Projeto VIVA +

sábado, 24 de maio de 2014

REMÉDIOS PSIQUIÁTRICOS.


ELES CAUSAM DEPENDÊNCIA ?  PORQUÊ ?




Remédios para fins psiquiátricos sempre assustaram um pouco, assim como a própria psiquiatria, estigmatizada para muitos ainda como a medicina para os loucos rsr.  Mas graças à Deus isso é coisa do passado e o avanço da medicina trouxe inúmeros benefícios para os que hoje sofrem de algum tipo de transtorno.

Pessoas com transtornos enfrentam ainda um desafio, no que concerne à acertar na medicação e dosagem para o seu transtorno específico, o que requer não somente paciência mas principalmente, maior interação para com o médico, à fim de transmitir-lhe os sintomas resultantes, tanto os positivos (tão esperado) quanto os negativos (que ninguém quer), para que, através da interpretação dos sintomas, possa chegar ao equilíbrio medicamentoso perfeito e ideal.

Fora isso, ainda paira sobre muitos desses pacientes o temor, de vir a atrair dependência (química) sobre alguns desses medicamentos, vindo a acarretar algumas atitudes, de natureza precipitada e também nociva, quando resolvem por sua livre vontade, interromper a medicação e consequentemente o tratamento (o que para muitos, acaba gerando o retorno de todos os sintomas que o fizeram procurar ajuda médica.    Este tipo de temor nem chega à ser tão nocivo, haja vista sua dependência é mais psicológica do que especificamente, química.  Eu vou explicar por que.

Sobre o desejo de ver-nos atingir melhora significativa em nossos sintomas e consequentemente o nosso transtorno, paira uma grande energia, de origem inconsciente, desprendida para esse propósito.  É como apostar todas as fichas.  Essa energia, se correspondida, gera um enorme sentimento de satisfação e prazer, por conseguirmos “respirar um pouco”, diante dessa turbulência, que é aguentar os sintomas.  Não é assim que acontece ?
 
É esse sensação de prazer, o grande responsável pelo temor da dependência dos medicamentos, uma vês que existe, inconscientemente, o medo da mente, em perder essa sensação e por essa razão, ela ordena ao corpo que continue tomando, para manter o equilíbrio psíquico deste e a sensação de bem estar, acarretando assim, a falsa sensação de dependência química dos remédios (ou uma dependência psicológica).

Contudo, se existir realmente a necessidade, oportunidade ou mudança da medicação por uma terapia alternativa, essa mudança deve ser feita  de forma gradativa e progressiva, pois a mente precisa ser convencida de que esta mudança é necessária e saudável para o corpo que o abriga.  É uma mudança que precisa ser sugerida e aceita pela mente e aceitando, ela se dará de forma mais tranquila e rápida.

Medicações que não correspondem, nem sempre significa dizer que não são ideais, pois pode acontecer de alguns fatores não estarem sendo relevados, como tempo de absorção na corrente sanguínea ou horários mais indicados para ingerir, levando em conta o período do dia em que mais se precisa do efeito, como hora de dormir, estudar, trabalhar ou desenvolver alguma tarefa.  Sintomas também devem ser acompanhados (e anotados) e passados ao médico, para que este acerte o quanto antes, no efeito esperado.

Anseios devem ser conciliados com o específico propósito para o qual se destina a nossa melhora, como trabalho ou atividades, para que desta forma, parte dessa energia seja também dividida e compartilhada, para que os resultados sejam igualmente aceitos, recebidos e merecidamente contemplados.

Ninguém merece sofrer e, se sofremos, é porque algo está falhando e para tanto, precisamos concentrar nossa energia, mais na busca do nosso equilíbrio e bem estar, pois tudo que pudermos fazer por nós, nossa mente também fará uso disso, também à nosso favor.   Viver bem é Possível !  

Que Deus abençoe à todos.


Professor  Amadeu Epifânio - Psicanalista Cognitivo