão fragilizadas, os sentimentos banalizados, as conveniências ordenando que cada um pense em si próprio e achando que os demais entenderão e aceitarão o ambiente em que vivem.  Ou seja, até os fetos já estão sendo treinados à entrar em rodovia expressa em alta velocidade e adotam aquilo que absorve, como sendo o certo e padrão de conduta e também referência.  Como crianças nascem acreditando num “mundo perfeito”, qualquer situação fora do normal, gera expectativas se voltará à acontecer de novo e quando.  Tudo por causa da percepção que se faz em torno dos filhos.

Outro exemplo está na percepção auditiva de sons, entre adultos e fetos.  Uma gestante que vai ao estádio de futebol ou à uma festa de Revelion, provavelmente verá e ouvirá fogos de artifícios. Para ela, adulta, aqueles sons são toleráveis, já para o feto, podem ser perturbadores e insuportáveis, não apenas pelos estrondos, mas em razão do feto estar num ambiente fechado, sem nada poder ver, para que possa discernir sobre a origem do barulho.   Se fizéssemos nós, a mesma experiência, tenho a certeza que nos sentiríamos da mesma forma.  Como saber as condições que fica um feto, diante de uma experiência tão perturbadora ?

Mas a preocupação com banalidade sentimentos e deproporcionalidade perceptiva não ficam apenas na idade tenra, pois que crianças maiores e jovens também sofrem com sentimentos que não conseguem entender e, por não entender, não conseguem lidar e, por não conseguir lidar, sofrem.  O que poderia aplacar essa dor, seriam as relações familiares, embasadas em respeito, diálogo e afeto, porém, como essas características andam escassas por causa de um mundo cada vez mais capitalista, eletrônico e violento, nosso inconsciente racional (que seleciona em nós, nossas “aspirinas”), por falta dessas relações familiares (para conter a dor e enorme angústia), acaba fazendo uso de outros recursos, de eficácia mais ágil, como drogas e álcool.  Não é uma escolha consciente e voluntária, acredite.

Toda construção se firma sobre alicerces.  Dos filhos, a família, desta, a relação conjugal.    A causa antes da consequência.   Corrigindo onde o problema começa, as consequências cessam e retomam sua forma original, filhos voltam pra casa, relações conflituosas se resolvem e o núcleo da terra volta a girar.   Não adianta consertar um furo no cano sem fechar antes, o registro.

Uma tripulação unida é a certeza de uma viagem segura.  Pense nisso.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista

               

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domingo, 24 de dezembro de 2017

A IDEIA QUE FAZEMOS DO NATAL



JÁ PAROU PRA PENSAR NISSO ?





Feliz Natal e Próspero Ano Novo

São os Votos do Projeto VIVA+
Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.

Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-Didata


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

PSICOPATA TEM CURA II


Porque a cura é possível ?


Ao contrário do que possamos imaginar, a (verdadeira) psicopatia tem cura.  Entende-se como psicopatia (não uma doença), mas uma condição psicológica (reversa, eu diria), isto é, quando as ações estão centradas apenas em instintos advindos de experiências passadas, vividas mas não compreendidas e, em razão disso, absorvidas em sua interpretação bruta (não lapidada).   Tais experiências podem estar centradas em apenas um único e doloroso episódio ou, numa sequência constante de vários episódios, todos em torno de um mesmo universo motivacional.

Este universo motivacional (e não o corpo que o abriga) é que será o responsável pelas ações que o (paciente) psicopata tomará, à fim de não só reviver seu passado, como vingar-se dos que lhe causaram tamanha dor (quando era ainda uma criança), seja sobre ela ou que ela tenha assistido alguém que ela muito gostasse, amasse ou viesse à idolatrasse, ser maltratado, agredido ou morto.

Devo reiterar uma observação que sempre passa batido por uma grande maioria de pessoas, quando se trata de mensurar a dor de alguém com idade muito inferior à sua, ou seja, crianças de idade de cinco à seis anos, bebês de pouca idade ou até mesmo, de um feto em formação.  A visão que muitos adotam nessa hora, é tentar imaginar a dor dessas crianças porém, na sua visão de adulto, o que representa uma grande e enorme disparidade, onde os “pequenos” sofrem o preconceito de se ver menosprezado, seu pequeno grande incômodo, perturbação ou sofrimento.   

