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sábado, 15 de março de 2014

ENTENDO O USUÁRIO DE DROGAS - IX

TRAFICANTES SÃO TÃO DEPENDENTES QUANTO USUÁRIO.


Prezados, todo esforço (se é que podemos chamar assim) de repressão às drogas, dos governantes, em vários países, até os dias de hoje, parece não ter causado efeito negativo para os traficantes, haja vista, continuam cada vês mais fortalecidos nesse mercado promissor, que são as drogas.  Mas apesar disso, traficantes e drogas não passam de meros personagens neste triste processo de acepção e dependência das mesmas.  Eu explico.

O que realmente difundiu as drogas em todo o mundo, não foram os que à produziram, pois estes apenas descobriram um grande filão da comunidade adolescente (à princípio) e depois os jovens e hoje, até crianças.   O filão de que estes jovens nunca estão preparados para suportar seus problemas emocionais, além de buscarem, sempre, alívio rápido para o que sentem, o que para eles é sempre doloroso, quando não, insuportável.

Pois bem, diante disso, alguém teve a infeliz ideia de oferecer um “remédio” diferente que o fizesse “viajar para longe dos seus problemas”.  A maconha.  Se repararmos bem, ninguém vende remédio para quem não precisa, ainda mais um remédio tão nocivo e com efeitos colaterais bem conhecidos.  Apesar dos avanços destrutivos na confecção das drogas, elas ainda estão classificadas na cabeça da sociedade jovem e adolescente, como “solução para os problemas emocionais”, e o mais perigoso disso tudo, é que se trata de uma concepção inconsciente da mente e não mais, consciente.  Razão disso o grande número de usuários dependentes e o enorme público alvo de “calouros”.

Se por um lado, nenhum comerciante monta seu negócio em lugar sem clientela, sabendo que não durará muito, da mesma sorte os traficantes, cuja principal mercadoria é lucro certo em qualquer lugar onde se instala uma boca de fumo.  Não demora muito e os clientes começam a chegar e tem “produtos para todos os gostos”, ou seja, ninguém sai insatisfeito e ainda tornam-se clientes ativos com o tempo.

Entre todas, a maconha é a primogênita, ponto de partida para o que seria, mais tarde, a implantação da mais nociva cultura de solução para os problemas emocionais. Ela ainda continua forte nas vendas, porém, não mais como remédio instantâneo para altas dores e angústias e sim e agora, para aqueles “pequenos incômodos”, do tipo que não dá para descrever, mas que incomoda o ego, à ponto de obrigar a mente à buscar “externamente” (por falta de subsídios internos) um remédio para a intensidade de dor que esteja sentindo, ou seja, não tão grave que precise de cocaína, mas presente o bastante que necessite de uns copos de chopp ou de maconha para relaxar (ou os dois).

Tanto o álcool quanto a maconha viciam se, satisfeitas em ambas, condições necessárias para levar seus consumidores à dependência química e psicológica.  No álcool existe a chamada pré-disposição (neuroquímica) que, reagindo com o álcool, desencadeia fatores neurofisiológicos que leva à dependência alcóolica inconsciente e involuntária.  Já a maconha tem efeitos (para alguns), mais rápidos do que alguns copos de chopp e mais o aspecto psicológico do fumante num dado momento, pode potencializar o efeito, bem como o prazer de fumar, levando à mente à absorver essa reação como “momento positivo” para o corpo que o abriga, sugerindo doravante a maconha, sempre que estiver triste ou chateado.

O “estado” de prazer aumenta, proporcionalmente, à medida que aumenta o estado de carência, afetivo e inconsciente.  É este estado de carência inconsciente, que potencializa o desejo por mais “remédio”, sem mesmo saber porque o está desejando com tanto ardor.  Este raciocínio nos leva às memórias negativas inconscientes, armazenadas em nosso emocional, interferindo sobre o nosso temperamento, na forma de falar, pensar e agir.  Enquanto isso estiver ocorrendo, perdemos parte do controle consciente, passando a dar mais atenção aos impulsos involuntários, para sua conveniente, momentânea e impulsiva satisfação.

É preciso tratar as experiências (como assuntos inacabados à espera de solução) que geraram essas memórias negativas.   A Psicanálise pode ajudar nesse processo, antes que passe à ser refém de si mesmo, involuntariamente.  Essas memórias negativas não é privilégio de poucos e sim, herança de muitos, proporcional ao histórico de toda vida de cada um, alguns com mais, outros muitos, outros com muito poucos (estes provavelmente, sufocados por uma vida estável e harmoniosa, que por toda vida não haverão de provocar incômodos nem angústias emocionais), não vindo à fazer uso de “remédios nocivos”.

O consumo de qualquer substância nociva, seja dependente químico ou não, tem seus efeitos potencializados pelo excesso de carência, tanto consciente quanto os de caráter inconsciente que, se está incomodando, precisa urgente ser tratado e corrigido, antes que se transforme em doença ou o(a) leve à drogas como cocaína ou o crack.  Não existe droga leve, pois todas tem o utópico propósito de aliviar incômodos emocionais.  Mudando esta concepção, drogas estarão fadadas à extinção e traficantes, ao fracasso.

Problemas do cotidiano somado com essas memórias negativas, pode ser uma mistura perigosa e vai depender do modo de vida que leva e a capacidade de lidar com problemas, dores e sofrimentos, que determinará sua personalidade e temperamento, que se não for satisfatória para uma convivência social e harmoniosa, deverá procurar ajuda.

Viver bem é Possível, ponha essa ideia na cabeça e na sua vida.


                                                           Amadeu Epifânio


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