CENAS LAMENTAVELMENTE COMUNS. (2ª
Parte)
Referi-me
no texto da primeira parte, sobre as principais causas dos desvios de conduta
dos filhos, mesmo ainda pequenos, isto é, quando são provenientes das
frustrações pelos pais, muito forte nos primeiros anos de vida da criança,
quando não, gerados ainda na vida intrauterina do bebê, quando os pais não
conversam com o bebê ainda dentro da barriga.
As
mudanças de comportamento de uma criança, de um quadro que consideramos como
normal para elas, para um quadro de rebeldias e malcriações constantes, através
de uma técnica, podem ser revertidos e aí, já não importa muito a idade que
eles apresentam, isto é, sejam crianças, jovens ou adolescentes.
Viver,
hoje, está se tornando uma tarefa cada vês mais difícil, dada a enorme gama de
desafios, perigos e entretenimentos, que por mais que tentamos fugir (quando é
o caso), não é tão simples, uma vês que está presente em praticamente tudo que
fazemos. Como exemplo temos a violência
urbana, também nas estradas; dificuldades financeiras, preocupações com o
trabalho, o uso da internet, dos celulares; preocupações com a casa, com a
família e por aí à fora.
Natural
que tudo isso roube de nós a valorosa atenção que precisaríamos dar aos filhos,
que assim como aqueles técnicos de vôlei ou basquete, que dão orientações
rápidas porém eficazes aos jogadores, também nós, pais, precisamos dar essas
orientações rápidas e eficazes aos nossos filhos, porque está cada vês mais
difícil interromper o “jogo” deles, para que tivéssemos a oportunidade de ter
uma diálogo mais longo e gostoso com eles.
A
técnica à que me referi, trata-se de imaginar que nossos filhos estão sempre
atrás de uma porta, em outro cômodo da casa e, para que cheguemos até eles,
precisamos passar por uma porta, onde deixemos para trás, antes de entrar, tudo
que pode atrapalhar ou mesmo impedir de termos um diálogo oportuno e necessário
com nosso filho. Novelas, conserto do
carro, promoção no trabalho, o cheque que voltou, a internet que caiu, aquela
reunião que não pode esperar, etc. Tudo
isso caba se tornando uma grande barreira na hora de estabelecer um diálogo.
Para
se conversar com os filhos, é preciso ter o coração e a mente puros. Significa que nada mais pode estar presente,
pois do contrário apenas o veremos, mas não no seu momento presente,
preocupado, triste, magoado, ansioso ou angustiado por alguma razão, etc. Sintomas como esses podem causar prejuízos e
danos emocionais e psicológicos (se não pior como uso de drogas), pois como já
disse aqui, antes, difícil saber, dos filhos, o seu grau de suportabilidade de
dor e sofrimento, mas que ainda sim, ao vê-los seguros e amparados por nossa
preocupação pura, com certeza há de ser um providencial contrapeso em suas
decisões, quando sob pressão.
Não
ache, julgue ou especule sobre o comportamento dos filhos. Certifique-se. Somos pelo o que somos. Eles também.
Amadeu Epifânio
Projeto
Conscientizar – Viver bem é Possível !
Nenhum comentário:
Postar um comentário