Projeto VIVA +

segunda-feira, 29 de abril de 2019

PENSE COMO FETO !!!



NÃO DEIXE UMA CRIANÇA CHORAR !!!


A felicidade, os momentos felizes, para uma criança, é um fator de extrema importância, para o processo cognitivo dela, uma vez que ela possa acreditar que o mundo não é feito só de descontentamento, frustrações e sofrimentos.

É o inconsciente quem nos faz recordar dos bons momentos, como mecanismo de defesa em momentos difíceis, para se conter uma dor ou tristeza, especialmente se a criança estiver passando por um processo de tratamento médico ou terapêutico qualquer, onde auto estima é um fator relevante e até determinante, para a sua pronta recuperação.

As melhores fases da criança, para absorver os bons momentos, está entre a formação intra-uterina (que conta com uma gestação tranquila, sem sustos, sem brigas e sem barulhos excessivos ou, qualquer fator que extrapole a sua frágil capacidade ou tolerância à dor), até os 3(três) anos de idade ou até mais (se a fase de alegrias for uma constância).

Neste período, os momentos vividos, inclusive os alegres, ficam registrados na mente da criança e jamais apagados mas, é preciso cautela, pois as memórias negativas também são registradas, como tristeza e dor e, podem sufocar as boas.  Portanto, quanto menos se puder promover de tristeza à uma criança pequena, mais as alegrias prevalecerão e serão uma lembrança renovadora em momentos de tristezas.    Faça uma criança feliz (ou não à magoe).

Acalme um feto, sempre que a mãe (gestante) passar por situações de susto ou momentos desagradáveis (para que ele não fique eternamente esperando o próximo estresse), criando uma expectativa ininterrupta, que pode levar à Ansiedade.  Acalmando o feto ou bebê de primeiros meses até os 3 anos, as chances de desenvolver qualquer transtorno psiquiátrico (como Ansiedade, Síndrome de Pânico, Bipolaridade e até Esquizofrenia), serão bastante reduzidas ou até nulas.

Pais, não pensem como adultos, quando se tem uma gestação ou um bebê de primeiros meses, pensem como eles, pensem na sua pequena limitação e fragilidade.  Não brinquem de dar sustos nos bebês, é perigoso para o psicoemocional deles.  Pensem no número exorbitante de pessoas com transtornos e cada vez mais crescente.  A fase gestacional até os 3 anos de idade, é a mais crítica e vulnerável, para se constituir qualquer tipo de transtorno psiquiátrico. Por isso cuidem para que a criança tenha uma infância realmente feliz (ou pelo menos tranquila), o mais que puderem.

Entendam que birras não é uma forma de provocá-los, mas foi até onde ela aprendeu à manifestar seus sentimento, reações e contestações.  Ensine-os como gostaria de vê-los reagir em cada situação, será benéfico para ambos.


Professor Amadeu Epifânio  
Psicanalista Auto-didata.










quarta-feira, 24 de abril de 2019

PORQUE SENTIMOS MEDO ?



Como ele se manifesta ?


O medo nada mais é do que um alerta, assim como nossas dores de cabeças nos alerta quanto à algum problema no organismo.  O medo é, via de regra, resultado de eventos que se transcorreram à algum tempo e sobre os quais não estávamos preparados para lidar (assim como acontece em nosso cotidiano).  Sentimos medo sempre que um fator inédito nos pega de surpresa, contudo, não implica dizer que o nosso medo decorra deste fato e sim, por uma insegurança pregressa já instalada.

Para efeito psicológico, o medo é um instrumento de dominação em três níveis, à saber:  1) Pode ser auto dominador, sem necessidade de interferência de qualquer outra pessoa para nos impor o medo.  O medo é produto de uma experiência vivida à tempos atrás e, por não termos tido a compreensão, tal sensação ficou presa em nosso reprimido (na mente), influenciando conforme conteúdo e intensidade do mesmo.  Pode ser disparado através de um gatilho específico ou mais abrangente, que o faça acessar a memória e manifestar a sensação (de medo), que pode ser específico ou genérico.  Muitas pessoas, por medo de não saberem que estão sentindo um medo interior (embora sintam a sensação), fazem de tudo para escondê-los, mesmo que para isso tenham que adotar posturas e comportamentos, fora dos padrões habituais.

