ONDE
NÃO SE CONHECE A FIGURA
Num
primeiro momento, acreditei que o que fosse relatar aqui, estivesse direcionado
apenas ao público infantil, então preocupei-me em abrange-lo também aos adultos
com TDAH, pois neste transtorno específico (ao menos), o que importa não é a
idade que se tenha com TDAH e sim, que uma mesma abordagem seja estendida à
todos.
Antes
de mais nada, considero relevante (Re)lembrar aos leitores que a grande maioria
dos transtornos (tidos como psiquiátricos) são na verdade influências
psicológicas de algum tipo de evento (grave ou não) ocorrido com seu portador,
em determinada fase de sua vida que, variando de pessoa a pessoa, a idade quando
ocorrido o evento, somado às circunstâncias que ocorreram + as condições de
vida e convivência familiar), irão constituir o tipo de transtorno, bem como
seu grau de influência sobre seu portador.
Para
que uma patologia psicológica seja considerada de natureza psiquiátrica, é imperativo
que haja a condição primária de desconhecimento sobre o que de fato tenha lhe
ocorrido, que venha à ser de fato, a principal (se não uma das...) causas
geradoras do seu transtorno específico (salvo raríssimas exceções).
Um transtorno psiquiátrico é, na verdade, influência psicológica inconsciente, do momento ocorrido no passado, porém não sobre o adulto, mas quando ainda criança (com exceção apenas da depressão), sendo esta agora, o principal causador de todo dano psiquiátrico, bem como dos sintomas dolorosos, respectivos e decorrentes.
Um transtorno psiquiátrico é, na verdade, influência psicológica inconsciente, do momento ocorrido no passado, porém não sobre o adulto, mas quando ainda criança (com exceção apenas da depressão), sendo esta agora, o principal causador de todo dano psiquiátrico, bem como dos sintomas dolorosos, respectivos e decorrentes.
As
características principais que envolve o TDAH são: manter o foco sobre o que se
propõe à fazer (pelo tempo necessário para se concluir o objetivo); A
hiperatividade (quando não se consegue manter este foco); falta de determinação
e motivação para novas tentativas e novos objetivos. Podem existir outros sintomas, porém, estão
relacionados diretamente encima das limitações impostas pelo TDAH.
O
TDAH (entre todos os transtornos que conhecemos), talvez seja o único que tenha
uma relação mais direta com o histórico de vida do seu portador, embora sua
causa se manifeste de forma confusa (feito um quebra cabeça), como se uma parte
de nós estivesse tentando montá-lo sem que soubéssemos e quando demora para
encontrar determinada peça, se irrita (manifestado por nossa hiperatividade voluntária);
se frustra (quando não nos motivamos à fazer algo); e abandona a “brincadeira”
(nos fazendo perder subitamente o foco).
Este carinha que está tentando montar o quebra cabeça, é o nosso
emocional inconsciente, que se comporta feito uma criança pequena. Agora imagina este lado nosso infantil, no
corpo de uma criança. Por isso que nas
crianças é um pouco mais complexo o tratamento, pois é difícil saber (na
criança), qual das duas está presente no momento.
Já
nos adultos com TDAH (que também sofrem com os sintomas recorrentes), eles se
dão pela baixa tolerância em aceitar as limitações impostas pelo transtorno e
seus consequentes efeitos desagradáveis (eu diria). Uma queda de braço entre os sintomas de
natureza voluntária e os efeitos determinantes causados pelo lado inconsciente,
gerando uma oscilação contínua, impedindo os portadores de perseguir e manter
seus objetivos.
ELEVAR A TOLERÂNCIA – SER
MAIS RESILIENTE – CONHECER-SE MAIS
Estes
parecem ser os fatores à serem trabalhados, sob o objetivo de separar a chave
do cadeado, isto é, não ficar submisso às frustrações inconscientes, que gera
fatores involuntários indesejáveis. Cada
portador de TDAH, o tem por razões distintas, ainda que possam apresentar
sintomas semelhantes. Ser TDAH gera
(entre outras coisas) um pouco de ansiedade, por não entender o que se passa
consigo. Essa ansiedade, se controlada,
poderá ser de grande ajuda, no processo de auto controle.
Por isso a necessidade de se auto conhecer
mais, explorar tudo que ocorre em razão da convivência com o transtorno, porque
toda informação (e quanto mais precisa e segura ela for) é sempre bem-vinda e
oportuna, para ajudar o psiquiatra na prescrição do remédio, para que ele não
tenha de recorrer ao famoso chutômetro, tipo: “-Toma isso e vamos ver se
resolve.”
Em
todo transtorno, é possível a nossa ajuda interativa, pois que ela é essencial
para buscarmos e alcançarmos uma vida mais plena.
“Confia no Senhor as tuas obras,/ e terão bom êxito os teus
projetos”. (Provérbios 16, 3)
Professor Amadeu Epifânio