ONDE O ENCONTRAMOS NA SOCIEDADE ?
Falar em livre arbítrio nos reporta à religiosidade e o compromisso
de Deus em não interferir nos atos humanos (produto de sua criação). Eis aí um paradigma que podemos usar neste
caso. Se por um lado Deus não interfere sobre
sua criação porém, quem sabe Deus não esteja nos dando uma dica de como
conduzir a criação dos nossos filhos ?
Se dermos aos filhos todas as respostas que eles precisam, como irão
aprender à buscar as suas próprias ? Não
seria essa a forma de respeitar o livre arbítrio deles ?
Respeitar livre arbítrio significa permitir a liberdade de agir,
que pode envolver desde pensamento, sentimentos, perdas pessoais e familiares. Pessoas nessas situações costumam ficar
irritados (uma forma de reação por não entender o momento). Entender o momento, significa não fazer pouco
caso, não julgar, não achar que merecia ou coisa do tipo, porque isso só
provocará ainda mais a ira desta pessoa, sendo ela capaz de ferir para fazer calar
uma ofensa ou uma crítica.
Respeitar livre arbítrio pode significar o nosso silêncio, quando
teríamos a chance de dizermos tudo que pensamos para uma pessoa porém, valendo
a regra do... “Quem revida perde a razão”, respeitar nosso próprio silêncio
pode nos poupar de sermos mal interpretados e também condenados pela sociedade,
à uma fama que só iremos adquirir se disser o que não é pra ser dito. Alguém disse uma vez que, o silêncio vale mais que mil palavras. Devia saber o que estava dizendo, colocando-se em situação tal, que o fez refletir e proferir à si próprio esta regra.
Se pararmos para refletir, veremos que, independente do que Deus nos
tenha permitido, cada dia fazemos uso, mais do livre arbítrio (libertinagem) do que da arte de
raciocinar e refletir se, de fato devemos ir ou fazer o que nos propomos. Todo ensinamento tem origem numa experiência
anterior e pregressa, que deveria nortear nossas ações e sentimentos, para que os
mesmos não nos condene à atitudes que nos leve ao arrependimento. Por essa razão que é aconselhado: Respeite seu próprio livre arbítrio, que
pode não significar proibição mas sim, ponderar, relevar, antes de agir, à fim de
certificar-se que, as consequências não serão tão desastrosas.
Outro livre arbítrio está em deixar nascer uma vida. Isso mesmo, estou falando de aborto. Também me refiro à mães que não desejam ter seus
filhos (por qualquer razão que seja) e acabam descartando-os, jogando no lixo
em sacos ou caixas ao relento, cobertos por
qualquer pedaço de pano. Isso não é respeitar, mas condenar a existência,
apenas por existir.
Uma única atitude de Deus tem diversas aplicações no dia dia e,
nenhuma delas, objetiva nosso prejuízo, porque sempre haverá um propósito pré estabelecido
e as melhores ações serão agraciadas, enquanto que as más, não merecerão o apreço
de Deus, quando deixar esta vida.
Respeitar o próximo é respeitar à si próprio pois, tudo que fazemos
pode ter “retorno” aqui mesmo ou na outra vida e lá, não existe negociação e o
julgamento é feito por nossas próprias ações, enquanto encarnado.
A vida está prescrita para se cumprir o que está estabelecido para
quem à vive. Fazer interromper a vida é prejuízo para ambos e pior para quem
provocou. Muitos agem pensando que a
vida acaba aqui mesmo, que não se estende depois da morte. Esse tipo de pensamento cria acomodação e
senso de impunidade, como se nada o fizesse pensar no que fez. É certo que terá de corrigi-lo e, mais do que
isso, dependendo do caso, ainda escolherá ele mesmo, a forma que será feita, quando reencarnar (ainda que não se lembre).
Para os que sofrem nas mãos de pessoas más, saiba que, em parte
está se cumprindo o que foi determinado, para corrigir erros passados e, saiba
que, aquele que e exerce a maldade, o faz sem pensar no princípio de evolução
espiritual que, neste caso, ainda faltará passar outras vidas, até que “caia a
ficha” do que fez e do quanto precisa “passar” para aprender e crescer. Duas vidas (espirituais) em processo reparativo e evolutivo.
Por isso a vida é essencial, como condição intrínseca para se
cumprir o que foi previamente estabelecido (antes do encarne). Como já havia dito antes, o corpo é como um
imóvel alugado, que deve ser preservado e respeitando seu arbítrio livre, até o
último dia de locação. Afinal, ninguém
gosta de ver seus senhos e projetos abortados não é mesmo ?
O primeiro à respeitar o livre arbítrio é quem os criou, isto é,
Deus. Mas Ele o respeita objetivando sua
confiança em nós, esperando que, por livre vontade, sempre volte-mo-los à Ele,
toda vez que uma injustiça tornar-se uma tarefa difícil de entender. Em tudo há um propósito que move nossas intenções
(nem sempre de caráter solidário). É
preciso entender que ficar distante de Deus é como ficar longe de casa e sentir-nos inseguros e (como numa matemática elementar), quem não sente segurança,
sente medo. E é justamente este medo que leva as pessoas a agirem de forma
imprudente e impulsiva.
Ouvi, no meu primeiro dia da faculdade de direito (não concluído),
uma frase quase profética que dizia: “Para
vivermos em sociedade, é preciso abrir mão da própria liberdade”. (desconheço a autoria). Ou seja, não podemos sair por
aí, fazendo o que queremos, em qualquer momento. Não respeitar o espaço e ambiente alheio, é o
mesmo que levantar uma parede que nos impede de prosseguir e às vezes, por um
caminho sem escolha, onde somos obrigados à nos redimir com quem ofendemos,
para que ao menos, uma porta seja aberta, para seguir. Mas a “parede, continuará erguida”.
“Não fazemos
aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos”. (Jean-Paul Sartre)
Professor Amadeu Epifânio - Pesquisador/Psicanalista Auto Didata.
Quero adota uma BB
ResponderExcluirOlá. Obrigado pelo comentário. À priori deve seguir dois critérios básicos, deve se qualificar e entrar na fila (à depender da idade que procura). A questão do histórico familiar da criança deve ser considerado, para que não hajam surpresas com o comportamento da criança, quando atinge a puberdade, que é quando sintomas aparecem.
ResponderExcluirIsso não é pra desestimular, é para estar preparada caso ocorra.
A grande maioria de crianças que são postas para adoção, vem de lares desfeitos, pais viciados, espancamentos, abusos, tentativas de aborto, etc. Tudo que essas crianças precisam é acolhimento e compreensão. Boa sorte !