A
VISÃO REAL QUE DEVEMOS TER SOBRE OS FILHOS.
Não poderia comparar melhor a ideia de percepção, do que uma
“visão de Raios X”. Os Pais de hoje estão
se distanciando cada vez mais dos filhos, por não terem a percepção da situação
real destes, nos casos em que estão sofrendo, mas exibindo uma falsa boa
aparência, para esconder o que de fato estão sentindo por dentro e pior, vendo
nos pais uma postura de indiferença, sem demonstrar ou perceber, maiores
interesses na vida deles.
Muitas vezes não é uma tarefa fácil, perceber mudança nos
filhos (o que vai depender do tipo de relacionamento doméstico). Já é padrão, pais encherem os filhos de
vontades, pra terem seu tempo livre e manter os filhos ocupados, enquanto estes
desejam (em vão) o acolhimento e convívio dos pais.
Uma forma de descobrir o quanto os filhos
estão insatisfeitos ou inconformados com os pais, é quando demonstram interesse
demasiado e expressivo, em qualquer coisa que não os pais, como um tipo específico de alimento,
apego à determinados brinquedos, desejo ardente por um celular, etc. Birras, rebeldias e ciúmes, também são indicação
de que estão indignados com algum tipo de ocorrência, considerado injusto por
eles.
Cobrar dos filhos, posturas que ainda não lhe foram ensinadas,
óbvio que não se pode dizer que seja algo justo ou correto. Promessas que sabe que não poderá cumprir,
também causa enorme frustração e perda de confiança e, recuperar, nunca é
fácil. Ter, em relação aos filhos, a
pretensão de que os mesmos não percebem quando a relação conjugal dos pais não
vai de vento em polpa, é utopia, especialmente quando são pequenos.
Percepção se faz obrigatória, quando os filhos trazem consigo (ao
nascerem), algum tipo problema médico ou psicológico, os quais necessitam de
ajuda e apoio para lidarem com o problema em questão. Eles sabem que algo não está bem, embora não
consigam compreender o que tem. Não dá
mais (como antigamente) tentar ludibriar os filhos com historinhas, para
distraí-los dos próprios problemas ou dos pais.
Até os 3 anos de idade, é um
período crítico para uma criança (ou feto), constituir algum tipo de
transtorno, como ansiedade, depressão, esquizofrenia, Autismo, entre
outros.
Ninguém nasce com esses transtornos, eles são constituídos pela
falta de compreensão sobre o que os faz sofrer. Sofrimento aqui (pelo olhar perceptivo), não
tem a mesma magnitude que à dos adultos porém, para os pequenos é tão doloroso
ou perturbador quanto, especialmente se estiver no período de idade já
mencionado.
Crianças terem percepção, parece ser um dom ou, mecanismo de
defesa (inconsciente) para não surtarem.
Quanto não é percepção, é a imaginação que flui e domina, engrandecendo
sensações e dores, em algo além de sua capacidade e tolerância, seja para suportar
ou aceitar qualquer coisa que lhes causa medo, dores “específicas” (como em
abusos), maus tratos advindo de quem devia amá-los, etc.
Outra capacidade de percepção é demonstrada, quando os filhos
assiste suas mães serem espancadas pelos pais (ou padrastos) que, à depender da
idade e do que viu, pode ficar guardado no reprimido inconsciente e, demonstrar
mais tarde, quando adulto, em mulheres que estarão (inconscientemente)
representando o papel de sua mãe. É como
numa peça teatral, cada um cumpre seu papel, a criança (já adulta) no papel do
agressor e a mulher que sofre as agressões, no papel da mãe. Infelizmente isso é algo que irá se repetir,
enquanto não for tratado ou... ao menos contido.
Ninguém faz nada de graça.
Nada acontece por acaso, sem que haja uma motivação ou gatilho
psicológico. Só é preciso estudar seu passado, que se
achará a causa que o deixou transtornado.
Percepção há de ser uma defesa natural do ser humano, como quem diz ter
pressentimento de algo ruim que vai acontecer e.... acaba acontecendo. Voltando ao relacionamento com os filhos, a
falta de percepção dificulta saber se os mesmos estão atravessando problemas
como Bulliyng, rompimento de namoro, drogas, sofrimento profundo e até
suicídio.
Isso por faltar-lhes maturidade,
à qual deveria tê-los (por formação), para dar-lhe entendimento e saber aceitar
o que considera impossível resolver em dado momento. Em relacionamentos amorosos, o uso da
percepção torna-se uma obrigatoriedade, quando para conhecer bem, seu
pretendente. O namoro tem que ser mais
longo que o casamento. rsrs
Percepção (ou sua falta) pode mudar o destino de uma pessoa ou
evitar que algo de pior aconteça. Tudo depende do quão aguçado estiver, sua percepção.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Autodidata.
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