Projeto VIVA +

domingo, 2 de março de 2014

ENTENDENDO O USUÁRIO VIII – ...O PODER QUE FAZ TODA DIFERENÇA.


Qualquer ação, vinda de qualquer governo ou governante (quase todas demagógicas), não foram suficientes para conter este mal, que assola milhões de famílias todos os anos e em toda parte do mundo.  Também por outro lado, as famílias dos dependentes, sempre despreparadas, porque sempre omissas, sempre negligentes com o "coração" dos filhos, vivendo sempre da aparência externa saudável deles, mas nunca questionando o coração, se está feliz ou sofrendo escondido e sozinho por alguma razão.

Depois que os jovens experimentam o pesadelo, por melhor sensação que a droga lhe ofereça, será sempre seguida, posteriormente, de um eterno sentimento de abandono e solidão, não apenas pelo afastamento físico das pessoas que ele ou ela mais gostava, mas principalmente do afastamento afetivo, motivado por um doloroso preconceito por sua nova e irremediavelmente provisória condição.

É muito triste e me causa enorme indignação a crença das pessoas, de ainda acreditar que este lamentável acesso às drogas seja de caráter voluntário e consciente, o que só faz aumentar a pretensão egoísta dos que ficam de fora desta enorme “caldeira fervente” que é o inferno dos que vivenciam o consumo e dependência das drogas.

Prezados, o dependente já carrega consigo uma carga de memórias negativas, adquiridas durante toda sua existência, que agora elas estão servindo alternadamente para mantê-lo no vício, através de um ciclo doloroso, isto é, uma memória emerge à consciência e o usuário procura a droga para esquecer esta memória, que para ele (ou ela), à época, lhe foi dolorosa.  O que acontece é que são muitas as memórias e elas ficam se revezando feito um disco arranhado, pulando por vários anos.

Portanto, o que o dependente mais precisa agora é tentar substituir essas memórias negativas por outras que valham à pena lembrar, para que, eliminando às negativas, o desejo psicológico pela droga se reduza, diminuindo drasticamente o efeito químico das mesmas, de forma que lhe sobre razão suficiente para desejar ajuda e persistir no tratamento.

Todavia, apesar de ser de grande ajuda, ainda será insuficiente, se algo bem mais significativo não for feito, que seja capaz de oferecer-lhe uma sobre força e enorme energia para vencer definitivamente este grande desafio pois, um dependente, sozinho não consegue adquirir força suficiente, porque sua estima está mais baixa que seus pés e porque ele se sente desamparado e talvez abandonado, afetivamente, porque de boca, além de muitos, jamais será o bastante e estará sempre predestinado à recaídas.

Para sentir que realmente não está sozinho, somente um ABRAÇO FRATERNAL, não falso nem demagógico, pode lhe dar o poder necessário para ser persistente até o final do tratamento e voltar a ter uma vida normal outra vês.

Releia todos os artigos desta série e entenda realmente o universo deste enorme pesadelo, que é a dependência química; quais os fatores involuntários que desencadeiam o vício e o que pode ser feito, de concreto, para o resgate deles, de forma efetiva e definitiva.

“Nada incomoda... até que nos incomoda”.

Espero que todos os pais e cuidadores encarem esta realidade cruel, que não é consciente o acesso às drogas e que somente a proximidade afetiva da família e dos pais é que será capaz de promover uma prevenção eficaz.  Não se contente apenas com a aparência dos filhos, chegue junto, questione, converse, ajude, acolha e... abrace de verdade, isso causa um enorme impacto positivo na vida deles, pode acreditar.

Assim que acabar de ler este artigo, não perca mais tempo, procure seu filho, sua filha e abrace-os, se reconcilie se for necessário e abrace de novo.  
Tá esperando o que ?  VAI LOGO !  rsr


                                                   Amadeu Epifânio


PROJETO CONSCIENTIZAR – VIVER BEM É POSSÍVEL !

Corrigindo Passos para um Caminho Seguro.



Nenhum comentário:

Postar um comentário