... O QUE APRENDEMOS ?
Há
duas maneiras de vivermos: sofrendo ou aprendendo. Quando aprendemos, podemos até sofrer, mas
com orgulho. Para um aluno de quatorze anos,
do ensino fundamental, toda prova é um sofrimento porém, quando consegue uma
boa nota, é para ele razão de orgulho e alegria. Do contrário, só sofrimento, por sentimento de ter falhado e ainda pela
bronca que receberá dos pais. O orgulho
da conquista deve ser autônomo, não pode estar atrelado à quem quer que seja
pois, se este morre, perde-se a motivação da conquista, por não ter mais, com
quem partilhar.
Este
mundo é uma grande escola, repleta de lições de toda sorte. Ainda sim, não é dado à ninguém, fardo maior
do que pode suportar. O que os torna
pesado é o fato de nunca estarmos preparados para lidar, de passarmos mais
tempo sofrendo do que tirando proveito para aprender. Só reconhecemos um objeto que achamos, se por
acaso já o encontramos alguma vez e o identificamos. Mas se ao contrário, desprezarmos,
continuamos à sofrer, por sempre "chutar" as oportunidades de crescimento. Ou seja, chutar sempre a mesma pedra.
Podemos
exemplificar isso também pelo suicídio.
Se nunca na vida tivermos ouvido falar em tal atitude, por mais que
soframos, jamais cometeremos tal semelhante ato. Nossa mente não sai da cabeça para buscar
respostas do lado de fora, apenas se vale do que já tiver absorvido (se, de
fato o fez). Tomemos a mente como uma imensa
Biblioteca vazia, à espera de exemplares de conhecimento, sobre os mais
variados temas, para que jamais fiquemos angustiados, por não termos as
respostas tão necessárias ao nosso momento, principalmente de dor, de angústia,
depressão ou mesmo para sanar uma simples dúvida.
Já dizia Sócrates: “O
verdadeiro conhecimento vem do erro”.
Portanto,
quem espera vida fácil, pode até conseguir, mas não espere aprender grandes
coisas. Uma batalha perdida só trás decepção,
se nenhum proveito for tirado da luta.
Das “feridas” sofridas, as cicatrizes das lições aprendidas. Toda luta deve haver um propósito, uma razão,
para que saibas o quanto ainda falta, para alcançar a vitória. Não se luta apenas, por lutar. Se luta para alcançar um objetivo, ou serás
apenas mais um lutador sem méritos à compartilhar, além de só contar os membros
que sobrou.
O
primeiro grande feito é manter-se vivo, inteiro, íntegro e sereno, sem
revoltas, para que não tomes decisões impulsivas, que o manterá sempre “de
joelho”, na vida. Estar de pé é a
primeira grande vitória, preencher a mente com conhecimentos e aprendizados é
preparar-se para as “provas” seguintes, para nunca ser pego de surpresa e estar
sempre apto à qualquer adversidade.
Enquanto estivermos atentos, saberemos quando relaxar e até descansar,
do contrário, ficaremos sempre vulneráveis e passivos, diante das provações.
Deveis
saber o que quer, deveis saber escolher as batalhar certas, para que não
pereças em lutas desnecessárias.
As vitórias devem ser contempladas apenas por si mesmo e, se for o caso, por
outros que se congratulam com teus feitos.
Pode parecer solitário mas, sabeis que aqueles que não partilham hoje,
de tuas vitórias, dificilmente conseguirão grandes feitos.
Entramos no “ringue” da vida, com o único
objetivo de vencer porém, com o propósito de permanecer vivo e inteiro. Sabemos que vez em quando podemos ouvir soar
o gongo e poder relaxar (mas jamais desistir).
Se o foco for apenas lutar, vai parecer uma eternidade porém, se
soubermos o que for preciso para vencer, a luta será breve e os resultados
permanentes (se não eternos).
Se
estás à sofrer em demasia, é porque se concentra apenas na dor. Concentre-se em valer-se da dor, para
descobrir a causa e a origem. Orgulhe-se
das cicatrizes, pois não encontrarás muitos que à suportam como você e poderás ajudá-los da mesma forma. O velho jargão, de carregar o mundo nas costas, já rendeu.
“A essência do conhecimento consiste em aplicá-lo,
uma vez
possuído”. (Confúcio)
Professor
Amadeu Epifânio
Psicanalista Cognitivo