2)  O medo pode transformar-se em instrumento de dominação.  Sempre disse, em alguns artigos que, vivemos para alimentar e proteger nossos medos (ou vice-versa). Quando tentamos proteger um medo, nós o alimentamos como um câncer e a tendência é que ele se torne cada vez maior, ficando cada vez mais difícil controlá-lo.  Como mecanismo de defesa, algumas pessoas escolhem outras (mais indefesas), para perseguir, achando que está desviando o foco do próprio medo, quando na verdade o alimenta.  O grande problema é esta pessoa conscientizar-se deste fato, para buscar ajuda, tratar-se e deixar em paz aquele que persegue.

3) Outro instrumento de dominação, é quando o medo é usado contra nós, como chantagem, de fazer ou não fazer ou dizer (ou não), coisas específicas, mantendo-as no seu “cabresto”, enquanto o objeto da chantagem (que é o medo da vítima), continuar à existir e, sendo, neste caso, involuntariamente alimentado.  Algumas pessoas que carregam consigo uma forma de medo, acreditam que seja proveniente de algo que acreditam (o que faz reforçar ainda mais, o laço de chantagem que o mantém preso).  O que na verdade, pode ocorrer, é um fator psicológico que o faz sentir medo, sendo este, nada mais do que uma sensação consequente, da verdadeira razão.  Por exemplo, ficar preso num ambinete fechado, por punição (como o próprio quarto) quando criança, pode fazer um adulto ter pavor de lugares fechados, como elevadores por exemplo. Ou seja, não é o espaço em si que conta, mas o pavor de ficar enclausurado e sozinho.  Jamais pense ser do nada o que sente e sempre há uma razão e deve ser investigada.

Apesa de tudo isso, o medo não tem caráter punitivo e sim, preventivo, advertindo que, certas circunstâncias, lugares e convívios, já foram, um dia, objetos de experiências traumáticas e cujo os quais, devem ser investigados e tratados terapeuticamente, para que não venham sofrer alguma forma de dominação, seja por si só, como de terceiros ou, não ter que escravizar alguém, para alimentar seus medos interiores, por medo de expô-los ou ter de enfrentá-los. 

Enfrentar um adversário “invisível” é sempre apavorante, por não saber que tipo de abordagem utilizar e quando saber se, de fato nos livramos dele.   O medo sempre irá existir, como um inquilino em nossa vida, devendo nós (em vez de enfrentá-lo, que só desgasta), buscar forma de conhecê-los, fazendo uma auto análise de si próprio, de forma retroativa, à fim de encontrar suas raízes (ação esta que pode ser feito sozinho ou com ajuda de pessoas especializadas).

É preciso conquistar o equilíbrio de forças, como Emocional x Psicológico x Espiritual, para podermos controlar o corpo, suas vontades e até a influência dos medos.  Por conveniência, temos nos dedicado apenas ao trabalho e à prazeres, nos esquecendo de buscar conhecimento específico, para sabermos lidar com nossos infortúnios, adversiades e desafios diversos.  A vida não consiste apenas no querer, mas poder fazer, levando em conta o que é benéfico, saudável, útil e produtivo, mesmo que tenhamos de usar o medo, à vezes, em nosso favor, como um freio.


Professor Amadeu Epifânio

Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.

               



segunda-feira, 22 de abril de 2019

TODA AGRESSÃO TEM UM HISTÓRICO !!!



Uma criança guarda em si a memória de algo perturbador e, ao 

crescer, usa o próprio corpo adulto para demonstrar o que viu.


