O
QUE SE LEVA PARA A ADOLESCÊNCIA.
Estamos caminhando para uma realidade,
entre pais e filhos, cada vês mais profética ou seja, à caminho da sua
extinção. Os rumos que ela tem tomado
dão à entender o porque de tantos jovens e adolescentes envolvidos com drogas,
graças a quantidade de maus entendidos que não tiveram tempo de serem reparados
ou perderam sua chance.
Como eu disse no texto anterior, a
vulnerabilidade dos jovens, perante as drogas, começa cedo, muito antes da
última briga ou de um evento emocional grande
culminar em rota de colisão com as drogas. Precisamos entender, principalmente como
pais, que nosso corpo obedece à estímulos, muitas vezes involuntários, resultado
provável de alguma insatisfação com algum fato ou com os pais ou um deles. À medida que essa insatisfação não é
questionada (quando não, castigada), complica e piora ainda mais o
temperamento, ou seja, cada vês mais arredio.
A vida difícil dificulta e muito manter as boas relações, principalmente
afetivas.
Muitos problemas de comunicação, entre
criança e adulto se dá, porque estes não conseguem racionar como uma criança,
para entender e aceitar o grau de dor que ela possa estar sentindo, que para
ela é proporcionalmente tão grande quanto as nossas dores de adultos. Essa falta de “sensibilidade” leva muitas
crianças à desenvolverem mecanismos (inconscientes) de defesa em relação aos
pais ou parentes.
Outra coisa: Ao satisfazer
as vontades dos filhos com tanta facilidade, nós o afastamos afetivamente do
nosso convívio, pois o que eles querem na verdade, não são brinquedos ou
vontades e sim a nossa atenção, mas acabam perdendo o interesse afetivo, porque
os pais preferem presentear do que brincar ou conversar com os filhos, direito.
Todas as divergências entre pais e
filhos, não resolvidas na fase infantil, os filhos arrastam para a adolescência
já com um agravante: vão constituindo a
concepção de que nunca irão resolver suas divergências, porque “-meu pai ou
minha mãe (ou os dois) não conseguem me entender”. À partir deste ponto as coisas começa à ficar
mais complicadas e difíceis, já que os atritos serão constantes. Outro forte candidato
às drogas, porque o prazer de convivência já não existe e a mente sai à
procura de outros novos prazeres (e não o corpo consciente, como se acredita).
A droga só entra em cena em estados
emocionais muito intensos. Até que esse
momento chegue, outras alternativas são oferecidas pela mente e, dependendo do quadro, poderá ser suficiente, ou não. A relação com os pais e entre estes, têm um peso considerável no desfecho final.
É preciso parar e restabelecer o estado
de normalidade com os filhos ou poderá ser tarde demais, quando acordar. Como o acesso às drogas é uma resposta
aritmética e inconsciente (ou involuntária), quanto antes consertar os maus
entendidos, melhor. As relações familiares harmoniosas geram prazer nos filhos
e isso tem um peso significativo na hora de baterem de frente com as drogas (quando
não der para evitar), mas com certeza irá afastar-se e com maior
segurança. As relações familiares ainda
é uma excelente âncora.
Atentem para uma regra matemática
elementar: Quanto mais satisfeito eu
estiver com minha família, mais criterioso e exigente eu serei nas minhas
escolhas. Isso significa não dar
ouvidos à qualquer um e desprezar qualquer “coisa” que venham me oferecer, seja
drogas, álcool ou ficar batendo pernas pela madrugada.
Se a relação com os pais é positiva (e,
diga-se de passagem, só os filhos para dizer isso), não tem porque aceitar
drogas de quem quer que seja. A
expressão “só os filhos”, é porque as boas relações devem ser sentidas também
por eles, principalmente por dentro, emocionalmente e não apenas pelas
aparências. Uma parada técnica para instruções curtas e objetivas (como
fazem os técnicos de vôlei, por exemplo), já ajuda muito, pois eles não
precisarão parar por muito tempo, saberão que vocês se preocupam com eles,
além de vocês ficarem um pouco mais tranquilos, quando eles estiverem em trânsito,
fora de casa.
Sustento material é importante, mas o
psicológico é crucial. Lembre-se disso.
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Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar – Viver bem é
Possível !
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