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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

TODOS SOMOS POTENCIALMENTE CAPAZES...DE MATAR OU SALVAR.


         Esta semana estamos sendo bombardeados (pelo menos aqui no Brazil) por uma série de especulações e conjeturas sobre o caso de um menino de 13 anos, ter matado toda sua família, num bairro da zona norte em São Paulo.  Para todos que assistem perplexos este episódio, fica a gloriosa pergunta:  Pode uma criança de 13 anos cometer tal atrocidade ?

Eu respondo: SIM, pode.   Tanto uma criança quanto um idoso ou uma pessoa qualquer, que tenha idade e capacidade suficiente (principalmente física), de segurar uma arma na mão e dar alguns disparos contra qualquer pessoa, parente próximo ou não.  E digo mais, enquanto a manifestação da vontade não estiver concluída ou consumada, leve o tempo que levar, ele vai manter o que foi planejado, até o último minuto.

Isso acontece com qualquer pessoa aqui do Brazil ou da China, Europa, Ásia ou em qualquer lugar do mundo, ou seja, é inerente ao ser humano.   O que diferencia a forma com que se mata ou se ajuda alguém, está na constituição do seu cérebro e em tudo que já foi absorvido pela pessoa, desde a sua vida intrauterina, ainda no ventre da mãe, pois que o feto ainda sente lá dentro da barriga da mãe, um ambiente que pode ser estável ou instável e isso ficar guardado na mente da criança, à espera, de quando nascer, de que tudo que sentiu lá dentro, vá, depois, ser sustentado ou não pela convivência com os pais.

Se não sustentado a concepção negativa de insegurança e medo, significa que os pais estão sendo amorosos, afetivos e cuidados para com a criança e isso pode, até certo ponto, “sufocar” aquela percepção, substituindo-a por um ambiente saudável, harmonioso e principalmente, estável e seguro.  Contudo, é possível esta criança desenvolver, mais tarde alguns traços diferente de personalidade (nada grave), em razão das memórias adquiridas quando ainda feto e que deve ser, o quanto antes, tratado por um psicanalista.  Os bons tratos para com a criança, muito ajudam no sentido de se não agravar ainda mais o quadro.

Agora, quando uma concepção negativa é lamentavelmente sustentada pelos pais (ainda que inconscientemente), aí os riscos aumentam consideravelmente, não somente para uma mudança de personalidade mas também de ambiente, ao crescer.  Porque ?  Por melhor que sejamos como pais, nossa forma de educar estará sempre sendo comparado com os pais dos outros colegas e isso também é involuntário, ou seja, não é um desejo deles em ficar comparando isso à todo momento.  Mas assim mesmo acontece e muito.

Se, após esta comparação, houver disparidade nos padrões e dependendo do modo de convivência familiar, ou seja, se os pais são do tipo que dão abertura para se falar sobre qualquer coisa, os efeitos negativos desta comparação podem ser amenizados, até totalmente e os filhos terem uma vida absolutamente normal.  Do contrário, começará haver uma regressão no comportamento do filho, buscando na rua, alguém que lhe dê o que não teve em casa, ou seja, atenção e diálogo (pelo menos).

Esta peregrinação do filho, em busca de uma “melhor forma de vida”, foi decidido pela mente dele, involuntariamente e ele, em seu estado consciente, obedece ao comando, satisfazendo um cenário criando externamente e incorporado ao “liquidificador” dele. (lembram ?).  Ao processar tudo, prevaleceu o que foi mais determinante, isto é, uma instabilidade de convivência familiar.  À partir de agora, o céu é o limite, porque a mente trabalhará mais com subsídios externos à ele, pois que nada nele existe (de instrução ou educação ou afeto ou religião), para contornar sua concepção negativa.

Tal concepção negativa o deixa vulnerável emocionalmente, satisfazendo-se mais em querer ouvir o que quer do que o que precisa ouvir, seja de quem for.  Reconquistar a confiança diante de um quadro como este, é muito difícil, mas não impossível.

Não deixe este tipo de cenário tomar conta da sua família.  Não tenha apenas filho, cuide, instrua, converse sempre, dê afeto, carinho, amor, formação e educação.  Isso irá comprometê-los, como pais, para o resto da vida de vocês, e deles.  Tenha a postura deles como um termômetro, para saber se estão errando ou acertando.  Ame-os, ou serão adotados pelas ruas, pelas drogas e os traficantes.   É ISSO QUE VOCÊS QUEREM ?
 
Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !

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