Projeto VIVA +

sexta-feira, 31 de julho de 2020

CARÊNCIA AGUDA !


NÃO DEIXE SEU INCONSCIENTE (INCONSEQUENTE)  ESCOLHER POR VOCÊ.





            Professor Amadeu Epifânio - Pesquisador/Psicanalista Autodidata.

       

quinta-feira, 30 de julho de 2020

CRIMES MISTERIOSOS !

UM OLHAR PSICANALÍTICO 

Ultimamente tenho assistido a séries de filmes policiais, sobre mistérios que predominam mortes e desaparecimentos e a respectiva dificuldade em compreender a forma que acontecem e a falta ou insuficiência de fatos, as quais poderiam levar tanto à pistas quanto a conclusão do caso.   Obviamente a vida sempre imita a arte, de forma não ser difícil encontrar situações semelhantes, na vida real.

Vivo afirmando, em artigos e agora também em vídeos (gravados por mim), que nada acontece por acaso, que em tudo existe uma razão específica para ocorrer.  São motivações que muitas vezes um suspeito, um parente ou mesmo o autor do crime, ou não sabe explicar ou mente para esconder uma verdade (em forma de medo), que mesmo ele pode não saber a origem da existência, ainda que tenha sido forte o bastante para incitá-lo em cometer um assassinato.

Quando nos referimos ao termo “misterioso”, obviamente não estamos nos referindo aos crimes comuns, onde corpos são abandonados em locais fáceis de se achar. Não.  Estamos falando de corpos (ou de pessoas) desaparecidas.  Pelo menos até hoje, não encontradas ou, encontradas, porém, sob condições que vão além da compreensão humana.  Crianças, idosos, mulheres, jovens, pessoas cuja reputação não lhe pesa nenhuma mácula, que justificasse a forma com que o corpo foi achado ou jamais encontrado.

Nesses casos, o maior de todos os mistérios, não reside sobre a vítima em si mas, na falta de informações de pessoas que conheciam a vítima, que conviveram ou tiveram alguma relação de amizade ou de cumplicidade.  É como se de repente fizessem parecer que a possível vítima nunca tivesse existido ou que já se fizessem anos desaparecido (a) e cujas lembranças vão se esvaindo da mente, até não restar mais nada que possa ser dito.  Em casos como esses, na grande maioria das vezes, o caso é lamentavelmente arquivado.

O que deixamos escapar ?  Questionam-se os peritos forenses, não entendendo como um possível crime não pôde ser resolvido ou pelo menos esclarecido, independendo de ter ou não, achado o corpo ou qualquer vestígio que pudesse colocar qualquer pessoa, como um possível suspeito.  E se a verdade não quisesse ser encontrada ?  Com um propósito desses, não seria tão difícil esconder a verdade, sem contar que seria bem mais convincente negar qualquer envolvimento.

Estou falando do que está “escondido sob nossa consciência” em nossos inconscientes e cujo conteúdo pode ser capaz, tanto de mentir quanto praticar algum tipo de crime hediondo.  Por certo não os manipulamos, pelo contrário, são eles à nos governar, de forma alternada, que dependerá da condição tanto psicoemocional quanto cultural ou de princípios, para nos fazer agir.  O processo aritmético desses fatores (quando em conjunto), pode ser capaz de fazer coisas incompreensíveis, ao entendimento humano.  Contudo, ainda que uma pessoa consiga esconder qualquer ligação com um possível envolvimento delituoso, o corpo e suas atitudes podem vir à denunciar tal mentira, aos olhos de um bom psicanalista e também excelente observador.

Talvez a falta de um profissional tão habilidoso, tenha favorecido arquivamento de um caso, que mesmo dado como polêmico, por suas características misteriosas, sem pistas que tivessem levado à qualquer direção, no que concerne à encontrar um corpo ou se quer, que pudesse ter levado ao seu desaparecimento.  Além dos inconscientes, existe o que chamo de “caixa preta” das experiências emocionais e outra, que contém conhecimentos, valores e princípios (quando inseridos) e não contaminados com o mesmo conteúdo da primeira, cuja intensidade pode forçar uma pessoa à cometer até mesmo, um crime brutal.

