Projeto VIVA +

quinta-feira, 23 de maio de 2019

QUANDO NÃO SE ENTENDE AS BIRRAS...



OS PAIS ATRIBUEM À PSICOPATIA. 

SERÁ ?


Como Psicanalista, posso assegurar que os sintomas psicopatológicos, que geram irritação e agressividade, não se manifestam tão precocemente. A grande maioria dos transtornos psiquiátricos, são constituídos entre as fases de formação fetal, até os 3(três) anos de idade (em média) e a manifestação começam na puberdade (não que tenha alguma relação direta).  Isto porque compreende que seja uma faixa etária quase zero de entendimento e que, portanto (mesmo não ocorrendo nenhum trauma severo), o simples fato de não entender o que se passa consigo, é para a criança ou feto, motivo de medo, pânico, ansiedade, entre outros.

Sofremos pelo o que não entendemos e, por não entender, não aceitamos e, por não aceitar (e ter que conviver com o problema), acabamos por conveniência, querer dar nome ao que sentimos, com o propósito de atenuar o "misterioso sentimento". Feito isso, entramos numa zona de conforto, de não buscar entender o que se passa, não investigar sua causa, origem ou procedência e viver como se estivesse vivendo num vale dos suicidas, como se não houvesse nenhuma solução para o que está sentindo.

Com relação às crianças pequenas, entre zero à 6 anos em média, ter comportamentos arredios, não significa ser portadora de patologias psiquiátricas. Mesmo quando ainda dentro do útero, os bebês passam por inúmeras experiências, muitas delas sensitivas, envolvendo os seus sentidos de percepção, como situações exacerbadas de calor, frio, sustos, brigas, discussões, quedas da mãe, barulhos excessivos, entre tantos outros. Tudo isso pode gerar, sem sombra de dúvidas, situações de medo, ansiedade, insegurança, pânico, perturbação. Assim como uma uma gravidez tranquila, gera uma condição psicológica estável para o feto, antes e depois de nascido.

Não é só, dar amor, é preciso pensar como feto (em sua fragilidade), e depois como bebê e em cada fase da sua vida. Os pais e os demais parentes adultos, não tem a sensibilidade de pensar na criança, como criança, na sua idade, na possibilidade de não estar entendendo o que se passa e no quanto fazemos cobranças de coisas que nem se quer, os ensinamos ainda. É óbvio que tudo isso gera instabilidade emocional neles e, tal como nós, adultos, descontamos nos outros, nossas irritações, as crianças pequenas também, tem seus momentos.

À medida que a postura irremediável dos pais, tornam-se frequentes, a irritabilidade das crianças (em forma de birras), também são constantes, pelo menos até que os pais parem de punir e comecem à querer conversar, admitir o próprio comportamento e, doravante, fazer um tratado de paz com as crianças.  As crianças não tem problemas psiquiátricos, os adultos é que estão vendendo essa ideia e adoecendo os filhos, de verdade.  Como ?  

Os pais acreditam que seja algum tipo de transtorno opositivo desafiador, levam ao psiquiatra (que compra a ideia) e prescreve medicação correspondente, porém não apropriada à causa correta.  Em resposta ocorrem os efeitos colaterais, as crianças sofrem com isso e passam à adotar um perfil de paciente psiquiátrico (que muda conforme a medicação), fazendo os pais acreditarem que era de fato, uma patologia.

Em alguns casos, uma criança, pode constituir e desenvolver desde cedo, um transtorno psiquiátrico, como Autismo por exemplo.  Para descobrir se o comportamento de uma criança é psiquiátrico ou não, os pais devem mudar seu modo de lidar com ela.  Problemas e desentendimentos conjugais também causam instabilidade psicoemocional. Se um capitão e o comandante de um barco não se entendem sobre o rumo à tomar, os tripulantes tendem à pular do barco.  Uma criança não pode pular do barco, mas pode sentir-se insegura e, como elas não aprenderam ainda, à manifestar suas emoções, isolamento, irritabilidade (em forma de birras) e agressividade, são as reações mais esperadas.  

É como eu disse:  Pensem como eles !


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.

               


domingo, 19 de maio de 2019

PACIENTES EM COMA PODEM NÃO FALAR...



...MAS TRANSMITEM MUITAS COISAS.


