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terça-feira, 20 de novembro de 2012

DROGAS – O Grande Algóz do Jovem é a Ferida Aberta (2ª Parte)
                      Olá, terminei a primeira parte do artigo anterior (do mesmo tema), abordando a importância de se estabelecer um diálogo constante com os filhos, pelo menos uma relação de confiança mútua, para que os jovens tenham em quem se escorar quando as coisas começar a ficar difíceis para ele ou ela.
A fase adolescente é a fase mais crítica dos filhos.  É como se fosse o vestibular da vida, para ver se o que aprenderam até agora é suficiente para administrar tudo que eles não conseguem entender direito, como conflitos, decepções, rompimentos amorosos, perdas em geral (de namorados, familiares, empregos, mesadas, etc). 
Como numa escola normal, na escola da vida deve também existir o interesse do aluno em aprender, principalmente quando falham em alguns testes (às vezes nem tão difícil de lidar), mas que precisam usá-los para situações futuras para não caírem no mesmo erro.
Quando os pais não conseguem conversar com os filhos e extrair deles o que tanto os incomoda e os impedem de dialogar com os pais, é na dependência química ou alcoólica que eles acabam descobrindo, pois as drogas arrombam o lugar onde estavam guardados esses “motivos” e os tráz à consciência para serem utilizados como justificativas, para cada vês que ele for consumir a droga.
Quando os dependentes (por influência da droga ou abstinência da mesma), fazem acusações aos pais ou queixas de fatos que ocorreram com eles, geralmente a família não entendem e revidam as acusações piorando ainda mais a situação deles, já que essas discussões serão utilizadas como fator motivacional (ou justificativa) para um novo consumo.
As queixas que forem proferidas durante a dependência é para serem ouvidas e reveladas, pois em geral é a ferida aberta que o levou “involuntariamente” às drogas.  Essa ferida física (dependência) só tenderá à se fechar quando a ferida psicológica for sanada, pois que aquela está aberta para que todos vejam que existe uma outra “interna” que precisa ser curada e fechada.  Tão logo a ferida interna se resolva, o dependente começará à pedir ajuda para se tratar, pois que o fator motivacional principal para o consumo, já não existe mais.
Mesmo em sofrimento por causa da droga, o usuário precisa sentir confiança de que irá pisar em terreno seguro, se quiser por conta própria se tratar (salvo nos casos de internação forçada e mesmo assim sujeito à recaída, se a ferida psicológica não for tratada).
Não deixem para descobrir tarde demais os conflitos internos dos filhos, mesmo aqueles que julgamos como bobos, mas que se arrastado por meses ou semanas e dependendo da gravidade, pode ser suficiente para pesar na balança, na hora de escolher involuntariamente, experimentar um crack ou cocaína.  Sinal que naquele fatídico momento sua vida não valia mais que a droga.
Mesmo tendo passado pela adolescência sem drogas, ainda sim (nós, adultos) ainda fazemos escolhas erradas, que nem sempre conseguimos corrigi-las em tempo hábil. Então, não vamos condenar os jovens por escolhas não conscientes, motivadas por razões e fatores recentes ou antigos, mas que minaram o equilíbrio emocional deles, enfraquecido quem sabe, também por nossa ausência, mais psicológica do que física, na vida deles.

Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar  

Somos (e também falhamos) pelo o que somos.

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2 comentários:

  1. Muito bom!!! E como vc citou acima na adolescência é a faze mais difícil foi onde eu comecei,família é a base inicial de tudo se faltar a base ja era.

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