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terça-feira, 17 de setembro de 2013

11 de Setembro

QUANTOS PLANOS DEIXARAM DE ACONTECER ?


Olhando ainda de forma perplexa para esta imagem, meu coração, ao mesmo tempo em que mudo diante de tal catástrofe, se questiona até hoje, sobre vários eventos e circunstâncias que deixaram de acontecer, por causa dessa tragédia.  Em tempo serve, este episódio, para alertar-nos do quanto também estaríamos perdendo ou deixando de ganhar, se um fato semelhante ocorresse nos dias de hoje, na nossa vida.

Pensemos especificamente nos que ficaram para trás, como amigos, parentes, esposas, maridos, pais, mães... e filhos.  Quantos deixaram de acreditar num futuro ?  Quantos deixaram de acreditar em Deus ?  no seu deus, na sua crença...  Quantos não alimentaram ódio, raiva, angústia, depressão... ou se mataram (desesperançados, impotentes, dependentes dos que se foram).  Quantos casamentos, pedidos, noivados, namoros e filhos, não desabaram junto com as torres ?

Se algo assim, hoje, acontecesse, o que lamentaríamos perder mais ?  Que tesouros nossos, iriam para o fundo da terra, do mar, ou do abismo ?  O que realmente perderíamos se alguma catástrofe caísse sobre nós ?  Casa ?  família ? Emprego ? Profissão ?  Posição ?  bens ?  a vida ?!...  Juntamos tantas coisas sem pensar se amanhã tudo isso continuará conosco ou se algum evento cataclísmico o arrastará e levará de nós.

Quantos planos aquelas pessoas que trabalhavam nas torres gêmeas, demoraram para elaborar, planejar, construir, viajar, comprar, e o seu maior projeto, engenheiro, construtor, executor (os filhos) ficaram em segundo plano e nem tiveram tempo de fazer parte de algum projeto futuro.

Quando essas torres gêmeas caíram, não se amontoou no chão apenas, um monte de escombros, mas também o resto de esperança de um monte de “pequenos projetos”, que tinham grandes aspirações, grandes planos, de ficar talvez ainda, alguns poucos minutos que fosse, com aqueles que podiam ser considerados às vezes, como seus próprios algozes, por nunca tê-los incluí-los em seus planos ou se quer, fazer parte em seus rascunhos.

Anos depois, quantos não adotaram o álcool, para afogar as lembranças que não querem lembrar ?  Quantos ainda hoje, continuam nas drogas, buscando um mundo diferente daqueles que tanto os fizeram sofrer ?  Dor, por dor, não existe pior, para os que ficaram para trás, pois tudo é uma dor só, sem distinção, sem peso, sem medida, apenas sentida e muito... e longo, talvez até hoje, lembrado somente depois alguns copos de cerveja.

3.000 vidas voltaram ao pó, tornaram-se memórias, lembranças, referências, saudade, dor, tristeza... despedida seca, repentina, amarga e definitiva.  Vazio, vácuo, angústia, saudade de todos aqueles que sempre fizeram planos, ainda que não tenham incluído seu maior pertence, mas que apesar disso, um tesouro nunca perderá seu valor.

Conserve seus filhos, antes que alguma tragédia os roube de você, antes que as drogas o adote, antes que o álcool os afogue e antes que o cigarro acabe por sufocar  a relação entre vocês.  Que a próxima tragédia não permita levá-los, antes que vocês, pais, declararem seu amor por eles.  Se não preservá-los, nem precisará haver alguma catástrofe para afastá-los de você, pois poderão ser vocês, seus piores pesadelos.  Estou exagerando ?  Tomara.


                                                               Amadeu Epifânio

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