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domingo, 16 de fevereiro de 2020

SENDO ESPÍRITO QUE SOMOS...



COMO AGIMOS SOBRE A CARNE ?


Esta é uma pergunta que já nos fizemos uma centena de vezes, imagino.  Como o espírito e a carne se fundem para formar uma única pessoa ?  Afinal,  sob qual influência age meu corpo ?  Teria eu, a autonomia para me auto governar ?   Haverá respostas à tantas perguntas ?

Para responder à tantas indagações, precisamos primeiro identifficar os personagens.  Quais são ?  O corpo, os inconscientes e o espírito.   Os inconscientes agem sobre o corpo, objetivando manter o equilíbrio psíquico do mesmo, porque ?  Para que o corpo possa “obedecer” aos comandos do inconsciente, em forma de ação, reação e respostas, perante demandas e estímulos, os quais os inconscientes recebem centenas de vezes, ininterruptamente, sendo percebido através dos nossos sentidos de percepção e encaminhados para os inconscientes Ego e Id, à fim de saber qual dos dois irá promover a resposta que preciso e de que forma.

O Ego é o inconsciente racional, responsável por administrar o corpo, tão logo este receba as primeiras informações, à partir do nascimento do corpo.  Enquanto isso, compete ao Id a proteção do corpo que habita.  Ambos, Ego e Id, nascem junto com a formação do corpo no útero materno.  Num estágio tão precoce, se não há formação, também não há trabalho para o Ego, cabendo apenas ao Id, a tarefa de proteger o corpo.  Como ?  Gravando e guardando experiências e sensações (desagradáveis ou perturbadoras), passadas e sentidas durante o restante da sua gestação, para fazer relembrar, depois de nascido e crescido, à fim de restabelecer o equilíbrio psíquico, provocado pela experiência perturbadora.  O problema é que não é entendido desta forma e, por isso vira transtorno.

Após nascido, mais informações são incorporadas ao pequeno ser, como por exemplo o reconhecimento da voz materna e paterna, além de outras experiências.  O que quer que lhe tenha ocorrido durante a gestação (de perturbador), poderá influenciar sobre a criança, dependendo do tipo e intensidade, já à partir do nascimento (como Autismo) bem como nas idades mais avançadas, em outros tipos de transtorno.

Mas afinal, onde entra o espírito em tudo isso ?  Existem dúvidas quanto ao momento em que o espírito, de fato, assume o corpo em que irá habitar, em sua existência.  Alguns afirmam ser, já, à partir da fecundação, enquanto outros, durante a formação do feto ainda no útero.  Seja como for (e o momento que for), é crucial afirmar que a presença do espírito é verdadeira e que sua influência é real, precisando apenas, definir quando isso ocorre de fato. 

É sabido que ambos os inconscientes não brigam entre si, pela governabilidade do corpo e que, cada qual, tem sua “jurisdição” e momento específico para atuar, dependendo do quanto de conhecimento já tiver adquirido, bem como sua relevância para o seu entendimento, como ser corpóreo e espiritual.

Já havia afirmado que o corpo obedece aos inconscientes e estes agem conforme os estímulos que recebem e que, ao processá-los, a respectiva resposta é repassada ao corpo, o qual agirá segundo o que foi ordenado, por um dos inconscientes.  É justamente neste momento, que o espírito age, interferindo no processo de resposta, fazendo com que o faça de forma racional e segura, tanto para si, quanto para outrem.  Podemos dizer que o inconsciente Id pode ter encontrado um concorrente de comando ou (para o Ego), um apoio para as decisões mais racionais, seguras e produtivas.  O espírito se põe entre o inconsciente e o corpo, para filtrar as respostas que este último recebe, interferindo conforme o “poder” que lhe confere, desde que, se fazendo conhecer (por estudo), à fim de ganhar “força” perante os desejos carnais.

Quando erramos, o fazemos por desconhecimento da ciência espiritual (e não por enfraquecimento deste).  A humanidade tem nos dado um repertório de exemplos errados, os quais estão sendo seguidos pelo inconsciente Id, por ser maioria perante exemplos que deveriam norteá-los e, cujo os quais só não estão sendo neutralizados, por falta de bons conhecimentos (para enriquecer o Ego) e por desconhecimento espiritual, o qual seria determinante no controle do corpo, perante avalanche de modelos destrutivos, cujo os quais estão corroborando para a extinção da raça humana.

Enquanto uma minoria de cientistas fazem de tudo para descobrir formas de salvar vidas (provando a união corpo-espírito-ego), a grande massa despreza esses esforços, agindo segundo seus instintos, cheios de ausência de vida, valores, princípios e espírito.

NÃO SOMOS CORPO COM ESPÍRITO.  SOMOS ESPÍRITO QUE HABITA UM CORPO. ENQUANTO NÃO ACEITARMOS, SEREMOS ESPÍRITOS ERRANTES NESTE MUNDO, LIMITADOS E IMPEDINDO A PRÓPRIA EVOLUÇÃO.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Autodidata.     
                                      







 

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