Não devemos ter medo dos homens, mas de seus inconscientes reprimidos, os quais guardam coisas que só iremos poder imaginar, quando for demonstrado com toda fúria que viu acontecer em outra pessoa, que maltratava outra pessoa.   A fúria com que vimos alguém agredir alguém, é a forma daquela criança adulta, demonstrar o que viu acontecer, com alguém de sua família.  Se acaso não fala o porque está fazendo, é porque a idade em que viu acontecer, era não tenra que não lhe permitia falar (primeiros meses).  Mas seu inconsciente assistiu tudo, fazendo valer-se dos sentidos já desenvolvidos na pequena criança, como audição, olfato e visão. 

É uma lembrança que poderia ficar presa dentro de si para o resto da vida, não fosse os gatilhos psicológicos, que liberam suas memórias, fazendo-o demonstrar, de forma nua, crua, física e com o furor característico, a imagem de tudo que não queria ter assistido, mas não teve como evitar.  Torcidas organizadas, agressores de feminicídio, lutadores de MMA, entre outros (que parece sentir prazer em usar violência), estão de alguma forma, representando um cenário e um personagem, do qual fizeram parte de alguma forma. Nestes casos, o óbito passa à ser um ato consequente, porque criança pequena não sabe o que é matar e morrer.  Tudo que ela faz, relembrando o fato, é demonstrar o que viu, ou seja, ver alguém "machucar" muito, outra pessoa.

O óbito, repito, pode estar no "roteiro" ou ser resultado exagerado da demonstração.  Serão culpados ?  Durante o seu crescimento, uma pessoa tem todas as chances de receber uma formação tal, que mantenha essas lembranças presas, dentro de si.  Se alguém é mau, cruel, agressivo ou assassino, então é uma culpa que deve ser dividida com quem deveria ter feito a diferença na vida deles (pais, educadores ou aqueles que apenas criaram, mas não educaram).

Lembremos que, em razão do zero entendimento de uma criança pequena, ela absorve sem avaliar a intensidade da agressão que assistiu.  É o seu inconsciente quem guardará essas memórias em seu reprimido (nossas caixas pretas), à espera que sejam acessadas, entendidas e extintas.  O que acontece hoje é que, não são acessadas, não se tem a curiosidade de entendê-las e o que se "extingue" não são as memórias.

Não estou à defender agressores, estou defendendo a prática do raciocínio, da curiosidade, de entender que nada é por acaso e que tudo existe uma razão pregressa que faz com que, qualquer pessoa, mesmo nós ao proferir uma ofensa contra uma criança de 3 anos e ela poder um dia, vir à tornar-se compulsiva alcoólica, dependente química ou vir à cometer suicídio.  A presença de agressores (físico e verbais) hoje, é um espelho de uma educação deficiente ou ausente. 
  
O que significa ofensa, para cada um de nós ? Como saber se não estamos fazendo algo semelhante, dentro de casa ? Não julgue, não censure, não discrimine, sem antes entender os fatos.  Fazer uma análise vazia, é tornar-se o personagem que a criança o viu atentar contra a vida de outrem.  Uma pessoa pode ser atingida fisicamente, moralmente, emocionalmente, psicologicamente ou até tudo junto.  

A vida sempre permite mudanças e.. NÃO TERIA GRAÇA SE  FOSSE TUDO TÃO FÁCIL !

Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.


        





quinta-feira, 11 de abril de 2019

FILHOS DO DIVÓRCIO !



COMO FICAM OS FILHOS DE PAIS QUE SE DIVORCIAM ?



É notório que fetos, crianças e jovens, sofrem com o divórcio e o distanciamento físico dos pais, quando tem que sair de casa. Antes a dor ficasse apenas nisso, contudo, muitos pais continuam se divergindo (quando não, brigando), mesmo depois da separação, seja por pensão, partilha dos filhos, bens, patrimônio, etc.

