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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

ENTENDENDO O USUÁRIO DE DROGAS (3ª Parte).

O QUE SE LEVA PARA A ADOLESCÊNCIA.


Estamos caminhando para uma realidade, entre pais e filhos, cada vês mais profética ou seja, à caminho da sua extinção.   Os rumos que ela tem tomado dão à entender o porque de tantos jovens e adolescentes envolvidos com drogas, graças a quantidade de maus entendidos que não tiveram tempo de serem reparados ou perderam sua chance.

Como eu disse no texto anterior, a vulnerabilidade dos jovens, perante as drogas, começa cedo, muito antes da última briga ou de um evento emocional grande  culminar em rota de colisão com as drogas.  Precisamos entender, principalmente como pais, que nosso corpo obedece à estímulos, muitas vezes involuntários, resultado provável de alguma insatisfação com algum fato ou com os pais ou um deles.  À medida que essa insatisfação não é questionada (quando não, castigada), complica e piora ainda mais o temperamento, ou seja, cada vês mais arredio.  A vida difícil dificulta e muito manter as boas relações, principalmente afetivas.

Muitos problemas de comunicação, entre criança e adulto se dá, porque estes não conseguem racionar como uma criança, para entender e aceitar o grau de dor que ela possa estar sentindo, que para ela é proporcionalmente tão grande quanto as nossas dores de adultos.  Essa falta de “sensibilidade” leva muitas crianças à desenvolverem mecanismos (inconscientes) de defesa em relação aos pais ou parentes.

Outra coisa: Ao satisfazer as vontades dos filhos com tanta facilidade, nós o afastamos afetivamente do nosso convívio, pois o que eles querem na verdade, não são brinquedos ou vontades e sim a nossa atenção, mas acabam perdendo o interesse afetivo, porque os pais preferem presentear do que brincar ou conversar com os filhos, direito.

Todas as divergências entre pais e filhos, não resolvidas na fase infantil, os filhos arrastam para a adolescência já com um agravante:  vão constituindo a concepção de que nunca irão resolver suas divergências, porque “-meu pai ou minha mãe (ou os dois) não conseguem me entender”.  À partir deste ponto as coisas começa à ficar mais complicadas e difíceis, já que os atritos serão constantes.  Outro forte candidato às drogas, porque o prazer de convivência já não existe e a mente sai à procura de outros novos prazeres (e não o corpo consciente, como se acredita).  

A droga só entra em cena em estados emocionais muito intensos.  Até que esse momento chegue, outras alternativas são oferecidas pela mente e, dependendo do quadro, poderá ser suficiente, ou não.  A relação com os pais e entre estes, têm um peso considerável no desfecho final.

É preciso parar e restabelecer o estado de normalidade com os filhos ou poderá ser tarde demais, quando acordar.  Como o acesso às drogas é uma resposta aritmética e inconsciente (ou involuntária), quanto antes consertar os maus entendidos, melhor. As relações familiares harmoniosas geram prazer nos filhos e isso tem um peso significativo na hora de baterem de frente com as drogas (quando não der para evitar), mas com certeza irá afastar-se e com maior segurança.  As relações familiares ainda é uma excelente âncora.

Atentem para uma regra matemática elementar:  Quanto mais satisfeito eu estiver com minha família, mais criterioso e exigente eu serei nas minhas escolhas.  Isso significa não dar ouvidos à qualquer um e desprezar qualquer “coisa” que venham me oferecer, seja drogas, álcool ou ficar batendo pernas pela madrugada.

Se a relação com os pais é positiva (e, diga-se de passagem, só os filhos para dizer isso), não tem porque aceitar drogas de quem quer que seja.  A expressão “só os filhos”, é porque as boas relações devem ser sentidas também por eles, principalmente por dentro, emocionalmente e não apenas pelas aparências.  Uma parada técnica para instruções curtas e objetivas (como fazem os técnicos de vôlei, por exemplo), já ajuda muito, pois eles não precisarão parar por muito tempo, saberão que vocês se preocupam com eles, além de vocês ficarem um pouco mais tranquilos, quando eles estiverem em trânsito, fora de casa.

Sustento material é importante, mas o psicológico é crucial.  Lembre-se disso.

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                                                             Amadeu Epifânio


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