Projeto VIVA +

terça-feira, 27 de outubro de 2015

DESMISTIFICANDO TRANSTORNOS.


CONHECENDO AS CRISES, GATILHO E INTENSIDADE.


Meus queridos amigos e leitores, à muito venho estudando e pesquisando comportamentos sob diversas circunstâncias e estímulos (estudo esse que eu chamo de Personalidade Reativa Comportamental).  Pesquisando sobre transtornos psiquiátricos, a maioria deles, não é apenas uma patologia, mas uma forma de linguagem e de comunicação, entre dois períodos, isto é, passado e presente.  Mais precisamente é o passado nos cobrando algo que ficou pendente lá atrás e que acredita que só seremos felizes ou termos uma vida plena, quando essa comunicação for enfim, estabelecida.

Muitos dos transtornos são "construídos" na infância, enquanto outros ainda na fase intra-uterina (ou gestacional se preferirem), mas não como um vírus que se contrai no ar.   A combinação de alguns fatores é que são responsáveis pela formação de um transtorno, que poderá também não se consumar se não satisfeitas algumas condições.  Esses fatores basicamente são:  A ocorrência de um evento ocorrido com a criança ou com o feto (se dentro ainda do útero) + a idade física dela + a severidade deste evento (não precisando ser necessariamente grave e se houver) + seu ambiente de convivência.

O evento em si, conforme dito (e repito), não precisa ser necessariamente grave para que se construa na criança, o que mais tarde poderá se transformar num transtorno específico.  Isso mesmo, não é na hora do evento que o transtorno se constrói, mas no andamento e desenvolvimento desta criança, da li para frente, que poderá também não se consumar.   O evento pode ter causado um impacto mais forte que o habitual, para que uma criança ou um feto considere como de natureza grave (como um abuso por exemplo) ou, sem gravidade, mas que a criança poderá adotá-lo como tal, apenas por não conseguir definir ou entender o ocorrido.

Quando isso acontece e, como é dever de uma parte de nossa mente proteger o corpo que o abriga e conduz em todos os aspectos (também no psíquico e emocional), a mente bloqueia essa informação, retirando da lembrança, pra que acriança se desenvolva psicoemocionalmente bem, para que possa mais para frente, ser lembrada para então tomar ciência, resolver (o que tiver de resolver) e por fim, apagar de vês esta pendência do seu inconsciente.

Mas existe um problema.  No momento que a mente entende que é hora de fazer lembrar essa pendência (às vezes ainda na fase infantil ou juvenil), essa lembrança se faz de forma inconsciente, o que leva esta criança à manifestar reações e sintomas de auto defesa, quase nunca compreendidos, nem por ela mesma e nem pelos pais.  Em alguns casos (dependendo de cada transtorno e de cada pessoa) essa tentativa de fazer o corpo lembrar, é suspensa até um momento futuro, na adolescência por exemplo.

Para entendermos um pouco mais sobre isso, vamos considerar que na ocorrência de um evento, forma-se junto um cenário em torno do nosso protagonista, que é a criança.  Neste cenário está contido uma série (ou alguns) quesitos que, dependendo do ambiente onde ocorre o evento, podem ter cortinas, música, pessoas e suas vestimentas, suas vozes e hábitos, ventilador de teto, ar condicionado, enfim, todo um cenário.  E por que isso é relevante ?

Vou lembrá-los de um fato curioso que já deve ter acontecido com alguns de vocês, queridos leitores.  Existem momentos em que, caminhando ou se dirigindo à um destino específico, de repente algo que vemos ou ouvimos, nos reporta em fração de segundos ao passado, nos fazendo relembrar um episódio específico que nos aconteceu, como o diálogo com uma pessoa ou determinada cena de um filme.  Já não ocorreu isso com vocês ? (comigo acontece quase sempre).   Isso acontece por causa de uma coisa que eu chamo de processo (ou método) associativo, onde uma imagem ou sentido específico atua como gatilho para nos fazer recordar fatos que jurávamos já estar esquecido ou apagado dentro de nós.

