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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


NOSSA CABEÇA, NOSSOS CURTOS CIRCUITOS.
                      Olhando bem esta foto podemos ter uma idéia do jogo complicado de engrenagens que compõe o nosso raciocínio, semelhante aquelas maquininhas de relógio despertador mecânico antigo, com meia dúzia de catracas de tamanhos diferenciados porém, todas interligadas e dependentes uma das outras.  Basta apenas que uma pequena pedrinha ou outro objeto intruso seja atirado para dentro, para que a máquina comece a trabalhar com dificuldades, não é mesmo?

Isso nos serve para mostrar que todas as nossas decisões e atitudes com certeza hão de gerar algum tipo de consequência, por menor que seja (do tamanho da menor das catracas) mas, como ela também faz parte do processo, levará sua consequência para outras áreas, como ansiedade, medo, gastrite, entre outros.  Evidente que se a decisão que tormarmos for positiva ou saudável, a resposta também haverá de ser positiva, como bem estar, felicidade, alívio emocional, entre outros.

Podemos chamar isso de psicologia mecânica, o que nos faz lembrar a Lei da ação e reação, isto é, para cada ação sempre existirá uma resposta ou consequência, na esfera consciente ou na inconsciente (ou involuntária).  Consequências nesta área involuntária costumam ter caráter perigoso, pois as lembranças que caem aqui vivem interferindo sobre o nosso estado consciente, nos causando alguns transtornos, alguns de natureza física (ansiedade) enquanto outras, psicológica.

Quanto mais condições tivermos de resolver nossas adversidades e infortúnios, menos lembranças (problemas) levaremos para dentro de nós e mais tranquilo viveremos (o que para o ser humano nunca é tarefa fácil).  Não podemos evitar que nada caia para dentro do lado inconsciente ou involuntário mas se pudermos não “chutar o balde” toda vez que uma dificuldade se apresenta diante de nós, será menos uma lembrança indigesta à nos atormentar.

Transtornos diversos (mesmo os de herança genética) nasceram um dia por traumas gerados no involuntário desde nossa idade mais tenra ou de nossa vida intrauterina e trazidos à pré-adolescência como uma idade que fosse capaz de entender e corrigir o trauma, o que nem sempre acontece, razão pela qual necessitamos muitas vezes de ajuda profissional de um psicólogo ou de um psicanalista, associado talves com um psiquiatra, para conter os sintomas através de medicação.

 É imperativo observar os filhos desde a fase intrauterina, conversar com eles e também acalmá-los sempre que haja uma discussão mais acalorada onde a mãe esteja presente ou seja parte da discussão.  O feto sente a instabilidade que ronda a placenta e se sente inseguro e esta insegurança pode se refletir para a sua vida dele depois do nascimento.  Criança sempre necessita do afago materno e também do pai, pois este sempre representa uma ameaça para a criança, sempre que chama a atenção (ou a presença) da mãe, fazendo-a se afastar do filho.

É preciso que a criança se sinta segura quanto à isso, para que tenha um infância mais tranquila e sem traumas.  Atente para comportamentos fora do normal e leve ao médico em caso de dúvida.  Converse sempre, ajude-os à tomar decisões.  Crianças pedem várias coisas ao mesmo tempo é importante que elas mesmas saibam pedir e saibam desde cedo a ouvir um não, quando a vontade não pode ser atendida e porquê.
 

Não podemos criar uma blindagem na criança pra que não entre “pedrinhas” na sua cabeça e faça um estrago no seu temperamento e comportamento. Por isso a necessidade de monitorá-los através do diálogo.  Lembre-se que a sua forma de educar e o seu padrão familiar estarão sempre sendo comparados lá fora pelos filhos e de forma inconsciente, automática, como nós mesmos adultos fazemos, quando desejamos ter igual, o carro novo do vizinho.

Bicho de 7 cabeças não são os filhos ou como educá-los, mas sim toda sorte de atrativos que tiram a atenção deles sobre nós, dificultando nosso relacionamento.  Fazê-los parar para nos ouvir é um eterno calvário e comprar um computador para ele ficar em casa também não é a solução.  Fazer as vontades é o mesmo que dar corda para afastá-los ainda mais de nós. 

Quanto antes se criar um laço de cumplicidade entre pais e filhos, maiores as chances desse relacionamento ser mais harmonioso, estável e principalmente seguro para eles.  Filhos sempre desejam ter os pais por perto e se tornam rebeldes é porque sentiram a falta, presença (também psicológica) e autoridade (não confundir com arbitrariedade).  Eles precisam ser comandados senão, do contrário, eles se rebelam e praticamente assumem o controle e depois... coitado dos pais.

Eu poderia ficar aqui falando dos nossos curtos circuitos e encher dezenas de páginas, mas creio que tudo, de certa forma, já esteja escrito e distribuído entre os quase 100 artigos deste blog, o que dá à voces, conhecimento necessário para entender e aprender sobre o universo da nossa mente e de como ela pode nos trair se baixarmos a guarda ou gostarmos de chutar uns baldes.  Não, não pretendo me aposentar nem deixar de escrever, pois sempre haverá uma nova forma de curto circuito na mente para que eu possa alertá-los e prevení-los. Lembre-se do lema acima no cabeçalho do blog: “Ninguém faz nada senão em razão de algo que o motive.”  Fiquem na Paz de Deus.

                                                                                                   Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar -  Viver bem é Possível !

 

Somos pelo o que somos.

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