Projeto VIVA +

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

ENTENDENDO O USUÁRIO DE DROGAS. (2ª Parte)

ONDE TUDO COMEÇA E TAMBÉM SE PREVINE.


                      A questão da dependência química, principalmente na cabeça dos jovens, ainda é um grande desafio, dado ao fato que em cada jovem portador deste mal químico, as reações, apesar de visivelmente iguais, são diferentes na realidade de cada um, uma vês que cada jovem tem uma realidade diferente, uma história diferente, nem sempre compatível com a realidade que eles idealizaram para si, um dia.

                Esta realidade eles não criaram do nada, de repente e sim, resultado aritmético de alguns fatores que mormente são desprezados ou negligenciados pelos pais.   Quais sejam:  em primeiro lugar o fato (já exaustivamente mencionado aqui no blog em artigos anteriores) dos filhos compararem (involuntariamente) seus padrões de vida e familiar com outros colegas, já desde a infância, quando ainda nos primeiros anos, de forma automática.

                         É nesta convivência que os padrões de vida de todas aquelas crianças vão dando à se revelar entre eles, já se dando conta de coisas que acontecem ou deixam de acontecer, cada um em sua casa com sua família.  Não podemos pedir aos filhos que não falem nem divulguem na escola o que acontece em casa, pois seria utópico demais e causaria ainda mais curiosidade e estranheza por parte deles.  Resta então monitorar de perto, através do tão discutido e mencionado diálogo, pois é através desta ferramenta que descobrimos coisas interessantes acontecendo na vida dos nossos filhos.  Talvez nem tudo, mas imagine então não conversar para ver o que descobrimos, ou seja, naaaada.

                   O que muitos pais não percebem é que o que acontece dentro de um universo escolar ou na rua, quando os filhos brincam, que as informações absorvidas estarão sufocando ou confirmando concepções adquiridas já desde a fase gestacional ou nos primeiros anos de vida, por ocasião de fatos que de alguma forma geraram as primeiras impressões em relação aos pais ou à um deles especificamente, como sendo um adulto bom ou mau.  É nesta fase também, que costumam surgir os casos de abusos, cuja as cenas e as sensações serão levadas para o resto da vida deles.  Comportamento atípicos, no lugar de broncas ou castigos, devem ser questionados aos filhos (sem repreendas) ou solicitar ajuda psicológica profissional.

                     Quando estas impressões prematuras são infelizmente confirmadas, através de comportamento ou temperamentos arredios dos pais ou de um deles, é natural que apareça nos filhos, comportamentos de defesa, como hiperatividade, agressividade ou isolamento (este sempre esperando passar a fase agressiva dos pais, mostrando-se inseguras, o que também poderá levá-los à um quadro de defesa ainda mais grave, como agressividade, por sinal, mais difícil de tratar, pois trata-se de um quadro mais avançado, onde a criança já está sem esperanças de ver as coisas melhorarem em casa.  Forte candidata às drogas no futuro.

Muitos jovens hoje, perdidos nas drogas, começaram sua vulnerabilidade muito antes e não de forma repentina, como muitos acreditam, que basta ficar chateado para saírem procurando drogas.  Isso é uma falsa verdade, pois que a procura é involuntária, numa luta da  mente deles em buscar formas prazer para conter o desconforto dos jovens, uma vês que jovens procuram entretenimentos, mais para saciar uma carência ou auto afirmação, do que como algo prazeroso de contínuo, como praticar um esporte por exemplo.  A droga acaba sendo a melhor escolha da mente, para conter o momento difícil do jovem e principalmente, na intensidade que estão sentindo.  Intensidade (de dor ou sofrimento) é o grande responsável por fazer a mente escolher a droga, como única e melhor alternativa para o problema, que por sua vês, pode ser o grande trunfo para a sua prevenção, se trabalhado a tolerância.

                      Jovens precisam fazer atividades prazerosas e saudáveis (de preferência).  Devem encarar os estudos, não como algo chato de fazer e sim como uma etapa importante para chegar à universidade e desenvolver uma boa profissão.  E o mais importante de tudo, que é com a ajuda dos pais e até de Deus, trabalhar para elevar o grau de TOLERÂNCIA dos filhos, ou seja, torná-los mais resilientes diante das adversidades mais comuns, como sentimentos de perdas (de relacionamentos, bens materiais ou de pessoas próximas que faleceram).

                              Converse sempre, mantenha um canal aberto e franco ou seja mais amigo do que de pai ou mãe; trabalhe sempre com a verdade;  seja quase sempre um técnico, à pedir à eles às vezes um tempo técnico para instruções curtas e objetivas, para você ficar mais tranquilo e eles, mais seguros onde estiverem e faça o mesmo por telefone ou mensagem de celular, mas cuidado para não “sufocar” com excessos de recados, pois podem parar de ler as mensagens.

                              Cuidar de filhos é como construir uma embarcação complexa, onde esquecer um detalhe, pode comprometer o equilíbrio quando estiverem em “mar aberto”.   Aguardem a terceira parte deste tema e lembre-se:

“Uma tripulação unida é a certeza de uma viajem segura”.

                                                                   Amadeu Epifânio

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