Pois bem, esse método associativo é o principal causador, que faz recordar sempre (ou nem sempre apenas) o evento gerador do transtorno, mas alguma parte do cenário criado quando da ocorrência deste mesmo evento.  O que explica a dificuldade de se tentar descobrir a causa do transtorno que uma pessoa leva consigo, pela variedade de fatores que existem para serem lembrados.  

Entre a lembrança do evento e a crise, existe um fator intermediário, responsável pelo gatilho da crise, que é a tolerância (ou falta dela).   O mecanismo de disparo da crise se dá da seguinte forma.  O método associativo faz a ligação entre presente e passado, isto é, volta ao momento em que o evento se deu (em razão de um estímulo presente).  Segundo Freud, o tempo no inconsciente não existe, o que significa que a recordação do evento virá junto com as mesmas sensações e intensidades correspondentes sentidas, como medo, ansiedade, pânico, insegurança, etc, acompanhando também as crises (o que explica a elevada intensidade com que as mesmas se manifestam). 

Isso nos leva ao gatilho da crise, como ?  Com a recordação do evento + a sensação sentida + fato de não sabermos a procedência dessas sensações (origem inconsciente) + a baixa tolerância em suportar tudo isso, transferimos a demanda de uma resposta de auto defesa aos nossos impulsos que, tendo que atender "pra ontem" a demanda, ele se valerá do que estiver ao alcance para atender, que poderá ser explosão emocional (ou crise explosiva), visões, vozes e outros, cuja a mesma se dará de maneira involuntária, não cabendo, portanto culpar-se, punir-se, flagelar-se ou ter ideações suicidas, como auto penitência.

Pela ordem então, temos:

EVENTO>CENÁRIO>LEMBRANÇA>SENSAÇÃO>INTOLERÂNCIA>IMPULSOS>CRISE>DEPRESSÃO.

Existe um ponto onde esta cadeia pode ser interrompida, tratada e até curada.  Na parte da intolerância, evitando a transferência de ação de resposta que vem do inconsciente e com ela a explosão emocional e conseqüentemente em seguida, a fase depressiva, que na verdade não chega à ser depressão patológica mas, uma profunda sensação de impotência diante de todos esses fatos. 

Intolerância nos leva à auto-controle que nos leva à baixa resiliência (a capacidade de absorver problemas e nos levantarmos).  Controlando a tolerância (nossa paciência), evitaremos até mesmo de cair.  Evidente que nos controlarmos emocionalmente é difícil, principalmente como portadores de transtorno, o que nos faz lembrar de que precisamos de ajuda para esta tarefa (cujo resultados já podemos ver no fim do túnel com demasiada clareza). 

Alguns passos são essenciais para restabelecer nossa estabilidade emocional para voltarmos à ter uma vida plena.  Entre esses passos está (Primeiro) no fato de saber o que realmente se passa em razão do transtorno;  Segundo, fazer uma auto-análise e descobrir onde realmente o transtorno causa mais incapacidade e de que forma (para que possamos saber qual remédio e para quê precisamos, por quanto tempo e para qual período do dia).  Terceiro, que existem terapias (convencionais e alternativas) que podem ajudá-lo(a) à promover sua estabilidade emocional, para gradativamente ir diminuindo a quantidade de crises, intensidade e duração das mesmas.  Quarto, saber que transtornos psiquiátricos são na verdade, influências psicológicas inconscientes, provenientes de processo de lembranças.

Quinto, seu inconsciente acredita que você só terá vida plena quando descobrir e resolver o que ele quer te fazer recordar (a vida toda, diga-se de passagem).  Isso pode ser resolvido, tentando convencer seu inconsciente de que você pode ser feliz do jeito que é, sem a necessidade de lembrar o passado.  Mas como convencemos "alguém" de que estamos bem ?  Estando bem, não é verdade ?  De forma que, seja qual for a forma de terapia escolhida, ela tem que lhe trazer resultados progressivos.  Terapia é como reforma que fazemos em casa, tem que haver progressos ou mudamos de "engenheiro" rsr  Não será logo nas primeiras sessões, mas que também, não leve a vida inteira.

