Esta, verdadeiramente, é uma pergunta
que ninguém faz pra si, dada a preocupação da grande maioria, em pensar somente
no depois que as coisas acontecem, depois que já experimentou e tornou-se dependente;
mas nunca antes, para prevenir os filhos, não com palavras, mas com atitudes,
porque é isso que os jovens tanto anseiam ver nos adultos, ou seja, exemplo e
referência.
Aproveitamos sempre o “gancho” dos
inconformados, políticos, prefeitos, entre outros, para descarregar nossa
revolta, por não conseguir ver alguma luz no fim do túnel, quanto à por um fim
nas drogas e traficantes; mas não pegamos carona no trem da prevenção, porque
os trens vão todos numa só direção e já estão abarrotados, quanto à acreditar
na inocente pretensão da força de vontade dos jovens, tanto para experimentar
(dizer não) quanto para deixar a dependência.
O problema é que as drogas continuam
sendo procuradas e não estou falando de usuários e sim dos que à experimentam
pela primeira vês. Acham realmente que
todos esses futuros dependentes experimentam por livre vontade ou curiosidade
? (como se não soubessem, no “dia depois
de amanhã”, como vão estar).
Porque então à cada dia, mais e mais
jovens entram para o club dos dependentes químicos ? O que realmente acontece para fazê-los experimentar
algum tipo de droga ? Jovens vivenciam
inúmeras experiências, porque estão sempre descobrindo coisas novas, que acaba
afastando-os do convívio familiar e também do interesse pelos estudos. Entre essas experiências está a falta de
preparo e de tolerância para lidar com os problemas em geral.
Essa falta de tolerância é gerada pela
falta de entendimento e discernimento, já desde a fase infantil e que vai se
arrastando até a juventude. São vários
os fatores que deixa as crianças confusas e que os pais não às fazem entender
de forma clara e educativa, apenas com negativas ou respostas evasivas. Existem traumas que as crianças adquirem na
infância ou quando ainda bebês e cujo comportamento diferenciado leva tempo
para os pais entender que se trata de um problema psicológico e não de birra ou
frescura de criança.
Quando nossos filhos vão para a escola,
eles convivem com vários outros alunos, onde ali existem inúmeras formas de se
educar e de ser família e estes padrões serão involuntariamente comparados,
pelos filhos, com a nossa forma de educar e de ser família e, se houver
diferenças (e sempre existirão), elas devem ser ouvidas e sanadas, respeitando
a idade e o grau de entendimento do filho e orientá-los que além da questão
financeira, existe ainda a questão da “cultura”, quando tem famílias que educa,
enquanto outras, apenas cuida.
Quanto mais deficitária for a educação e
instrução dos filhos, mais falta fará no dia a dia deles, quanto à saber lidar
com as adversidades, conflitos e as diferenças, bem como entender os
sentimentos resultantes e querer sufocá-los o mais rápido possível. É um jovem que estará sempre na condição de
refém, sempre se defendendo quando poderia ser são,
produtivo e emocionalmente estável.
Filhos passam por 5 (cinco) estágios
(antes da fase adulta), ou seja: intrauterina, bebês, infância, juventude e
adolescência. Cada fase dessas, serve de
alicerce para a próxima e a deficiência afetiva, educacional e cultural em cada
uma, prejudica e muito, a próxima. A
primeira, segunda e terceira fase, depende exclusivamente dos pais e família,
para formar.
Já a quarta e quinta fase, dependendo, pode
ser tanto uma continuidade saudável e harmoniosa, quanto um resultado falho e
desastroso das fases anteriores, como jovens que praticam Bullying; não
partilham muito da convivência familiar; se envolvem com companhias erradas,
quando não consomem álcool, drogas ou furtam para financiar os vícios.
Seja qual for a fase que os filhos
tiverem, se estiverem com sérios problemas de comportamento ou temperamento,
sempre se pode mudar, mas irá requerer dos pais muita determinação, pois que os
filhos já conceituaram como sendo impossível a convivência em família e caberá
aos pais agora, provar e CONVENCER o filho, que ainda é possível. Peça perdão, prometa mudar e CUMPRA,
do contrário perderá o pouco da confiança que seu filho tinha em você. Porque uma coisa é certa: Se falhar, dificilmente ele dará outra
chance.
Está em suas mãos, pais, decidir em que
estágio vocês vão resolver trabalhar, para tentar garantir um futuro mais
seguro para os filhos. A concorrência é
acirrada, porque há um monte de atrativos lá fora (além das drogas) puxando seu
filho para longe de vocês e não será só com palavras que vocês o manterão
próximos. Lembrem-se disso e boa sorte.
Somos pelo o que somos.
Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar – Viver bem é
Possível !