O que uma criança de pouca idade, possa considerar como sofrimento, perder seu animal de estimação, os adultos o consideram (no máximo), como uma grande tristeza (e reversível à curto prazo). Dizer para uma criança: “compraremos outro animal de estimação” é passar por cima dos sentimentos dela e certamente (e inconscientemente), isso jamais será perdoado, além de criar apatia (também de maneira inconsciente), contra a pessoa que lhe fez tal promessa.

Quando isso acontece, a mente (por seu inconsciente Id) guarda e grava esses momentos, para mais tarde poder explicar ao corpo que o abriga, o que de fato lhe ocorreu (que pode estar lhe causando enorme desconforto psicoemocional). Quando o corpo (consciente) é tomado pelas lembranças do passado (sem compreender sua origem e procedência, por estar no obscuro inconsciente), as circunstâncias de sua condição psicoemocional o obriga à uma escolha cruel.  Como numa balança,  onde cada lado pesa, de um lado seu consciente e do outro suas lembranças.  Sua capacidade cognitiva diante da dor é quem determinará o lado da balança que prevalecerá, norteando aritmeticamente sua vida, à partir de então.  

Esse é o dilema do psicopata, quando considera sua vida envolvida e mergulhada numa condição da qual não consegue mais lutar, passando à submeter-se à escravidão inconsciente de suas lembranças dolorosas, como se fora viver o próprio filme, como o próprio protagonista.  Uma vida paralela porém involuntária, que viverá como se fosse a própria realidade.  Uma condição que jamais o fará desejar se tratar, pois que, para ele, não há o que tratar.

A única forma de tratamento consiste na internação e isolamento compulsório, tirando-o do ambiente (que é a sociedade) que alimenta seu passado e suas terríveis experiências.   A sociedade, direta e indiretamente, mantém suas lembranças, como um vulcão ativo sempre prestes à explodir.   É preciso primeiro, eliminar a provocação através do isolamento, dar um tempo para que se esfrie as reações provocadas pelas lembranças e somente então o terapeuta poderá começar à trabalhar.

Todo se esse processo poderá ser bem extenso, à depender das resistências que o inconsciente fará sobre o corpo e contra o tratamento (o que de certo modo é previsível).  A internação compulsória não é apenas necessária, mas uma condição,  pois sem a qual, seria como consertar uma mangueira furada sem fechar o registro de água.

Uma outra questão relevante está na estrutura médica e hospitalar, para tratar pacientes com histórico psicopata.  Não creio que exista esta estrutura em países subdesenvolvidos e, infelizmente o Brasil caminha para esse “Status” (se já não está), graças aos esforços de nossos ilustres governantes, que tanto se esmeram em desviar (sabe-se lá pra onde) os recursos que deveriam ser destinados à saúde pública, de forma geral.

Sim.  Acredito (como defendo) que a psicopatia tem cura, desde que, tratada à altura que a demanda exige, com respectiva atenção, respeito, profissionalismo médico e estrutura compatível.  Entende-se como estrutura compatível, onde as condições de hospedagem (enquanto em tratamento), possa proporcionar-lhe ambiente harmonioso, sem qualquer atitude preconceituosa e discriminatória, em razão da “fama” psicopata que carrega o paciente, por parte de funcionários, corpo de enfermagem ou mesmo por qualquer dos médicos, psiquiatras ou de qualquer outra especialidade.  Se assim não for, o paciente encontrará na sua internação, ambiente propício para sustentar sua psicopatologia, podendo (e muito), retardar consideravelmente seus progressos terapêuticos.

Devo citar, como exemplo, as condições existentes em Instituições correcionais, que abriga menores infratores.  As condições em que são submetidos e tratados, acabam por alimentar, os já comprometidos conceitos negativos, que pesam sobre uma sociedade injusta e preconceituosa e, à medida que crescem e tem de deixar essas Instituições públicas (em razão de terem atingido menor idade penal), vão para as ruas, para voltar à sobreviverem (não com violência), mas de qualquer outra forma, para continuar a viver e alimentar-se.  A violência, em cada um deles, é proporcional à experiência que já tiveram e do quanto já foram menosprezados e maltratados, tanto pelos funcionários dessas instituições (que já é de conhecimento público), quanto de uma sociedade (incluindo o Estado) que mais os despreza do que ajuda de alguma forma.