Lembrem-se, um mesmo transtorno é vivido de forma diferente por diferentes portadores (ou todos de um mesmo transtorno, tomariam uma mesma medicação).   Significa que cada transtorno em cada pessoa, está relacionado com seu histórico de vida pessoal.  Vocês carregam um "inquilino" dentro de vocês, está na hora de conhecê-lo melhor para conviver bem.
                   

Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.

                   

                       Contatos E-mail:  contato_amadeu@yahoo.com

   

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

RESGATE DO DEPENDENTE QUÍMICO


QUAL SERIA O TRATAMENTO IDEAL PARA O DEPENDENTE QUÍMICO ?




Dependência química (da experiência ao consumo compulsivo) dá-se de forma involuntária (acredite).     Como ?

Estamos nos esquecendo de um detalhe de grande importância, que faz uma enorme diferença na nossa vida cotidiana.  Somos duas metades de uma mesma laranja, isto é, nosso lado consciente e nosso lado inconsciente.  Ambos travam (ininterruptamente) uma batalha invisível pelo controle do nosso corpo e da nossa vontade, sendo que, somos em cada momento o resultado parcial desta batalha.

Pois bem, enquanto sob controle do lado consciente (assegurado por nosso nível estável de tolerância), nossa mente (cujo qual tem o propósito de promover nosso bem estar e equilíbrio psíquico), está em constante campanha, buscando entre toda infinidade de nosso acervo, em outras palavras, tudo que assimilamos, sempre até o presente momento em que uma demanda lhe é solicitada, seja para solucionar uma dúvida ou buscar algo significativo e específico, para lhe atenuar um desconforto emocional.

Existe ainda um outro personagem, conhecido como "impulsos emocionais", de natureza também inconsciente, cujo qual tem o mesmo dever, ou seja, o de nos atender em nossas demandas conscientes.    Esse "carinha" se diferencia do seu "colega de trabalho" por uma postura não muito adequada, para que seu trabalho pudesse nos traduzir em manifestações seguras ou saudáveis, quando não de natureza arriscada, quanto à nos causar alguma forma de risco, emocional, psicológico, de vida ou à terceiros.

Como foi dito acima em parênteses "assegurado por nosso nível estável de tolerância", é esta característica que basicamente nos condiciona ao comando dos lados tanto consciente quanto inconsciente ou, mais para um deles do que para o outro (raro são as pessoas que conduzem os dois de forma equilibrada).   

Pois bem, enquanto os níveis de tolerância nos permitir estar no controle do nosso estado consciente, nossa mente está tendo todo tempo do mundo para encontrar em nosso "palheiro" (acervo), a "agulha" do tamanho específico, cuja qual lhe foi designada à procurar, o que irá demandar certo tempo para achar, concordam ?   Porém, como somos todos, seres dotados de enorme paciência (como bons baianos rsrs), não caberia nos incomodar com o tempo que levaria nossa mente para encontrar o objeto da sua busca, não é verdade ?  

Mas... como na verdade não somos assim e estamos "chutando o balde" cada vez mais cedo, automaticamente, isto é, sem nossa própria anuência e autorização, transferimos e outorgamos a tarefa de encontrar nossa demanda (quase sempre emocional e elevada) agora, aos nossos impulsos emocionais, que não mais terá a mesma paciência e ofício (do seu colega de trabalho) de buscar respostas em nosso acervo.  Em oposto à isso, ele nos atenderá em nossa demanda com o que puder valer-se, ou seja, do que "estiver à mão" (justificando aqui o que quis dizer quanto à nos colocar em condição de risco, que podemos definir citando as principais posturas nossas, de naturezas involuntárias e incompreensíveis na grande maioria das vezes.

* A experimentação de uma cocaína (que por ventura lhe esteja ao alcance nesse momento);
* O sacar de uma arma ou uma faca contra a companheira que não lhe quis mais;
* A ofensa verbal contra uma pessoa que muito amamos;
* Uma atitude estúpida e repentina na estrada, causando acidente grave;
* Vale-se de um porrete para agredir uma pessoa no trânsito;
* Vale-se da própria condição física ou de arte marcial para agredir pessoas que nem conhece;
* Intolerância racial, homofóbica e prática de Bullying estão nesta lista;
* Voltar à consumir drogas, pois a abstinência o fez ver-se impotente diante dela;
* Idem para o alcoolismo, mas por razões distintas em relação à drogas;
* Perder o controle da razão diante de situações repentinas, difíceis e inaceitáveis;
* Manifestação de crises de raiva, choro ou crises de transtornos psiquiátricos;
* Está nesta lista também as ideações (e consumações) suicidas, todas de natureza involuntária e inconsciente que, por não saber, associa a causa à um fato presente ou possível;

Somente quando o emocional inconsciente atender-nos de forma completa (não apenas agindo mas aguardando o resultado do feito), é que voltaremos ao nosso estado consciente.

