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sexta-feira, 17 de abril de 2020

COMO IDENTIFICAR O LIVRE ARBÍTRIO ?



ONDE O ENCONTRAMOS NA SOCIEDADE ?



Falar em livre arbítrio nos reporta à religiosidade e o compromisso de Deus em não interferir nos atos humanos (produto de sua criação).  Eis aí um paradigma que podemos usar neste caso. Se por um lado Deus não interfere sobre sua criação porém, quem sabe Deus não esteja nos dando uma dica de como conduzir a criação dos nossos filhos ?  Se dermos aos filhos todas as respostas que eles precisam, como irão aprender à buscar as suas próprias ?  Não seria essa a forma de respeitar o livre arbítrio deles ? 

Respeitar livre arbítrio significa permitir a liberdade de agir, que pode envolver desde pensamento, sentimentos, perdas pessoais e familiares.   Pessoas nessas situações costumam ficar irritados (uma forma de reação por não entender o momento).  Entender o momento, significa não fazer pouco caso, não julgar, não achar que merecia ou coisa do tipo, porque isso só provocará ainda mais a ira desta pessoa, sendo ela capaz de ferir para fazer calar uma ofensa ou uma crítica.

Respeitar livre arbítrio pode significar o nosso silêncio, quando teríamos a chance de dizermos tudo que pensamos para uma pessoa porém, valendo a regra do... “Quem revida perde a razão”, respeitar nosso próprio silêncio pode nos poupar de sermos mal interpretados e também condenados pela sociedade, à uma fama que só iremos adquirir se disser o que não é pra ser dito.  Alguém disse uma vez que, o silêncio vale mais que mil palavras.  Devia saber o que estava dizendo, colocando-se em situação tal, que o fez refletir e proferir à si próprio esta regra.

Se pararmos para refletir, veremos que, independente do que Deus nos tenha permitido, cada dia fazemos uso, mais do livre arbítrio  (libertinagem) do que da arte de raciocinar e refletir se, de fato devemos ir ou fazer o que nos propomos.  Todo ensinamento tem origem numa experiência anterior e pregressa, que deveria nortear nossas ações e sentimentos, para que os mesmos não nos condene à atitudes que nos leve ao arrependimento.  Por essa razão que é aconselhado:  Respeite seu próprio livre arbítrio, que pode não significar proibição mas sim, ponderar, relevar, antes de agir, à fim de certificar-se que, as consequências não serão tão desastrosas.

Outro livre arbítrio está em deixar nascer uma vida.  Isso mesmo, estou falando de aborto.  Também me refiro à mães que não desejam ter seus filhos (por qualquer razão que seja) e acabam descartando-os, jogando no lixo em sacos ou caixas ao relento, cobertos por qualquer pedaço de pano. Isso não é respeitar, mas condenar a existência, apenas por existir.

Uma única atitude de Deus tem diversas aplicações no dia dia e, nenhuma delas, objetiva nosso prejuízo, porque sempre haverá um propósito pré estabelecido e as melhores ações serão agraciadas, enquanto que as más, não merecerão o apreço de Deus, quando deixar esta vida.  Respeitar o próximo é respeitar à si próprio pois, tudo que fazemos pode ter “retorno” aqui mesmo ou na outra vida e lá, não existe negociação e o julgamento é feito por nossas próprias ações, enquanto encarnado.

A vida está prescrita para se cumprir o que está estabelecido para quem à vive. Fazer interromper a vida é prejuízo para ambos e pior para quem provocou.  Muitos agem pensando que a vida acaba aqui mesmo, que não se estende depois da morte.  Esse tipo de pensamento cria acomodação e senso de impunidade, como se nada o fizesse pensar no que fez.  É certo que terá de corrigi-lo e, mais do que isso, dependendo do caso, ainda escolherá ele mesmo, a forma que será feita, quando reencarnar (ainda que não se lembre).

Para os que sofrem nas mãos de pessoas más, saiba que, em parte está se cumprindo o que foi determinado, para corrigir erros passados e, saiba que, aquele que e exerce a maldade, o faz sem pensar no princípio de evolução espiritual que, neste caso, ainda faltará passar outras vidas, até que “caia a ficha” do que fez e do quanto precisa “passar” para aprender e crescer.  Duas vidas (espirituais) em processo reparativo e evolutivo.

Por isso a vida é essencial, como condição intrínseca para se cumprir o que foi previamente estabelecido (antes do encarne).  Como já havia dito antes, o corpo é como um imóvel alugado, que deve ser preservado e respeitando seu arbítrio livre, até o último dia de locação.  Afinal, ninguém gosta de ver seus senhos e projetos abortados não é mesmo ?

O primeiro à respeitar o livre arbítrio é quem os criou, isto é, Deus.  Mas Ele o respeita objetivando sua confiança em nós, esperando que, por livre vontade, sempre volte-mo-los à Ele, toda vez que uma injustiça tornar-se uma tarefa difícil de entender.  Em tudo há um propósito que move nossas intenções (nem sempre de caráter solidário).  É preciso entender que ficar distante de Deus é como ficar longe de casa e sentir-nos inseguros e (como numa matemática elementar), quem não sente segurança, sente medo. E é justamente este medo que leva as pessoas a agirem de forma imprudente e impulsiva.

Ouvi, no meu primeiro dia da faculdade de direito (não concluído), uma frase quase profética que dizia:  “Para vivermos em sociedade, é preciso abrir mão da própria liberdade”. (desconheço a autoria).  Ou seja, não podemos sair por aí, fazendo o que queremos, em qualquer momento.  Não respeitar o espaço e ambiente alheio, é o mesmo que levantar uma parede que nos impede de prosseguir e às vezes, por um caminho sem escolha, onde somos obrigados à nos redimir com quem ofendemos, para que ao menos, uma porta seja aberta, para seguir.  Mas a “parede, continuará erguida”.

“Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos”.  (Jean-Paul Sartre) 




Professor Amadeu Epifânio - Pesquisador/Psicanalista Auto Didata.



      



     





          

2 comentários:

  1. Olá. Obrigado pelo comentário. À priori deve seguir dois critérios básicos, deve se qualificar e entrar na fila (à depender da idade que procura). A questão do histórico familiar da criança deve ser considerado, para que não hajam surpresas com o comportamento da criança, quando atinge a puberdade, que é quando sintomas aparecem.
    Isso não é pra desestimular, é para estar preparada caso ocorra.
    A grande maioria de crianças que são postas para adoção, vem de lares desfeitos, pais viciados, espancamentos, abusos, tentativas de aborto, etc. Tudo que essas crianças precisam é acolhimento e compreensão. Boa sorte !

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