Toda situação, em que um paciente entra em estado de coma, gera para os parentes, comoção, tristeza e insegurança (quanto à acreditar se ele voltará à lucidez e, sob quais circunstâncias).  É sabido que o coma acontece, não somente pelas condições do quadro clínico do paciente, pois que, também os médicos podem induzi-lo, objetivando estabilizar um quadro mais severo (como em queimaduras graves por exemplo), para não sentir dor e poder avaliar melhor, suas condições, expectativas de vida, tratamento apropriado e tempo de recuperação.

Mas como fica o espírito, nestas situações ?  Embora toda experiência vivida pelo espírito, tem um caráter dogmático e engrandecedor (direcionado para a sua evolução), algumas situações de provação, podem levar mais tempo, para atingir o mesmo resultado.  Por exemplo, é esperado que um estado de coma possa estender-se por tempo mais longo do que esperamos, o que não imlica dizer que corpo e espírito estejam sofrendo.

Durante este tempo, o espírito continua apegado ao corpo, mas acordado e interagindo com o ambiente.  Isso nos faz lembrar dos conselhos de manter boas vibrações, para que o espírito da pessoa que está enferma, possa receber essas vibrações, além receber ajuda de outras entidades de luz (como mentores), que estejam próximas, auxiliando no que  for possível, pois que, sempre irá depender do seu estado de evolução, saber aceitar e submeter-se à essa ajuda, para aceitar a situação, pela qual passa.

Vou citar um exemplo: Meu espírito ocupa meu corpo, como uma roupa que vestimos, com todas suas imperfeições, seja por estar apertado demais, costura mal feita, tecido que “pinica” no corpo, estar manchado, amarrotado, enfim.  Passamos a vida “vestindo esse corpo” e tentando corrigir essas imperfeições, quando na verdade o que deveríamos estar fazendo é saber aceitar e viver com o corpo que recebemos e aproveitar a imperfeições para aprender, crescer e evoluir.

Um corpo em estado de coma, parece ocioso, sem nada para aprender mas, sua condição momentânea está mexendo com uma série de pessoas, pensamentos, espíritos (e mentores) de todos os que estão envolvidos com este enfermo.  Como veem, ele não está tão ocioso assim.  Não significa dizer que seu espírito esteja sofrendo de alguma forma, pelo contrário, ele está em processo de constante aprendizado, aproveitando para conhecer o que for possível, inclusive sobre a atual condição clínica do corpo.

Ouvimos muito, falar em “passar boas vibrações”, na presença ou em razão de entes enfermos (ou mesmo em velórios).  Isto é necessário porque nestes lugares, costuma haver ambiente pesado, com pessimismo, lembranças tristes ou de raiva pelo houve. Vibrações significam sentimentos que nutrimos e, boas vibrações significa pelo menos, não alimentar ressentimentos, pensamentos negativos, desejos de raiva e falsos desejos de justiça (quando na verdade, o que queremos mesmo é vingança), aos que machucaram ou mataram um ente nosso.  

Isso em nada contribui para a melhora do enfermo (ou processo de desencarne ou evolução do seu espírito), pois que esse tipo de pensamento, atrai mais rancor e espíritos mais densos, os quais ainda nutrem esses ressentimentos e passam à conviver perto de pessoas iguais, em afinidade negativa.

A condição que o espírito se encontra está condicionado às concepções que ele mesmo cria e nutre, em torno de suas expiações e provações.  Quanto mais (em condição terrena), pudermos aprender sobre a doutrina espírita, mais entenderemos o processo pelo qual, todos haveremos de passar, para atingirmos uma maturidade tal, que nos permita descobrir que, provações e expiações são necessárias, tanto ao nosso resgate de vidas passadas, quanto ao ininterrupto processo evolutivo.  A ideia não é sofrer para crescer mas, saber aceitar o que está passando, para ganhar mais experiência e então evoluir.

Com relação à vida terrena, todos já nascemos, com a “passagem de volta” comprada, não sabendo o dia nem a “poltrona” (a forma como se dará).  O coma pode ser uma forma suspensiva, para se descobrir se o quadro clínico poderá melhorar, manter-se estável ou piorar e a melhor forma da família lidar com essa situação momentânea de dor, é entender que todos nós, temos um tempo certo e um roteiro à ser cumprido (uma missão específica), como uma representação numa grande peça.  Esse roteiro pode nos levar à um tempo de vida longo ou curto. 
 
