Eu respondo: SIM, pode. Tanto uma criança quanto um idoso ou uma
pessoa qualquer, que tenha idade e capacidade suficiente (principalmente
física), de segurar uma arma na mão e dar alguns disparos contra qualquer
pessoa, parente próximo ou não. E digo
mais, enquanto a manifestação da vontade não estiver concluída ou consumada,
leve o tempo que levar, ele vai manter o que foi planejado, até o último
minuto.
Isso acontece com qualquer pessoa aqui
do Brazil ou da China, Europa, Ásia ou em qualquer lugar do mundo, ou seja, é
inerente ao ser humano. O que
diferencia a forma com que se mata ou se ajuda alguém, está na constituição do
seu cérebro e em tudo que já foi absorvido pela pessoa, desde a sua vida
intrauterina, ainda no ventre da mãe, pois que o feto ainda sente lá dentro da
barriga da mãe, um ambiente que pode ser estável ou instável e isso ficar
guardado na mente da criança, à espera, de quando nascer, de que tudo que
sentiu lá dentro, vá, depois, ser sustentado ou não pela convivência com os
pais.
Se não sustentado a concepção negativa
de insegurança e medo, significa que os pais estão sendo amorosos, afetivos e
cuidados para com a criança e isso pode, até certo ponto, “sufocar” aquela
percepção, substituindo-a por um ambiente saudável, harmonioso e
principalmente, estável e seguro.
Contudo, é possível esta criança desenvolver, mais tarde alguns traços
diferente de personalidade (nada grave), em razão das memórias adquiridas
quando ainda feto e que deve ser, o quanto antes, tratado por um
psicanalista. Os bons tratos para com a
criança, muito ajudam no sentido de se não agravar ainda mais o quadro.
Agora, quando uma concepção negativa é
lamentavelmente sustentada pelos pais (ainda que inconscientemente), aí os
riscos aumentam consideravelmente, não somente para uma mudança de
personalidade mas também de ambiente, ao crescer. Porque ?
Por melhor que sejamos como pais, nossa forma de educar estará sempre
sendo comparado com os pais dos outros colegas e isso também é involuntário, ou
seja, não é um desejo deles em ficar comparando isso à todo momento. Mas assim mesmo acontece e muito.
Se, após esta comparação, houver
disparidade nos padrões e dependendo do modo de convivência familiar, ou seja,
se os pais são do tipo que dão abertura para se falar sobre qualquer coisa, os
efeitos negativos desta comparação podem ser amenizados, até totalmente e os
filhos terem uma vida absolutamente normal.
Do contrário, começará haver uma regressão no comportamento do filho,
buscando na rua, alguém que lhe dê o que não teve em casa, ou seja, atenção e
diálogo (pelo menos).
Esta peregrinação do filho, em busca de
uma “melhor forma de vida”, foi decidido pela mente dele, involuntariamente e
ele, em seu estado consciente, obedece ao comando, satisfazendo um cenário
criando externamente e incorporado ao “liquidificador” dele. (lembram ?). Ao processar tudo, prevaleceu o que foi mais
determinante, isto é, uma instabilidade de convivência familiar. À partir de agora, o céu é o limite, porque a
mente trabalhará mais com subsídios externos à ele, pois que nada nele existe
(de instrução ou educação ou afeto ou religião), para contornar sua concepção
negativa.
Tal concepção negativa o deixa
vulnerável emocionalmente, satisfazendo-se mais em querer ouvir o que quer do
que o que precisa ouvir, seja de quem for.
Reconquistar a confiança diante de um quadro como este, é muito difícil,
mas não impossível.
Não deixe este tipo de cenário tomar
conta da sua família. Não tenha apenas
filho, cuide, instrua, converse sempre, dê afeto, carinho, amor, formação e
educação. Isso irá comprometê-los, como
pais, para o resto da vida de vocês, e deles.
Tenha a postura deles como um termômetro, para saber se estão errando ou
acertando. Ame-os, ou serão adotados
pelas ruas, pelas drogas e os traficantes.
É ISSO QUE VOCÊS QUEREM ?
Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar – Viver bem é
Possível !
Somos pelo o que somos.
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