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sábado, 13 de outubro de 2012

ÁLCOOL – Lenta travessia à dependência psicológica e por conseqüência, química.

Apesar de causar dependência, a adicção se dá de forma diferente e quase contrária em relação às drogas.  Nas drogas, da intenção à experiência é um processo que leva de algumas horas à poucos segundos, dependendo da distância que separa o jovem da droga.  Já no álcool, este não causa danos à curto prazo, o que leva o consumidor à uma forma de relaxamento psicológico, em acreditar que apenas alguns copos de cerveja não lhe fará mal.
No álcool o perigo não está na bebida, mas nos fatores que fazem dela artifício psicológico para o estado de carência.  E olha que não são poucos esses fatores, uma vez que estão associados à muitos momentos do cotidiano.  No álcool, ao contrário das drogas, a pessoa está sendo preparada de forma lenta e progressiva e o pior de tudo é que nem se dá conta disso.
O grande vilão do álcool chama-se baixa auto-estima, gerado pela carência, quase sempre afetiva e que dela criam-se ramificações (toda forma de bens) que nada mais são do que meras justificativas para compensar o verdadeiro sentimento que se esconde dentro de si, ou seja, o amor.  Muitos se enganam e pensam que podem viver sozinhos, mas mal sabem o quanto sofrem sem saber, por dentro, de forma involuntária.
Essa carência “secreta” mina qualquer pessoa por mais metido à durão ou durona que seja, o que representa, nada mais nada menos, do que uma blindagem meramente externa.  Bens móveis, imóveis, materiais e até afetivos, apenas existem e são perseguidos para conter e suprimir a dor silenciosa da carência que habita dentro de cada um e que cada um à administra conforme suas habilidades afetivas ou financeiras.
Uma coisa é certa: o estado de carência nunca se extingue, porque foi colocado em nós, por Deus, como um cabresto à nos manter o mais próximo possível dÊle, para que satisfizéssemos (de forma segura) nossa dor amorosa (afetiva e silenciosa).  Através desta satisfação segura de carência, somos levados também à elevar criteriosamente o único sentimento capaz de conter nossa carência e também de uma pessoa que esteja preparada para compartilhar...o amor.
Somente um sentimento puro assim, seja entre namorados, noivos, casais ou entre pais e filhos, é capaz de servir de vacina para se evitar o exagero de consumo de bebida alcoólica como atenuante fuga de uma dor que nem consegue explicar pra si mesmo(a), quanto mais querer explicar para alguém porque bebe tanto.
Toda forma de dependência é involuntária, o que muda são os caminhos para se chegar até ela, uns rápidos como o crack ou cocaína, outros (como o álcool) de forma lenta feita roleta-russa, que insistem em esperar pelo disparo, quando aqui a vontade é a arma, a predisposição a bala e o álcool, bem, o álcool é a espoleta que deflagra a dependência. 
Arranja algo menos nocivo para brincar com a própria vida.  Somos pelo on que somos.

                                                 Amadeu Epifânio

Viver bem é Possível !  - Projeto Conscientizar


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