Quando o roteiro termina, independente da idade que tenha e, se outros ainda estarão “no palco”, é hora de ir embora e que, esta partida (se assim tiver de ser), deve ser encarada como uma decisão (do mundo espiritual), já previamente determinada.

Não se revolte com a forma como a vida se apresenta.  Nada é por acaso e sempre existe uma razão para acontecer e a lição que se tira disso, é que sempre se aprende algo mais e, depois de certo tempo, como (eternos) alunos, podemos começar à ensinar, os que estão apenas começando seu caminho ou que ainda estão à se revoltar, no porque a vida lhe persegue tanto.  Mal sabem que estão sendo treinados, à se tornarem mais um professor.  O que temos hoje, é uma sociedade (e humanidade) cheia de alunos que não entende e não aceita muita coisa e muitos, muitos professores despreparados para orientá-los, num caminho certo e seguro.



Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.




domingo, 12 de maio de 2019

PORQUE A VIDA DEVE CONTINUAR ?



REENCARNAR PARA NÃO SOFRER MAIS !!


A vida humana, o corpo humano, é uma constituição fantástica, onde ocupá-lo (espiritualmente falando), é uma experiência única, sobre a qual não nos cabe apenas viver, mas contemplar, porque certamente nos arrependeremos de qualquer minuto que desperdiçarmos, quando tivermos de deixá-lo de alguma forma.  É como uma mansão que não se pode medir e que, jamais conseguiremos descrever sua grandiosidade.  

A grande maioria das pessoas, faz parecer que viveu toda sua vida espiritual terrena, como se estivesse ocupado apenas um dos cômodos, não aproveitando sua existência para sair e explorar outros, para que, em cada novo espaço descoberto, vislumbrasse sua magnitude, não desejando mais, deixá-lo.  Sabemos muito pouco de nós mesmos e do quanto ainda há para viver, aprender, crescer e alcançar o grau de não precisar mais, sofrer. 

O processo reencarnatório, que é quando o espírito se prepara para ocupar um novo corpo (ambos já, previamente selecionados e predestinados um ao outro, segundo as regras de resgate e evolução), tem seu início no momento da fecundação.  Nesse momento (imagino), deve haver uma expectativa entre os espíritos candidatos, sobre qual deles, caberá o ônus de fazer valer a oportunidade carnal que lhe será confiada.   

Este corpo terá uma história, deverá viver e conviver com pessoas, às quais também já estarão na terra, para cumprir suas respectivas missões, como pai, mãe, irmão, avô, avó, enfim, personagens de um enredo que se cumprirá. Cada cada um deles ou o grupo familiar, poderão (ou não) ser desafetos de vidas passadas (quando as relações entre si não forem harmoniosas (quando não, conflituosas).  

Não precisamos, em razão disso, ficar necessariamente parados e sofrer, só porque precisamos cumprir nosso resgate espiritual.  É possível (e concedido) que, aproveitemos essas situações para estudá-las e refletir sobre sua procedência (física ou espiritual), à fim de aproveitarmos melhor, a vida terrena e, fazer com que, em encarnações futuras, tenhamos menos provações, não sendo necessário repeti-las. 

Na formação do feto no útero, torna-se indispensável total atenção ao mesmo, pois que, sua fragilidade e sensibilidade, pode perceber situações que venham à extrapolar seus limites de tolerância, causando-lhe desde desconfortos, perturbações sensitivas, quando não, sofrimento, em razão de sua tamanha fragilidade.  Caso o feto passe por algum tipo de susto ou perturbação auditiva (súbita ou persistente), recomendável que a gestante procure um local tranquilo e silencioso, acomode-se confortavelmente e acalme o feto, conversando e acariciando a barriga.  Esse procedimento faz com que o bebê se tranquilize e não crie expectativas de quando terminará seu incômodo ou, quando começará de novo, podendo vir à constituir a ansiedade como transtorno.

Finalmente, ao concluir o tempo de gravidez e, estando perto a hora de nascimento, entra em cena (embora não o vejamos), uma equipe de entidades espirituais, que farão a ligação do cordão de prata, que faz unir o espírito ao corpo e iniciar sua vida terrena.  Existe o processo inverso, que se dá no momento da morte do corpo, devendo este cordão de prata ser rompido (cujo o mesmo não se dá de forma automática).