Portanto, respondendo à pergunta, sobre qual seria o tratamento ideal para o dependente químico, eu responderia da seguinte forma:

1) Fazer conhecer os fatores que o levaram às drogas e à dependência compulsiva;

2) Fazê-lo conhecer que o prazer gerado, da primeira experiência (ou primeiro consumo) ficou gravado no inconsciente, que à partir de então fará uso desta lembrança, sempre que seu estado emocional extrapolar os limites do seu nível de tolerância (agora em níveis muito baixos);

3) Fazê-lo entender que à partir de agora ele, o dependente, é resultado vencido (momentaneamente), da batalha entre o consciente e inconsciente;

4) Fazê-lo entender que vencer essa batalha não é eliminar esse "oponente", mas sim, trazê-lo para o seu lado, fazendo com que, gradativamente, ele vá substituindo a lembrança do prazer negativo da droga, por novas informações úteis, saudáveis e positivas, através do resgate de tudo que tinha ou de novas conquistas que obterá à partir de agora.

5) Fazê-lo entender que o tratamento não se resume apenas em se desintoxicar das drogas, mas o de construir dentro de si, novos propósitos, cujo os quais deverá perseguir, para manter-se sempre no controle do estado consciente, da sua razão e dos níveis de tolerância (elevando principalmente sua capacidade de resiliência, que não lhe evita cair mas, levantar-se mais rápido).

6) A família tem participação ativa, direta e indireta na inserção às drogas, de forma que agora ela precisa ser "pilar" essencial na hora do filho erguer-se novamente.   

7) Fazer os pais entender que a inclusão do filho às drogas não foi uma atitude voluntária, mas de um processo e resultado aritmético da convivência em família, com os pais (ou com um deles) e que, portando, não cabe agora nenhuma soberba ou jogo de culpa nem prepotência ou arrogância, de achar que o filho não tenha valorizado tudo que fez por ele (talvez até demais).

8) Fazer entender aos pais que, em se tratando de filhos, estaremos sempre em débito com eles, pois sempre haverá algo que deixamos de dizer, fazer ou...de ser.

9) Por último, dizer ao ex-dependente que, por estar saindo de uma guerra, natural que todos vão perceber e falar e comentar, que ele deve estar preparado, tanto em saber lidar quanto para não relevar.  Mas como a melhor defesa é sempre o ataque, é a sua nova postura de vencedor que irá discipliná-los.

10) A imagem acima, em referência ao filme duro de matar (de Bruce Willis), é para servir de motivação, que é na dureza que se vence uma batalha e não importa como saímos dela, desde que, vencedores.

BOM SERIA CRIARMOS A CAMPANHA DO "USUÁRIO ZERO", COM OBJETIVO DE NÃO HAVER NOVOS DEPENDENTES, EM QUALQUER PARTE DO PLANETA.

  Mas acho que isso é pedir demais pra essas famílias que estão aí.

          ProfAmadeu Epifânio



sábado, 17 de outubro de 2015

COMO CONHECER O QUE O CERCA, SE NÃO CONHECE À PRÓPRIO ?

PROJETO VIVA+  (Projeto s/fins lucrativos)

Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.

