PORQUE TEM QUE MORRER ?
O que
se aborda numa questão como o aborto, é somente a visão adulta, sobre uma vida
que está para ser mutilada e morta. Muitas vezes sentimos pena em sacrificar
nosso animal de estimação, por doença por pela idade avançada e não sentimos se
quer, nenhum remorso em sacrificar uma vida humana tão indefesa.
Quando
é que alguém fará o papel de quem está no corredor da morte ? Cada criança que morre por estupro no mundo,
cresce a crença que matar uma vida é fácil e quanto mais vulnerável, melhor,
gerando menos ou nenhum remorso. Claro, existe a questão médica, com relação à riscos de vida para o feto
e a vida da mãe. Mas o que mais se
discute é o aborto na sua concepção genérica e na auto-conveniência que
representa para alguns, não deixar levar à frente uma gestação não programada ("acidental").
Quando
o aborto é por estupro, entendo o quanto a memória do mesmo pode trazer à mãe e
o quanto o feto (e depois a criança), trás para a mãe a lembrança do ato
libidinoso e violento. Ainda sim não seria o caso de aborto, pois estaríamos julgando (e
condenando) não o estuprador, mas o feto.
Não podemos deixar que a conveniência supere a dor. Se esta criança
tiver de ser sacrificada, que ponha então para adoção quando nascer e deixar
que os planos de Deus decida sobre o seu destino.
Enquanto
ainda no útero, a mãe pode passar por acompanhamento psicológico, para que a
figura do feto não represente para ela, apenas fragmentos de uma memória triste
e violenta.
O feto não é filho de estupro, ele é resultado de um ato condenável
e não autorizado pela mãe. A criança terá traços genéticos da mãe TAMBÉM e
sobre os mesmos a mãe deverá valorizar para desapegar os laços que une o feto
ao estuprador.
Temos
aprendido nessa vida , mais à julgar do que refletir, colocando sempre a
carroça na frente dos bois. Acho que está na hora de mudarmos esse paradigma,
cujo o mesmo já sentenciou à morte centenas de milhares de fetos, que não
tiveram sua chance de se defender e muito menos a chance de não terem quem às
defendesse, com o mesmo ímpeto que decidem seu "destino".
Vida
não é bem material para se decidir se "vai levar ou não". Vida tem seu direito adquirido e se tiver de
ser julgada, QUE NÃO SEJA PARA DECIDIR SE VAI VIVER, MAS PORQUE TEM DE MORRER ! Tomara ser mais difícil decidir por este
ângulo.
ProfAmadeu Epifânio
Projeto
VIVA+
Corrigindo
Passos para um Caminho + Seguro.
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