UM PENETRA QUE ENTRA E SAI MANDANDO NA TUA VIDA.
O alcoolismo é um penetra que entra na
sua vida sem você se dar conta. Entra de forma inocente, sem pedir licença,
numa roda entre amigos ou mesmo em casa, em comemorações. Não demora muito já está ocupando um lugar na
sua cabeça, como aquela visita que chega, se instala e não consegue mais mandar
embora e aos poucos já estará dando ordens em você e na sua vida.
Existem alguns que desenvolvem uma
espécie de magnetismo pelo álcool depois de tomar já por algum tempo, uma coisa
chamada pré-disposição genética para desenvolver dependência alcoólica que,
quando dispara não tem volta, isto é, a pessoa começa à beber com maior
frequência e em qualquer momento do dia, não dependendo mais ter que haver
ocasiões especiais nem motivos. É quando
a compulsividade começa.
O alcoólico começa a perder o controle
sobre a sua vida. Interfere no trabalho,
chegando a perder o emprego; interfere nas relações familiares, causando uma
série de conflitos, culminando muitas vezes em separações e divórcios, além de
causar traumas severos nos filhos, quando estes perdem e frustrarem-se com um
importante ícone em suas vidas, podendo ainda tornarem-se futuros alcoólicos ou
dependentes químicos ou os dois.
Somos todos, excessivamente carentes, muito
embora não percebemos e nem admitimos. Esta carência, em contato com o álcool,
torna-se uma mistura perigosa e nociva, podendo formar um "casamento inseparável"
para o resto da vida, caso a pessoa tenha dentro de si o distúrbio responsável
por desencadear a dependência. Ainda que
não tenha, o álcool (assim como no cigarro) será sempre um refúgio para as
dores do “coração”.
Não é preciso muito para o álcool entrar
na vida de alguém, mas será preciso mover montanhas, para deixá-lo. Nas drogas é preciso haver um fator psicoemocional
de grande intensidade e momentânea, que será como um convite para a droga
entrar na nossa vida. Já no álcool nem
precisa tanto (conscientemente falando), pois que o estado de carência afetiva
é inconsciente e o desejo de suprimi-lo através da bebida, é um ato
involuntário, assim como a dependência, quando dispara.
Até poderíamos dizer que tudo isso não
passa de uma loteria, mas eu estaria sendo prematuro e inconsequente se
dissesse tal afirmação, pela simples razão de que o nosso destino, respostas e
reações, nós podemos prever e até evitar, se começarmos a fazer escolhas e
absorver mais, conteúdos mais saudáveis para a mente, para que ela nos devolva
oportunamente em forma de tolerância, sabedoria e discernimento, para lidarmos
e resolvermos nossas adversidades, dores e sofrimentos de quaisquer natureza.
Temos sim, o livre arbítrio de fazer
estas escolhas, se realmente quisermos ter e usufruir de uma vida mais plena,
feliz ou produtivamente satisfatória.
Crianças precisam receber estes princípios, como “sistemas operacionais”
em suas vidas, já que lhes faltam maior capacidade de entendimento sobre tudo
que os rodeia. Ensine-os à decidirem
sobre o que é melhor ter, quando quiserem mil coisas ao mesmo tempo e, que só o
tempo e a prudência os tornará sábios e seguros, em uma vida cheia de desafios
e armadilhas.
Lembre-se que a governabilidade de
vocês, pais, estarão, inconscientemente, sendo comparada pelas crianças e que
os contrastes que eles encontrarem (e com certeza encontrarão, por não haver
família perfeita), vocês deverão monitorar e corrigi-los, tão logo surjam
diante de seus olhos; ou eles acabarão levando consigo mais tarde na
adolescência, como uma triste referência negativa, diante dos bons conselhos,
que vocês tentarão passar à eles, quase sempre, sem sucesso.
Não é à toa que tabaco e álcool sempre
chegam antes que as drogas, na vida dos jovens, na maioria das vezes. Já é um claro sinal de que algo não esteja
bem, embora pouco se possa fazer para reverter, já que os motivos são involuntários. Mas este pouco deve ser melhor aproveitado. Como ? Os pais precisam estar mais pertos dos filhos,
se não, mais presentes, ainda que ausentes.
Nos artigos anteriores, aqui mesmo no Blog, vocês encontrarão dicas de
como ficarem mais perto ou afetivamente próximos dos filhos.
Às vezes precisamos podar os erros, para
crescermos mais fortes em sabedoria.
Amadeu Epifânio
Projeto VIVA+
Corrigindo passos para um caminho
seguro.
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