VOCES,
Que pensam que se conhece direito,
Que pensam que sabe ser pai ou mãe,
Que pensa que é fácil usar drogas e deixá-las.
Que pensa que julgar mudará o mundo ou as pessoas.
VOCÊS,
Que pensam que podem crescer sem aprender,
Que vêem mas não ouvem, que ouvem mas não sentem,
Que acham que tudo que hoje fazem, dizem o manifestem,
(achando que estavam no controle de si mesmos)
Já estava tudo previamente predestinado.
SOMOS TODOS...
Tolos em crer que somos donos da verdade;
Ainda que ela o leve ao erro, à dor ou a morte.
Somos tolos em não aceitar que a vida é uma grande escola;
Em crer que se os filhos se drogam,
é porque não valorizaram tudo que fez por eles,
(quando o que na verdade deveria ter feito, não fez).
Quando o assunto for filhos, aprendam,
Estaremos sempre, em débito com eles, porque sempre
haverá algo que deixamos de fazer ou dizer.
NESTE PROJETO E TAMBÉM NO BLOG, VOCÊS VÃO...
Reencontrar a Paz, reencontrando primeiro à si próprio;
Trazer os filhos de volta ao convívio, ainda que morando juntos.
Reencontrar dentro de nós o Deus Vivo e Pai,
escondido atrás de nossas vaidades, prepotências e avarezas.
Desmistificar seus pesadelos (postos em pedestais inatingíveis),
impedindo à si próprios conhecê-lo para então saber,
Que é possível conviver como dois bons vizinhos.
O GRANDE SEGREDO DA VIDA...
Não estar em suportar sofrimento, mas saber entendê-lo;
Não está em fazer julgamentos, mas aprender conhecer;
Não está em matar à si próprio pra fugir do problema e da dor,
Mas saber lidar, conhecendo-o à fundo, matando só o problema.
O grande segredo não é fazer Deus, de Garçom,
(esperando que lhe traga, de bandeja, seu grande pedido)
Mas fazer (por nós mesmos), merecedores do que precisamos.
MUITOS VIVEM MERGULHADOS EM VAZIOS PROFUNDOS
E passam a vida tentando preenchê-lo à sua conveniência,
de forma arriscada, promíscua, perigosa, agressiva ou violenta.
Quando o verdadeiro vazio está na falta de serviço ao próximo.
Acredite se quiser, estamos neste mundo para servir e conviver.

EXPLORE O BLOG, LEIA OS ARTIGOS, CONHEÇA À SI PRÓPRIO.

APRENDA A OUVIR, ANTES DE AGIR, JULGAR OU CONDENAR.

SE QUISER ENTENDER AS CRIANÇAS, SE AJOELHE PRIMEIRO.

"Os que ficam de Pé, mesmo diante do sofrimento,
tornam-se médicos diante dos que não o suportam"
              (Amadeu Epifânio)


ProfAmadeu Epifanio - Idealizador

P.S.:  Isso não é carta de despedida nem de encerramento do Blog. rsrs  Fiquem tranquilos.

domingo, 11 de outubro de 2015

GESTAÇÃO.


CUIDADOS ESPECIAIS PREVINEM PROBLEMAS FUTUROS.



O Projeto que desenvolvo (VIVA+), estuda no ser humano o seu processo de tomada decisão, desde sua fase gestacional, passando pela infância, juventude, adolescência, até chegar na fase adulta.  Pois bem, vamos falar da fase gestacional, fase importante para o processo de formação e amadurecimento cognitivo, através da experiências vivenciadas durante esta fase, cuja as mesmas são armazenadas ou bloqueadas, conforme a demanda do momento.

Experiências consideradas traumáticas para o feto, são bloqueadas de sua memória, como defesa da mente, para não ver seu pequeno "transporte" sucumbir diante do desconhecido, onde somente mais tarde ele será devidamente lembrado, para ter ciência do fato (muito embora essa lembrança se dê de forma inconsciente).   Algumas recomendações considero oportuno lembrar, para que este bebê possa ter uma gestação saudável, tanto no âmbito físico quanto principalmente no psicológico.

Recomendável que os pais ou somente a mãe faça uma espécie de diário do bebê, relatando todos os fatos ocorridos durante tanto a gestação quanto dos primeiros meses, até os 3 anos de idade (podendo chegar aos 5). Porque ? Nós, pais, nos esquecemos de "ajoelhar" quando o assunto é tentar entender os filhos (fetos e bebês já nascidos), o que acaba passando batido, momentos que para as crianças são consideradas como fortes ou de natureza grave (repito, pra elas), mas que, para os pais, não costuma ter a mesma relevância, porque simplesmente não o vimos "sofrer" diante do mesmo evento.   Certas informações de experiências que ocorrem durante a gravidez, podem ter relevância durante a consulta com o pediatra, para no mínimo poder se anular determinadas causas para alguns tipos de problemas que a criança venha a apresentar.

