QUANTOS
PLANOS DEIXARAM DE ACONTECER ?
Olhando ainda de forma perplexa para
esta imagem, meu coração, ao mesmo tempo em que mudo diante de tal catástrofe,
se questiona até hoje, sobre vários eventos e circunstâncias que deixaram de
acontecer, por causa dessa tragédia. Em
tempo serve, este episódio, para alertar-nos do quanto também estaríamos
perdendo ou deixando de ganhar, se um fato semelhante ocorresse nos dias de
hoje, na nossa vida.
Pensemos especificamente nos que ficaram
para trás, como amigos, parentes, esposas, maridos, pais, mães... e
filhos. Quantos deixaram de acreditar
num futuro ? Quantos deixaram de
acreditar em Deus ? no seu deus, na sua
crença... Quantos não alimentaram ódio,
raiva, angústia, depressão... ou se mataram (desesperançados, impotentes,
dependentes dos que se foram). Quantos
casamentos, pedidos, noivados, namoros e filhos, não desabaram junto com as
torres ?
Se algo assim, hoje, acontecesse, o que
lamentaríamos perder mais ? Que tesouros
nossos, iriam para o fundo da terra, do mar, ou do abismo ? O que realmente perderíamos se alguma
catástrofe caísse sobre nós ? Casa
? família ? Emprego ? Profissão ? Posição ?
bens ? a vida ?!... Juntamos tantas coisas sem pensar se amanhã
tudo isso continuará conosco ou se algum evento cataclísmico o arrastará e
levará de nós.
Quantos planos aquelas pessoas que
trabalhavam nas torres gêmeas, demoraram para elaborar, planejar, construir,
viajar, comprar, e o seu maior projeto, engenheiro, construtor, executor (os
filhos) ficaram em segundo plano e nem tiveram tempo de fazer parte de algum
projeto futuro.
Quando essas torres gêmeas caíram, não
se amontoou no chão apenas, um monte de escombros, mas também o resto de
esperança de um monte de “pequenos projetos”, que tinham grandes aspirações,
grandes planos, de ficar talvez ainda, alguns poucos minutos que fosse, com
aqueles que podiam ser considerados às vezes, como seus próprios algozes, por nunca
tê-los incluí-los em seus planos ou se quer, fazer parte em seus rascunhos.
Anos depois, quantos não adotaram o
álcool, para afogar as lembranças que não querem lembrar ? Quantos ainda hoje, continuam nas drogas,
buscando um mundo diferente daqueles que tanto os fizeram sofrer ? Dor, por dor, não existe pior, para os que
ficaram para trás, pois tudo é uma dor só, sem distinção, sem peso, sem medida,
apenas sentida e muito... e longo, talvez até hoje, lembrado somente depois
alguns copos de cerveja.
3.000
vidas voltaram ao pó, tornaram-se memórias, lembranças, referências, saudade,
dor, tristeza... despedida seca, repentina, amarga e definitiva. Vazio, vácuo, angústia, saudade de todos
aqueles que sempre fizeram planos, ainda que não tenham incluído seu maior
pertence, mas que apesar disso, um tesouro nunca perderá seu valor.
Conserve seus filhos, antes que alguma
tragédia os roube de você, antes que as drogas o adote, antes que o álcool os
afogue e antes que o cigarro acabe por sufocar
a relação entre vocês. Que a
próxima tragédia não permita levá-los, antes que vocês, pais, declararem seu
amor por eles. Se não preservá-los, nem
precisará haver alguma catástrofe para afastá-los de você, pois poderão ser
vocês, seus piores pesadelos. Estou
exagerando ? Tomara.
Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar – Viver bem é
Possível !
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