O que separa um doente de sua patologia é a qualidade do tratamento que recebe (quando recebe).



Professor Amadeu Epifânio

Pesquisador/Psicanalista

               


quinta-feira, 5 de outubro de 2017

TRANSTORNO BORDERLINE


PODE NÃO SER O QUE IMAGINAMOS !



Pessoal, transtorno Borderline é mais um transtorno. Transtorno é reflexo de um evento vivido quando criança (à época dela). O que eu quero dizer com isso ? Que para uma criança, não é preciso muito para deixá-la desconfortada ou incomodada com alguma coisa. E quanto menor é a criança (de poucos meses ou feto), ela sente mais ainda qualquer desconforto, físico ou emocional. 

É a intensidade desses incômodos que faz toda diferença, pois que, ao tornar-se mais severo (não necessariamente grave), o inconsciente grava-o e guarda para nos mostrar mais tarde, como quem diz: "Veja, foi isso que aconteceu com você". Só que o inconsciente não diz isso com todas as letras, ele faz lembrar apenas a sensação que vivenciamos. E é isso que, por não entendermos, se converte em sintomas e crises e por fim se converte numa classificação do CID-10.

Pois bem, o que é levado em conta para que um evento se converta em um transtorno ?

1) A idade da criança (à época do evento)
2) O tipo de evento
3) A severidade do evento (não necessariamente grave)
4) O local onde ocorreu o evento (cenário em torno)
5) O ambiente de convivência do novo portador de um transtorno.

Tipo de evento pode ser um desconforto físico prolongado (podendo gerar dor, medo ou mesmo pânico).  Pode ser um evento único relevante ou algo mais prolongado. 

O termo cenário, para o local do evento, significa onde que ele ocorreu, se dentro de casa ou na rua e, dependendo de onde seja, existe todo o cenário constituído à sua volta, envolvendo pessoas (voz, vestuário, personalidade) ou objetos (que neste caso são muitos).  Por que o cenário é relevante ?   Porque quando o inconsciente perceber, no tempo presente, algo ou alguém que se assemelha ao evento vivenciado, ele o fará relembrar das sensações que teve na quela época.  Aqueles desconfortos emocionais que sentimos vez ou outra, não importa onde estejamos.

Vale lembrar que, existe situações em que, em razão de membros de uma mesma família estarem com um mesmo transtorno, a ideia é "vendida" para o novo membro, que à compra por sua ingenuidade e passa à viver como tal, por achar que alguns comportamentos se assemelham. 

Em se tratando de transtorno, ninguém o ganha de forma genética. O que se herda são traços comportamentais e de personalidade (não necessariamente o mesmo transtorno), cujo o mesmo, pode ser reversível se, bem tratado.

Transtorno Borderline (pouco mais severo que um transtorno bipolar), dá indícios que a severidade do evento que sofreu quando criança, tenha sido um pouco mais intenso ou, de forma mais prolongada. Sofremos por não entender o que se passa (e não por termos um transtorno). Se pararmos para refletir sobre isso, poderemos respirar melhor. 

Então aprofunde seu conhecimento sobre o que você carrega consigo. Se vamos entrar em combate com algo, precisamos conhecer suas fraquezas (que só se torna forte por não o conhecermos). O que vocês sentem (se parar pra perceber), são atitudes pouco infantis, em razão de estarem revivendo fatos de quando criança ou bebês ou mesmo feto (uma vez que um feto sente tudo que se passa com a mãe e absorve seu estado de tensão).

Uma gestante pode levar um susto, discutir com alguém, aborrecer-se com uma situação, estar dirigindo ou ser passageira num trânsito engarrafado, com horário aperto para um compromisso, etc. Tudo isso, se levado com apreensão, quer queira ou não, o feto irá absorver.