Resumindo, as informações que estão faltando para uma possível elucidação de um crime ou desaparecimento, podem não estar emergentes mas, submersos e bem protegidos por seus respectivos donos (ou servos) inconscientes, à depender de cada situação e condição.  Quando a língua se cala, o corpo é quem fala.  O problema é que este ainda, não foi “devidamente” interrogado.

Todos temos por onde sermos desprezíveis. Cada um de nós traz consigo um crime feito ou o crime que a alma lhe pede pra fazer.

                              (Fernando Pessoa)

 

Professor Amadeu Epifânio 

Pesquisador/Psicanalista Autodidata.

 

      CONHEÇA ESTE PROJETO.


sexta-feira, 17 de julho de 2020

TRANSTORNOS E CRISES !

INFLAMAMOS AS CRISES, SEM SABER, 
POR FICARMOS IMPRESSIONADOS.
ASSISTA AO VÍDEO, SIGA AS DICAS E 
DIVULGUE ESTE VÍDEO PARA OUTROS 
PORTADORES DE TRANSTORNOS.

AS DICAS SÃO SIMPLES E EFICAZES.


https://www.facebook.com/Prof.EpifanioAmadeu/videos/2329819550647485/ 



 Professor Amadeu Epifânio 
 Pesquisador/Psicanalista Autodidata.





What do you want to do ?
New mail
What do you want to do ?
New mail
What do you want to do ?
New mail

terça-feira, 14 de julho de 2020

PEDOFILIA


INGENUIDADE MACULADA E COMERCIALIZADA.


Eis um grande dilema para a justiça, em como tratar um tema tão polêmico quanto bizarro, isto é, a exploração da ingenuidade sexual infantil ?  Existem algumas questões à serem analisadas aqui. A perversão de quem explora e de quem compra o material pornográfico e (não poderíamos deixar de fora), a negligência da família na percepção da mudança de hábitos da criança (considerando que o que ela passa, é um trauma silenciador).

Coloquei em vários artigos, a faixa etária infantil para o risco de constituição de transtornos.  Na pedofilia a faixa etária de estende um pouco mais, embora não seja tão fácil definir a idade limite, porque envolve questão da ingenuidade, que pode estar numa extensa faixa etária, em razão do modo de vida, convivência familiar e ambiente social.

O tipo de convivência familiar que, quanto mais conflituoso, são maiores as chances da criança sair mais cedo (do que seria o habitual), do seu quadro de ingenuidade, para um perfil mais amadurecido, embora ainda esteja repleta de medos e questionamentos não respondidos.  A relação arredia dos pais para com os filhos também afeta o perfil ingênuo da criança, podendo tender, tanto para o isolamento quanto para a agressividade e rebeldia. Pais que trabalham fora, podem perder o trato afetivo com os filhos, preocupando-se mais aos estudos, alimentação, saúde, etc, também é fator agravante que à torna vulnerável.

Tudo isso são fatores que acabam corroborando para a proximidade de pessoas que objetivam o propósito pedófilo, cuja promessa desses, vão de encontro com os anseios da criança em sair ou fugir de um lugar tão conflituoso, para outro que o inconsciente dela, acaba julgando como sendo mais “seguro”.  Ou seja, quanto maiores os problemas pelos quais passam as crianças, maiores as chances de tornarem-se vulneráveis diante dos pedófilos, que tentam se aproximar pelas formas mais diversas, como através de celulares, internet, pessoalmente (através de promessas e presentes), etc.

Já o perfil pedófilo, também está associado à problemas ligados à infância (que não justifica cometer tais crimes), mas se valem da vulnerabilidade e ingenuidade infantil, com objetivo de macular e comercializá-los.   Pedofilia não está ligado diretamente com o fato de ter sofrido abuso, para agora manifestar seus traumas.  Pode estar ligado com a fase de prazer e erotismo, que (segundo Freud) mesmo não conseguindo compreender o que significa, sentem alguma “coisa estranha”.  Em cada idade existe sua fase erógena, à começar pela boca, quando suga o leite materno.   Quando sai do banho e  o adulto o seca, ao passar pelas partes genitais, a criança também sente o erotismo, embora não o compreenda.  Em seguida vem a fase anal, em casos de prisão de ventre, quando além da dor, vem a sensação de prazer, à qual também não compreende seus sentidos. 