Em meus estudos, percebi que muitos dos transtornos psiquiátricos, tem sua construção na fase infantil, que vai desde a gestação (com feto já formado) até uns 3 anos em média, que associando à faixa etária + o evento ocorrido + a severidade (que nem precisa ser tanto) + o ambiente em que vive, pode levar a criança à formar e desenvolver determinado tipo de transtorno. Contudo, alguns fatores podem fazer diminuir a severidade do mesmo, após o desenvolvimento desta criança, quando ainda na juventude ou já na fase adulta.  Cada pessoa possui histórico diferente para um mesmo transtorno.

Um dos fatores é o do diário do bebê, onde tudo deve ser anotado, qualquer tipo de susto, briga, discussão, barulho excessivo, enfim. Porque ? Estes eventos (se muito perturbador para a criança) são bloqueados e separados da memória, para futuramente serem relembrados e então resolvidos. O problema é que as lembranças se dão de forma inconsciente, o que deixará a criança, jovem ou adulto, muito perturbado com sintomas, cujo os quais não conseguem discernir sua procedência, desenvolvendo inclusive manifestações involuntárias, como crises relacionadas.

Nessa hora que entra o famoso diário.  Vejam, algumas manifestações das crianças ou dos jovens (durante uma crise) dão sinais ou pistas de fatos ocorridos lá atrás e transcrito no diário, no que os pais lerão e tentarão ver a similaridade dos eventos e relatar ao filho, que o seu problema pode estar ligado à determinada ocorrência, por isso os sintomas relativos. Se os pais não conseguirem fazerem essa correlação de fatos, o diário será útil e oportuno para especialidades médicas que poderão recorrer, como pediatras psicólogos ou psiquiatras.

Outro fator preventivo está na atitude da gestante, quando após um susto ou briga, recolher-se em ambiente seguro e tranqüilo da casa, acomodar-se confortavelmente e acariciar a barriga, conversando com o bebê, para tentar acalmá-lo do susto que passou ou da briga que "sentiu" dentro do útero.  Isso com certeza irá amenizar o impacto da experiência que vivenciou e que, se a mente resolver bloquear, com certeza será algo de menor poder ofensivo para o intelecto do bebê que se refletirá no futuro com menor complexidade.

Para se tentar entender uma criança de primeiros meses, devemos nos ajoelhar;   para entender um bebê prematuro, devemos deitar de bruços. Isso significa que, se quisermos entender, primeiramente precisamos ter sensibilidade para sentir como ela e ouvi-los, como eles gostariam.  Estabeleça desde cedo o perfil dos filhos, para que diferenças de comportamento ou temperamento, possam ser prontamente identificados, esclarecidos e tratados (se for o caso), ao invés de ficarmos acreditando que tudo é coisa de criança pequena, crença que poderá levar à conseqüências mais sérias futuramente, senão graves.

Fetos e bebês podem ainda não falar, mas com certeza tentam de todo modo, passar o que estão sentindo, cabendo aos pais saber identificar este "diálogo" e mais, dialogar com eles.   Bebês e fetos registram seus momentos e os tomam como referência para eventos subsequentes e futuros, para que à partir de então, os mesmos vão sendo endossados ou contrariados e cuja resposta ou resultado, vão sendo manifestados principalmente por seu temperamento.  Esperemos saber interpretar, corresponder ou corrigi-los rsr.

O mundo mudou e à cada geração que se inicia, os bebês estão vindo adaptados às novas mudanças, cada vez mais auto-suficientes.  Se os pais não se adequarem, eles atingirão sua puberdade e independência cada vez mais cedo, desvinculando-se dos laços familiares antes de serem devidamente educados e culturalmente instruídos, tornando-se potencialmente vulneráveis.

Parece cedo preocupar-se com isso ?  Espere pra ver.


Amadeu Epifânio
              

WhatSapp: 21-96774-1555