Não se esconda do transtorno, ocupe-se dele, estude-o, conheça-o e vai poder viver uma vida muito melhor.   Reitero o desejo que vejam o artigo sobre induzir hábitos (http://deondeparei.blogspot.com.br/2017/09/transtornos-induzem-habitos.html) ele os ajudará à retomar o controle da vontade e permitir retomar as rédeas da vida de vocês, novamente.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-Didata

               

Contatos:  https://www.facebook.com/Prof.EpifanioAmadeu



sábado, 30 de setembro de 2017

REMÉDIOS CONTROLADOS


QUANDO NÃO TRAZEM O EFEITO ESPERADO.



Se uma medicação não resolve (já à algum tempo) é porque está mal prescrita e aí a causa pode ser várias, à saber:

1º) Erro no diagnostico do transtorno

2º) Ter sido mal avaliado(a)

3º) Imprecisão no relato dos sintomas, pelo paciente.

4º) Imperícia médica - Não faz anamnese corretamente (quando faz);

5º) Diagnosticar mais de um transtorno (cada pessoa tem apenas 1 transtorno, seguido de sintomas frequentes, decorrentes e consequentes (que fazem confundir com um segundo transtorno). O que acarreta uso inadequado e desnecessário de medicação adicional.

Lembre-se de uma regra: Não é porque Psiquiatra estudou que sabe o que diz e o que faz. Pelo contrário, é justamente porque estudou mais de 8 anos que tem o dever de lhe promover o seu bem estar, porque ele estudou pra isso, foi escolha dele ser psiquiatra e está ganhando pra isso.
Outra coisa, quanto à terapia: Acompanhe e monitore resultados, defina pontos que gostaria de ver sanados, como relacionamentos afetivos, descontrole emocional frequente, desconcentração, pessimismo, etc. Não comece do zero, resolva onde o transtorno mais atrapalha ou lhe impede de fazer e cobre resultados (porque ele também estudou pra isso e também está recebendo).

A participação do paciente é fundamental, não dá pra confiar somente no psiquiatra e terapeuta, pois depende do seu relato para diagnosticar e prescrever a medicação adequada e também para o tratamento terapêutico.

Terapia é feito reforma que fazemos em casa, não dá pra passar meses sem progresso. ok ?  Cobre resultados.

Quando começar o tratamento, monitore a medicação, hora que toma, tempo de efeito, se sente abstinência de efeito entre uma dose e outra, etc. Quanto mais tomar parte do tratamento, mais rápido encontrará seu equilíbrio.

Medicações controladas tem o propósito de promover melhora. Se não faz é porque algo está errado. Se necessário, volta no psiquiatra, explica o que está havendo, com detalhes e peça para que reveja a medicação. Pode ser o caso apenas de mudar dosagem.

Veja o artigo abaixo, sobre imposição de hábitos e siga conforme.

Tenha seu bem estar como meta e não se acomode enquanto não conseguir.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-Didata.

            

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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

TRANSTORNOS INDUZEM HÁBITOS.

IMPONHA OS SEUS !



Podemos ter a impressão que transtorno faz o que quer e reina sozinho, mas nada como mudar hábitos errados (ou indesejados), com novos hábitos.

O primeiro dos problemas, causados por qualquer transtorno, são as mudanças de hábitos, especialmente em razão de sintomas ou por medo de crises que possam surgir em momentos nada apropriados, gerando constrangimentos perante familiares ou estranhos.  Isso porque nos tornamos submissos diante dele.

Já cheguei à comentar, tanto aqui quanto em minha página no Facebook, que não sofremos por ter transtornos (ou por qualquer tipo de problema).  Sofremos por não conseguir entendê-los.  Lidar com problemas sem entender é ficar sempre na defensiva, na retaguarda.  Dizem que a melhor defesa é o ataque.  É isso que vou mostrar à vocês, como tentar reverter (com êxito) os efeitos do seu transtorno, sobre sua vida, sua rotina e trabalho.

Só relembrando o que acontece, sintomas e crises são procedentes do inconsciente, que nos faz recordá-los, sob a alegação de nos dizer que existem “pendências” precisando ser tratados, para serem extintos.  Enquanto os resultados não chegam, o inconsciente (feito disco arranhado) continuará à nos fazer recordar, o que um dia vivenciamos e de alguma forma nos perturbou, tanto emocional quanto psicologicamente.  Não precisa ser sempre assim.