Tudo isso é sentido em diversos momentos da primeira infância, quando todos seus sentidos são suprimidos e negligenciados e, cujo sentimento de frustração é colocado no reprimido, pelo seu inconsciente imaturo (Id).   Depois de crescido, o corpo adulto é quase um poder adquirido, para satisfazer seus prazeres reprimidos, usando outras crianças como personagens de si próprio (quando pequeno), embora agindo sob influência do seu inconsciente inconsequente.  Muitas coisas, mesmo considerados como bizarros, insanos ou libidinosos, são promovidos involuntariamente por nosso inconsciente Id.

Esse processo de erotismo se estende na fase juvenil e adolescente, embora com variações de intensidade e prazer, elevado ou reprimido em diversos momentos, quando se sente livre para manifestá-lo (pela masturbação ou sexo) ou coibido quando descoberto, reprimindo forçosamente seu prazer, tornando-o ainda mais intenso e buscando novas oportunidades para satisfazê-lo. 

As variações de intensidade pode atingir altos níveis que, combinado com a formação de vida e valores que lhe foram passados (quando são), o jovem (agora já adolescente), estabelece certos critérios e conceitos, os quais doravante, adotará, sem levar em conta até mesmo os momentos bons em família, que por ventura possa vir à ter e gozar, já sabendo que não se repetirão tão cedo.   Quanto mais intenso são, seus desejos reprimidos, menos criterioso suas escolhas de contato e influência externa. 

Resumindo, assim como acidentes aéreos ocorrem por causa de uma sequência de erros e falhas, também a pedofilia (e sua comercialização), ocorrem também por uma sequência de situações que combinadas, podem resultar em atos libidinosos.  Inocentes por isso ?  Evidente que não.  Isso porque as mesmas informações e conhecimentos, provenientes de um mesmo ambiente de convivência, estão disponíveis tanto para pessoas boas, quanto para pessoas ruins, cuja formação foi contaminada com uma série de fatos que, aritmeticamente falando, converteram seus valores, banalizando todos os critérios éticos, afetivos e morais.


Nada acontece por acaso, pelo fato de sermos influenciados por nossos inconscientes (especialmente o inconsequente), que não pressente perigo nem mede consequências, além de concorrer para o equilíbrio psíquico do corpo, sempre dentro do seu modo de vida, corroborando no que puder para satisfazer seus desejos, para não perder o controle sobre o corpo que o abriga.  Existe o inconsciente Ego, que deveria nos prover com respostas racionais porém, o mesmo também foi comprometido pelo mesmo ambiente, contando agora com seus dois inconscientes, o ajudando em seus crimes hediondos.

O que se faz agora com as crianças, 
é o que elas farão depois com a sociedade. 

                                                     (Karl Mannheim – Sociólogo)

Professor Amadeu Epifânio 
Pesquisador/Psicanalista Autodidata.











sábado, 11 de julho de 2020

"SÍNDROME DE TOURETT"



FETOS E RECÉM-NASCIDOS NÃO SÃO BRINQUEDOS.


Sempre manifestei curiosidade sobre esta síndrome, por achar que fosse algo  que não pudesse ser explicado.  Mas acessando o Youtube, pude observar alguns casos, padrões, comportamentos e manifestações bem variadas.  Comecei a observar bem e pude relembrar certos hábitos que muitas pessoas tem, que produzem até vídeos e postam na internet, por acharem engraçado e que, pela mesma razão, queiram partilhar com centenas ou milhares de outras pessoas.

Estou falando de brincadeiras que fazem com recém-nascidos e bebês de até 1(hum) ano de idade.  Essas brincadeiras podem ocorrer de várias maneiras, sendo a mais preferida, quando envolve animais de estimação, geralmente cães e gatos, provocando nos bebês, expressões de susto, medo e caretas.  Podem também envolver outras crianças, com idades pouco maiores, tipo entre 3 e 6 anos, as quais ainda não tem discernimento para saber, o quanto brincadeiras (que objetivam os mesmos propósitos) podem acabar provocando problemas nos bebês, por estes tentar corresponder às brincadeiras, em sua frequência, velocidade e intensidade.

