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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

 DROGAS – O grande algóz do jovem é a ferida aberta.

                      Postei recentemente, aqui mesmo no blog, um artigo abordando os 8 passos para se chegar à uma droga para experimentá-la e não por vontade consciente, insisto, mas por desejo involuntário, ou seja, aquele lado interior que insistimos em alimentá-lo com nossas fraquezas conscientes e, quando cansados de nossas dores, decidimos “chutar alguns baldes”.  Como nossa mente não cria soluções do nada, mas se vale do que já estiver em seu “banco de dados” e na falta aqui, de algo substancialmente útil para conter o desconforto emocional grave do jovem, a droga acaba sendo o “melhor remédio” nessa hora.                       
           Pessoal, nestes últimos anos, venho aprimorando meus estudos sobre o comportamento dos jovens diante de um desafio ainda muito difícil de lidar que são as drogas, mais especificamente no que concerne à experimentação delas, bem como das razões que promovem essa aproximação.
Não podemos mais criar a ilusão de manter a droga afastada dos nossos filhos (e vice-versa) porque ela já faz parte da nossa realidade social e de forma determinante.  Portanto, quer queira ou não a droga já está na cabeça de todos nós e dos nossos filhos, bem como, respectivamente, dos males, às vezes irreparáveis, haja vista os últimos episódios ocorridos com algumas cantoras internacionais, vitimadas pelo uso abusivo de drogas.
Em seqüência ao artigo supracitado, sobre os 8 passos para a experimentação, o primeiro refere-se justamente à ocorrência de um conflito, pois que do nada alguém vai querer experimentar uma droga.  Os passos seguintes dizem respeito às conseqüências de um conflito não resolvido.  E é justamente aí que a coisa se complica: o conflito.  O que é o conflito ?  Porque essa palavrinha pesa tanto na cabeça e na vida desses jovens e adolescentes, à ponto chegarem ao ponto de consumirem drogas como suposto remédio, que os poderá levar inclusive à morte ?
Esse tal conflito nada mais é do que uma “ferida aberta”.  Um momento na vida do jovem que ele ou ela ainda não conseguiu digerir direito, entender direito.  Um episódio em certo momento da sua vida que ficou sem explicação e também em stand-by, à espera de uma solução.  Enquanto não se resolve essa misteriosa questão, esse conflito (mesmo ainda pequeno à princípio) vai de forma gradativa, constante e imperceptível, minando a tranqüilidade daquele ou daquela jovem e cujo desconforto emocional irá ainda se juntar aos sentimentos resultantes dos problemas do dia a dia. Na falta de melhores condições psicológicas para entender sua angústia, acaba sucumbindo.
Quantos de nós, adultos, não manifestamos nossos desconfortos das formas mais variadas, descontando às vezes nos outros nossos problemas não (ou mal) resolvidos ?  Porque achar que com os jovens (e os nossos filhos) os problemas são sempre pequenos ou fáceis de resolver, quando nós, pais, às vezes não cobramos deles, entender nosso mal humor, desprezo ou abandono ?  Pimenta nos olhos dos outros é refresco ?  Até nos filhos ? 
As famílias estão deixando de conversar e se entender. Chame os filhos pra sentar à mesa ou numa conversa à dois e sem aquele ar de autoridade ou soberba, descubra qual  problema  está perturbando a tranqüilidade e “tirando o sono” deles ou delas, antes que a falta desse diálogo seja substituído por algo muito mais nocivo, perigo, quando não letal.   Viver bem é Possível !

                                                                         Amadeu Epifânio

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