A proposta terapêutica consiste, com o tempo, em fazer o inconsciente à abandonar a ideia de continuar avisando. Como ? Mostrando que podemos desprezá-las, desenvolvendo atividades e rotinas para manter a mente ocupada, pois que o inconsciente só consegue impor tais lembranças, quando encontra espaço ocioso, ou seja, quando deixamos de fazer o que é preciso e o que gostamos, justamente por conta do transtorno.

À grosso modo, devemos brigar pelo “território” perdido e cedido ao inconsciente.

Aos portadores de tdah, dei algumas sugestões, mas depois percebi que as mesmas, poderiam ser aplicadas à qualquer tipo de transtorno, para exercício do auto controle e da própria vontade.  Quais são as sugestões ?

Primeiro:  Deixar de fazer coisas por fazer e fazê-las com algum propósito.

Segundo: Estabeleça um objetivo ou tempo para executar a tarefa (estudo, leitura, atividades e trabalho).

Terceiro:  Eleve, progressivamente, o tempo de execução da tarefa e tenha meta de cumprir integralmente, em cada novo período.

Quarto:   O objetivo não é apenas ocupar a mente o dia inteiro, mas fazê-lo de forma não forçada.  Imagine que estará tentando convencer um amigo, de  que  esteja  bem  e só podemos convencê-lo,  estando  bem, sem  nervosismo.  Não concorda ?  

Enquanto o inconsciente perceber  que  suas atividades  não  estão sendo feitas de forma espontânea, ele não cessará.  Por isso, nada de pressa, porque o que interessa, são resultados.

No momento que estiver atingindo o objetivo, sintomas e crises diminuirão suas frequências, até se extinguir.

De nenhuma forma este exercício substitui medicação e tratamento psiquiátrico.  É uma atividade que poderá ser feita de maneira paralela.  Pode aproveitar inclusive, para incluir na rotina, o monitoramento da medicação que toma, como horário, tempo que eleva para fazer o efeito esperado (não o desejado);  se entre uma dose e outra, sente que existe abstinência (mostra que o intervalo precisa diminuir);   Quanto mais se conhecer, mais rápido atingirá seu equilíbrio e corresponderá à qualquer tratamento.

O objetivo do nosso inconsciente é promover nosso equilíbrio psíquico do corpo que o abriga (como um transporte apto, à levá-lo onde ele desejar), tal como conservamos nosso carro, com o mesmo propósito.  Ele faz isso na esfera psíquica, mas não é nosso inimigo, está apenas fazendo o seu trabalho. Tudo que iremos fazer é avisá-lo de que não precisa mais.

Para os portadores de Depressão, percebo o quanto é difícil tomar iniciativas que envolvem esforços físicos e mentais, por isso comece com qualquer coisa, mas que possa, aos poucos, aumentar progressivamente o tempo de execução.  Pode ser até um jogo, vídeo-game ou uma distração qualquer.  Comece fazendo por um tempo pequeno e depois, vá aumentado. Mas é preciso dar o primeiro passo.

Tenham por meta o bem estar de vocês.  

Com relação à psiquiatras, não é porque estudou que sabe o que diz (jargão que costumamos nos conformar). É justamente porque estudou (quase 10 anos, entre medicina e especialização), que tem o dever de nos promover o bem estar.  Portanto cobre, mas corresponda, faça sua parte, saiba definir com a máxima precisão que puder, o que estiver sentindo.  Médico não tem bola de cristal para adivinhar, ele depende do que você (souber) dizer à ele.  Mas ele tem o dever de fazer as perguntas certas, para investigar melhor os sintomas.

Lembre-se que o tratamento começa e termina em você, isto é, você é responsável (perante o psiquiatra) pela informação que passa e pode sofrer por causa disso, por exagerar ou omitir informação, temendo ou tentando induzir o médico à proceder conforme alguma conveniência. 

Seja claro e preciso, que os resultados virão.

Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-Didata.

               

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