Faz-se oportuno lembrar que, em alguns casos, é tão forte a ligação do espírito ao corpo (por apego material e ressentimentos), que torna-se difícil o rompimento desse cordão, permanecendo preso ao corpo, às vezes por um longo tempo.  Por essa razão, procure e treine, desde já, à não ficar alimentando ressentimentos, por que, além de não reverter o fato ou tragédia que o gerou, dificultará e muito, o processo de desligamento terreno.  Podemos não entender ou aceitar isso agora, mas por certo lamentaremos e muito, depois, por não termos relevado.

Tudo existe por uma razão e nada acontece por acaso.  Nenhuma folha cai de uma árvore, que Vosso Pai não tenha autorizado.  Portanto, tenha por si que, tudo que já está “escrito” para acontecer, vai acontecer, não importa o que aconteça ou da forma que aconteça.   O que precisa fazer é saber aceitar pra poder entender e não se revoltar.  O mundo está cada dia, mais violento, porque não se crê, mais, que ainda podemos evoluir. 

Não se sofre por acaso, por nada, cada lágrima é  “contabilizada” sobre nossa conta de resgate e, se “interrompemos” a vida, permanece no vermelho, levando a dívida para a próxima vida, correndo risco de repetir tudo outra vez.  Faça como A.A. e diga pra si mesmo(a) quando bater a vontade louca de fazer uma besteira:  “hoje não !”.  

Se tudo é por uma razão, não sossegue enquanto não encontrar a sua, seja uma pra viver ou, do que te faz sofrer. 


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.












quinta-feira, 2 de maio de 2019

IDEAÇÃO SUICIDA



NA (MINHA) VISÃO ESPÍRITA.



Existe muita estigma punitivo em torno do suicídio, quando o que o ocorre na verdade, é que o suicídio é uma decisão involuntária e inconsciente. E digo isso como Psicanalista que sou. Se não vejamos. Se uma pessoa em extremo estado de dor e sofrimento, momentâneo ou persistente, é levado pelo inconsciente à cometer suicídio e se, nesse momento fatídico lhe fosse permitido ver-se (espiritualmente), fora do seu corpo, vendo o mesmo, separado da dor que lhe consome e, lhe sendo permitido escolher qual dos dois desejaria “matar”, é óbvio que a opção seria tão somente a dor. O problema é que a dor está no corpo e cuja morte é um processo decorrente, embora trágico. Suicídio pode ser decorrente de muito sofrimento (não compreendido) ou, pelo medo de sofrer uma dor que, desde já, acha que não suportará.

É esperado que toda pessoa que desencarna, passe antes pelo Umbral (estágio intermediário entre a vida terrena e a vida desencarnada), à fim de rever seus erros e aperfeiçoar-se, para atingir estágios superiores. Não creio no “vale dos suicidas”, pois que os suicidas também vão para o umbral, pois que, (à meu ver), apesar de aparentemente não pesar culpa pelo ato, ainda carregam consigo o fardo de ter interrompido, não apenas a vida, mas a oportunidade que lhe foi dada através do corpo que ganhou, para resgatar o passado, sobre o qual também consentiu, antes de reencarnar. Neste caso, o que diferenciaria seria o tempo que passaria no Umbral (que também não é lá, muito agradável de se ficar, sendo também um lugar de tormento e lamentações).

Podemos não lembrar do que se passa nesse processo reencarnatório, mas é nosso dever aperfeiçoar-nos sobre o entendimento da vida, de si próprio, do propósito que trazemos conosco, das expiações e da aceitação do sofrimento como parte do processo evolutivo, o qual todos participamos, reduzindo em cada nova encarnação e respectivas provações e dívidas pregressas. Se de fato existisse o vale dos suicidas, então haveria de existir também, o vale dos assassinos, dos abusadores, estupradores, atropeladores, etc.

Não se trata de ironia, apenas uma analogia simbólica, de que um suicida não é mais culpado que uma pessoa que tira a vida de outrem, como em assassinatos, feminicídios, surtos psicóticos, etc. Dizer, no senso comum, que ele terá um lugar próprio de tormentos, me desculpe, isso é julgamento e não estamos autorizados à proceder de tal forma, não importa o erro de alguém que desencarnou ou do quanto nos achamos “santos” encarnados. 

Se não podemos nos elevar, à dizer e pensar com boas vibrações, para com alguém que se vai desta forma, então melhor que não digamos nada.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.