Tudo isso não causa apenas dor, mas mexe com o temperamento e até com a personalidade dos filhos, que adotam inconscientemente (e involuntariamente), uma postura defensiva, quase sempre associada à rebeldia, agressividade, isolamento, prática de Bulliyng, entre outros.

Quando apenas um dos pais separados, pensa na integridade psicoemocional dos filhos nessa hora, é possível que tal perfil não se torne severo, muito embora a perspectiva de ver os pais juntos novamente, lhe dói mais que a distância e os sentimento entre ambos.

Mais uma coisa, não pensem, às vezes que, por ser os filhos pequenos (entre 1 e 3 anos), que eles não percebem o que se passa, muitos já pressente que algo vai mal, antes mesmo da separação. Eles podem não ouvir ou entender uma discussão, mas seu inconsciente pode e tem ouvidos quase biônicos rsr.

Fetos sentem o estado de tensão das mães, quando brigam e não são “tranquilizados”. Em razão disso, criam expectativas, de quanto ocorrerá a próxima briga, podendo nascer até, com transtorno de ansiedade. Não usem os filhos como pretexto (em divórcios), para obterem favorecimento. Isso soa à maldade.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.

              


sábado, 6 de abril de 2019

DROGAS - O PREÇO CARO DO SILÊNCIO !



Por que jovens procuram as drogas ?



Drogas tem “clientes” específicos, não é qualquer um, que procura por elas, uma primeira vez. Sempre começa pela juventude, os adolescentes e adultos procuram, porque já estão desde antes.

Mas como estava dizendo, o gatilho precursor específico, que é a decepção (com os pais ou com alguma pessoa que lhe é muito importante ou querido. No alcoolismo, o gatilho precursor é a frustração, também, da mesma forma, pelas mesmas pessoas. Frustração é contar com uma pessoa que nem desconfiava que estava contando com ela e de repente, algo acontece, ela se muda, se afasta, se casa ou algo do tipo. Ou seja, lá se foi meu pilar (sem mesmo ele saber).

Na decepção, a pessoa que estamos contando com ela, nos apoiando psicologicamente e emocionalmente nela e de repente, ela rompe esse laço, quase que propositalmente, sabendo o quanto sua presença sustenta o pilar emocional do outro mas, prefere romper à enganar (dizendo que estará sempre perto, mas sabe que não vai). Como a dependência àquela pessoa é muito forte, forte também será, a dor de não mais poder contar, por ser talvez a única. E a dor é forte sim e, para conter tamanha intensidade (na falta de melhor subsídio cultural), o inconsciente imaturo (que todos nós temos), seleciona no “ambiente”, algo que esteja no mesmo nível de intensidade de dor e que faça uso instantâneo.

Este inconsciente, além de imaturo, pode tornar-se inconsequente, desejando resolver o problema na hora, mas sem pensar no amanhã. O mesmo acontece com a compulsão alcoólica, o feminicídio (onde a inconsequência da agressão é a morte). Este inconsciente só agirá sobre nossa vontade, se o permitirmos (mas apenas de forma indireta). Adquirindo conhecimento, aprendendo com as experiências (principalmente as negativas) e partilhando tudo isso, quanto mais, de vida aprendida, dentro de si, tiver, remotas serão as chances de causar mal à alguém (não importa a forma que seja).

Por outro lado, o mal que podes causar à outrem, especialmente os  que lhe são próximos, como os filhos (especialmente os pequenos, que mais absorvem, do que entendem o que se passa), vão passar os anos da infância à juventude, tentando suportar suas palavras e sentindo (por isso) uma angústia que não sabe explicar, até que seu inconsciente não vê outra opção, do que promover seu equilíbrio psíquico, solucionando sua angústia de forma compatível com a severidade e de forma eficaz, fazendo-o procurar um punhado de cocaína (porque é fato, hoje, que qualquer um, sabe onde encontrar).  Festa haver, boates, boca de fumo, cracolândias e traficantes.

Jamais devemos subestimar o “silêncio” de nossos filhos.

Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.