MÉDICOS
FAZEM FACULDADE OU CURSO DE MEDICINA ?
Prezados, sinto-me profundamente
frustrado com a classe médica de hoje.
Melhor dizendo, com os nossos jovens estudantes de medicina de hoje, que
andam muito que desinteressados e até desmotivados (porque não dizer) em
exercer o dom recebido por Deus para cuidar de seus semelhantes de forma tão
próxima e tão reparadora.
Sinto-me profundamente envergonhado de
depender desta nova classe de jovens vestidos com seus jalecos brancos sem, contudo,
ter a humildade de olhar-se no espelho para contemplar (no reflexo) sua
extraordinária habilidade de conhecer o ser humano como à nenhum outro; poder
curar grande parte de suas enfermidades e ter, por fim, o orgulho de ter
correspondido o dom recebido de Deus.
Difícil ver e sentir nestes jovens
médicos o interesse, não em prescrever um remédio para aliviar uma dor, mas sim
o de não querer ver sofrer um semelhante seu e fazer de tudo o que estiver ao
seu alcance para aliviar seu sofrimento.
Mas infelizmente não é o que vemos nos hospitais públicos e até em
alguns pronto socorros particulares (salvo raras exceções), conforme já tive
amargas experiências ao passar por eles.
Acredito que, em alguns casos, um mecânico faça melhor por um automóvel
do que um médico por um ser humano.
O que vemos, hoje, nas universidades,
são estudantes mais preocupados em tirar nota boa, passar numa disciplina e no
curso, do que especificamente em aprender.
Passam todo o curso de medicina, tão preocupados em passar nas provas,
que quando olham para trás, nem se dão conta do conhecimento que perderam ou
esqueceram. O resultado disso está no
atendimento precário e quase desumano nos hospitais públicos. E não estou falando só da estrutura física e
precária, mas do interesse em curar pessoas e aliviar seu sofrimento.
Já cheguei em um hospital público em São
Paulo com a mão aberta e sangrando sem parar por um corte e a atendente me
mandar para uma longa fila para fazer
uma ficha para ser atendido, enquanto os boxes de atendimento estavam
vazios, porque os doentes
estavam agonizando na fila fazendo ficha. Eu fui direto para os boxes, fui
atendido e nem se quer me pediram alguma ficha.
Num hospital particular no centro do Rio
de Janeiro, quando fui me queixar de uma dor no estômago (pois já passava mal à
uma semana), a médica simplesmente me receitou um remédio sem fazer nenhum tipo de
exame para descobrir a procedência da minha enfermidade. Ao indagar à ela (na bronca) porque não
queria fazer exame, sem nenhum remorso me disse: “se vamos fazer exame pra
todo mundo que aparece aqui se queixando de dor...”. Mas tanto que insistir que ela mandou fazer e
assim se diagnosticou que eu estava com dengue, com as plaquetas mais baixas
que o chão que eu estava pisando.
Da
mesma forma isso acontece nos postos de atendimento público da prefeitura do
Rio (UPA), já que tive também o desprazer de passar por lá. São situações de descasos para com a
população, para com nossos semelhantes e isso, pelo jeito, deveria também fazer
parte do currículo do curso de medicina.
Aliás é justamente isso que está se fazendo hoje, isto é, curso, ao invés
de universidade, tal qual era considerado um desafio e orgulho em décadas
passadas, ou seja, entrar para a universidade para ser médico.
Sou à favor que se faça uma prova, pelo
conselho de medicina, para se obter a tão desejada licença para exercer a
profissão, à fim de confirmar (ou não) se o aluno passou todo curso,
mais preocupado em passar nas provas do que aprender a profissão, para que
desta forma, nós, população, não tenhamos que ficar submetidos ao descaso por
aqueles que deveriam estar lutando para curar ou amenizar nossas enfermidades,
dores e sofrimentos.
Somos pelo o que somos, pelo o que
podemos ser...melhor e pelo o que podemos promover...aos outros...que precisam
de nós.
Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar – Viver bem é
Possível !
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