P.s.: ALGUNS ARTIGOS MEUS PODEM PARECER RADICAIS, MAS ALGUNS PAIS TAMBÉM PRECISAM DE UMA BOA PUXADA DE ORELHA.
A SOCIEDADE OS ACOLHE.
Olá Pessoal. Pra começo
de conversa, preferi usar o termo transgressor, do que psicopata, não apelando
para um termo forte demais, ainda que um psicopata seja também, um transgressor
(sem vice-versa). Transgressão pode estar
em qualquer parte, seja pagando uma propina para não levar uma multa, seja
financiando rinha entre animais, seja praticando qualquer ato que tenha por
objetivo, lesar à outrem.
Transgressão é, na verdade, um termo genérico, valendo-nos
hoje, mais de exemplos que de palavras.
Para ensinar alguém, de nada adianta gastarmos saliva, tentando
convencer que o ato que praticamos, não foi tão desonesto. Chegamos ao ponto que as palavras perderam sua essência e credibilidade (na hora de ensinar) e que a
prática de atos ilícitos, ganharam notoriedade e, estão servindo de exemplo
(imitados) para solução de muitos problemas.
Já mencionei que o inconsciente Id, se serve do “ambiente” para
buscar a melhor resposta ao momento que atravessamos, desde que o Ego não
encontre subsídios para conter os impulsos do Id (cada vez mais incisivo), se
depender da pandemia que está a sociedade, em valer-se de respostas cada vez mais
prática, rápida e eficaz (os homicídios e feminicídios que o digam). Podemos
mudar o destino de uma criança, apenas com uma ofensa depreciativa, transgredindo
nós (Pais), com isso, aos atributos paternais.
Basta uma criança criar em si própria, um conceito negativo, seja
da vida, dos pais, dos colegas, da escola, para que a sociedade (adulterada e
carente de valores), passe a alimentar tal conceito. Por ser uma questão de caráter inconsciente
e, em razão dos pais não se darem conta disso, acabam também, por alimentar o conceito
que aquela pobre criança criou, por frustrar-se do desejo inocente de um mundo
perfeito. Enquanto ninguém disser à ela que está errada, ela acreditá que seus erros estão
certos.
É óbvio que não o fazemos com a intenção de feri-la mas, também
não nos preocupamos para o paradoxo que é, tentar entender uma
criança com a visão nossa, de adulto.
Enquanto os pais não aprenderem à se “ajoelharem”, para entender a
perspectiva de uma criança, estaremos contribuindo seriamente, para uma mudança
de personalidade e paradigma desta criança, cada vez mais, para um perfil mais rebelde e, se caso
este quadro não se reverta, para um perfil mais hostil, iniciando o processo de
quebra de relação para com os pais e familiares.
Com isso, estamos entregando à sociedade (como mais um produto
criado, na fábrica de transgressão familiar), mais uma mente conturbada,
confusa, fechada para valores e aberto para associações com pessoas
semelhantes, podendo (ou não), fazer parte de um universo desprovido de valores
e princípios. Não precisaria dizer, que
este jovem (aquela criança crescida), não venha sentir falta ou saudade de sua
família mas, com as relações destruídas, é grande a angústia que lhe pesa, por
nem conseguir imaginar a razão, de estar tão longe daqueles que ama.
Situações como estas, obrigam o inconsciente à encontrar
respostas, cujo objetivo é o de manter o equilíbrio psíquico estável, de
forma rápida e eficaz. É nesta hora que
a cocaína é lembrada, como “remédio” rápido e eficaz, para estes tipos de
problemas e, como o inconsciente Id não mede consequências, também não pensa na compulsão, que se iniciará e sabe-se lá, quando irá terminar.
A transgressão não está só na sociedade pois, esta apenas
recebe os “novatos”, acolhe e os direciona para onde melhor se adaptar. A transgressão está principalmente, dentro
dos lares, das famílias, nas relações, na falta de diálogo, no castigo como
disciplina e na falta de afeto por punição.
Transgressores formando novos transgressores, numa corrente
interminável e se achando certo acima de tudo.
Não é preciso “quebrar” sempre, o afeto de uma criança. Apenas
uma vez. Basta que não nos preocupemos
em corrigir o conceito que passa alimentar sobre aquele que lhe feriu, que
passará à acreditar que a vida é simples, desde que não pensemos no bem estar
dos outros, tornando-nos indiferente aos mesmos. Transgredir na função de tutores paternos e
maternos, é falhar na missão espiritual de cuidar dos irmãos menores, uma vez
que somos todos, irmãos em Cristo, não somos ?
Pois é, precisaremos voltar (reencarnar) para reescrever nossa história, tudo
outra vez e, da próxima, cuidar para que não esqueça das mesmas “vírgulas”, as
quais o fez reprovar em sua missão.
AINDA HÁ TEMPO DE CORRIGIR O NOSSO “SCRIPT”, CHAMAR OS FILHOS E
REATAR OS LAÇOS, ADMITINDO TER SE COMPORTADO COMO UM ESTÚPIDO.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador / Psicanalista Auto-didata.
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