Se já quando adultos, recebemos centenas de estímulos diários (até milhares), tentando corresponder às demandas, em suas velocidades de respostas e intensidades, que as mesmas nos impõe, nos deixando cansados e até estressados com a rotina, gerando para muitas pessoas, o que elas conhecem como Síndrome de Bornout.  Se para adultos já é estressante, seguir certas rotinas repetitivas, imaginem para jovens e adolescentes, com sua rotina escolar e universitária, ou para as mães, faxineiras, cuidadoras de idosos, enfermeiros, médicos plantonistas, etc.

Para os bebês, que durante seus primeiros meses de vida, enfrentam uma rotina, que vai desde a alimentação, higiene, sensações diversas, incômodos diversos,  como mosquitos, frio sem proteção adequada ou calor com cobertas e roupas quentes, frustrações por não ter o que quer ou por não saber se expressar para pedir ou negar, ter que aguentar ou suportar, situações que ultrapassam sua frágil tolerância de seus sentidos de percepção, não é pra qualquer um.

Juntando tudo isso, não é difícil um bebê não ter paz, seja para ter uma noite de sono tranquila ou poder gozar de um gostoso leite materno, usufruindo também do aconchego do afago e calor do corpo da mãe.  Já mencionei em diversos artigos que, da formação fetal aos 3 anos de idade, é preciso ter o máximo de atenção para com os bebês, para que não tenham algum tipo de transtorno psiquiátrico.

Já que entramos nesse tema, porque não falar da Síndrome de Tourett, cujo qual é resultado de muitos estímulos recebidos em curto espaço de tempo, em próprio ambiente ou de terceiros (casa de parentes), onde o bebê passa por situações de sustos, brincadeiras sem limites, advindo de outras crianças e dividir atração com animais de estimação, onde o bebê tenta, à todo custo, acompanhar as brincadeiras, tendo seu inconsciente que intervir, para gravar e guardar certas sensações, as quais, sem que tenha passado percebido pelos pais, passado por acúmulo de estresse.   Tenho dito em vários vídeos, que devemos nos atentar para as percepções dos pequenos e aprender à nos ajoelhar para entendê-los.

Nesses casos, o inconsciente, em vez de gravar o estresse, ele grava tudo pelo qual a criança foi obrigado à passar durante o dia ou, durante as primeiras semanas ou meses de vida, quando a rotina do ambiente em que vive, costuma manter-se, dado os hábitos costumeiros.  O resultado, para muitas dessas crianças, não é outro senão, adquirir como processo consequente, a síndrome de Tourett, que nada mais é do que a repetitividade e tentativas de corresponder aos diversos estímulos recebidos, em espaço curto de tempo.   Como sofremos, mais por não saber, do que pelo problema, devemos tratar, primeiro levantando os hábitos familiares e depois, comunicando à criança com a síndrome, as prováveis causas, dela estar passando por estes sintomas. 

O estresse dos bebês, à partir de 1 (hum) ano, compreende:

ü Perda involuntária de movimentos e de manifestações vocais e corporais;

ü Combinação de Estímulos provenientes de adultos, crianças e animais de estimação.  Entre alguns estímulos estão o susto e tentativa de corresponder aos movimentos, caretas e brincadeiras dos animais e de outras crianças maiores.  Nosso inconsciente, além disso, está fazendo o famoso “Sorria, você está sendo gravado”, com tudo que disser respeito ao momento da criança, durante o tempo que está sendo submetida ao estresse. 

“Eduquem os adultos, para que não seja necessário punir as crianças.”                       (Prof. Amadeu Epifânio)
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Autodidata.










What do you want to do ?
New mail

sábado, 4 de julho de 2020

SUPERLOTAÇÃO DE TRANSPORTES PÚBLICOS.



A QUESTÃO É PSICOEMOCIONAL.


Fala sério mano, pegar metrô em São Paulo hoje, é como estar fugindo do fim do mundo, de forma desespera.  Já vivi em São Paulo por uns 15 anos e também estive recentemente e fiquei muito preocupado (pra não dizer perplexo), com a superlotação da linha 3 (que vai da Barra Funda até Itaquera).  Eu tentei pegar o metrô, já do lado leste, para tentar chegar à Rodoviária Tietê.  Mas foi em vão, pelo menos neste sentido.  Então o peguei (mesmo lotado), para o terminal Itaquera, para ver se conseguia um lugar pra sentar.  Fui obrigado à chegar no final da linha, para que, na famosa “dança das cadeiras”, eu conseguisse um lugar.  Quase não consegui.

Enquanto sentado e esperando chegar a estação da rodoviária, fui refletindo sobre este excesso de lotação e cheguei à algumas conclusões (pelo o que já conheço da humanidade em meus estudos).   Percebi que essa superlotação não se dá apenas por trabalhadores que precisam chegar ao seu local de trabalho.  Há muitos fatores que influenciam o comportamento das pessoas, que preferem pegar os primeiros horários dos trens e ônibus, para não só pra chegar cedo ao seu trabalho mas, da forma lotada à que se submete e se orgulha (apesar de reclamar).  Reclamar e orgulhar-se, são imposições inconscientes distintas, presentes em todo ser humano.

A sensação de sentir-se abarrotado(a) entre tantas outras pessoas, está no complexo psicológico de não sentir-se amparado quando durante seus primeiros meses de vida, tendo a mãe que sair cedo para trabalhar, deixando seu pequeno aos cuidados de terceiros.  Vamos ser sinceros e racionais, o ser humano não faz mais, o tipo afetivo como outrora, nem mesmo entre seus próprios familiares. O Paulistano por exemplo, sempre opta, (já por vício), em conversar sempre brigando, discutindo intempestivamente para impôr a sua razão perante os demais.   Tão intenso é o calor da discussão (enquanto dura) que, se eu pusesse uma arma de fogo nas mãos de apenas um deles, fatalmente apertaria o gatilho.  Enquanto vivi nesta cidade, tive inúmeras oportunidades de perceber o mesmo comportamento, em inúmeras situações e em diversos lugares.  A carência afetiva tornou-se uma dependência.

Outro vício do ser humano, está no hábito de se colocar em filas e, não apenas isso, defendê-la como seu próprio território, chegando quase à brigar quando alguém tenta furar a fila.  Resumindo, o paulistano não é muito sociável, ao mesmo tempo que sente a necessidade de estar próximo (mesmo sem saber ao certo, o porque), como uma forma de compensação à perda do período de simbiose (período em que o recém-nascido deseja ardentemente estar perto da mãe, não apenas para se alimentar do leite materno, como também do calor do corpo da mãe, durante este gostoso e prolongado período.  Como isso lhe foi tirado, seu inconsciente gravou essa sensação de frustração e agora, depois de crescido, vive repetindo feito um disco arranhado, na ânsia de satisfazer psicoemocionalmente seu corpo, colocando-o em meio à lotações de transportes públicos, sempre abarrotados, representando o “calor” do afago roubado, não importando o destino da sua viagem.

Qualquer que seja a razão usada para justificar sua presença em meio à um ônibus ou trem abarrotado, será sempre uma desculpa para estar ali, naquelas condições.  Não fosse isso, os seres humanos seriam pessoas mais “flexíveis” à adaptação de mudanças, provocadas por diversos motivos (entre eles a pandemia de coronavírus).  Muitas pessoas ficam desesperadas, quando uma situação o mantém distanciado de centenas de outras pessoas (mesmo não demonstrando mas) sentindo enorme carência e medo de solidão, o que sempre justifica estar entre acúmulo ou aglomeração de pessoas, mesmo diante de situações que ofereçam riscos às suas vidas.

Ver locais em São Paulo, como o Brás, Praça da Sé, Anhangabaú, zona leste, Centro Paulistano, Rodoviárias, entre tantos outros (sempre lotadas), antes de ser um pretexto de trabalho, é uma necessidade de estar sempre em contato com pessoas, ao ponto de nem pensar na sua auto preservação, nos cuidados ao coronavírus.  Se estou errado, prova para mim, mudando seus hábitos de deslocamento para outros horários que não os de pico, quando os transportes públicos não estão tão cheios.  

Muitas pessoas já nem reclamam quando está em uma fila, eles à protege como à um território.  Ele briga quando tentam furar fila, porque temem “serem deixados para trás” (psicologicamente falando), como quando sempre se sentiu, quando ainda um recém-nascido.  E olha que não são poucos, já que o fenômeno ocorre mundialmente, ou seja, mais do que um hábito, um condicionamento contínuo, comportamental, com influências pregressas.

“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro.  Mas a real tragédia da vida é quando os homens tem medo da luz.”    (Platão)


 Professor Amadeu Epifânio
 Pesquisador/Psicanalista Autodidata.










What do you want to do ?
New mail