COMO AGIMOS
SOBRE A CARNE ?
Esta é uma pergunta que já nos
fizemos uma centena de vezes, imagino. Como
o espírito e a carne se fundem para formar uma única pessoa ? Afinal, sob qual influência age meu corpo ? Teria eu, a autonomia para me auto governar
? Haverá respostas à tantas perguntas ?
Para responder à tantas indagações,
precisamos primeiro identifficar os personagens. Quais são ?
O corpo, os inconscientes e o espírito.
Os inconscientes agem sobre o corpo, objetivando manter o equilíbrio
psíquico do mesmo, porque ? Para que o
corpo possa “obedecer” aos comandos do inconsciente, em forma de ação, reação e
respostas, perante demandas e estímulos, os quais os inconscientes recebem
centenas de vezes, ininterruptamente, sendo percebido através dos nossos
sentidos de percepção e encaminhados para os inconscientes Ego e Id, à fim de
saber qual dos dois irá promover a resposta que preciso e de que forma.
O Ego é o inconsciente racional,
responsável por administrar o corpo, tão logo este receba as primeiras
informações, à partir do nascimento do corpo. Enquanto isso, compete ao Id a proteção do
corpo que habita. Ambos, Ego e Id,
nascem junto com a formação do corpo no útero materno. Num estágio tão precoce, se não há formação,
também não há trabalho para o Ego, cabendo apenas ao Id, a tarefa de proteger o
corpo. Como ? Gravando e guardando experiências e sensações
(desagradáveis ou perturbadoras), passadas e sentidas durante o restante da sua
gestação, para fazer relembrar, depois de nascido e crescido, à fim de
restabelecer o equilíbrio psíquico, provocado pela experiência perturbadora. O problema é que não é entendido desta forma
e, por isso vira transtorno.
Após nascido, mais informações são
incorporadas ao pequeno ser, como por exemplo o reconhecimento da voz materna e
paterna, além de outras experiências. O
que quer que lhe tenha ocorrido durante a gestação (de perturbador), poderá
influenciar sobre a criança, dependendo do tipo e intensidade, já à partir do
nascimento (como Autismo) bem como nas idades mais avançadas, em outros tipos
de transtorno.
Mas afinal, onde entra o espírito em
tudo isso ? Existem dúvidas quanto ao
momento em que o espírito, de fato, assume o corpo em que irá habitar, em sua
existência. Alguns afirmam ser, já, à
partir da fecundação, enquanto outros, durante a formação do feto ainda no
útero. Seja como for (e o momento que
for), é crucial afirmar que a presença do espírito é verdadeira e que sua
influência é real, precisando apenas, definir quando isso ocorre de fato.
É sabido que ambos os inconscientes
não brigam entre si, pela governabilidade do corpo e que, cada qual, tem sua “jurisdição”
e momento específico para atuar, dependendo do quanto de conhecimento já tiver
adquirido, bem como sua relevância para o seu entendimento, como ser corpóreo e
espiritual.
Já havia afirmado que o corpo obedece
aos inconscientes e estes agem conforme os estímulos que recebem e que, ao
processá-los, a respectiva resposta é repassada ao corpo, o qual agirá segundo
o que foi ordenado, por um dos inconscientes.
É justamente neste momento, que o
espírito age, interferindo no processo de resposta, fazendo com que o faça
de forma racional e segura, tanto para si, quanto para outrem. Podemos dizer que o inconsciente Id pode ter
encontrado um concorrente de comando ou (para o Ego), um apoio para as decisões
mais racionais, seguras e produtivas. O
espírito se põe entre o inconsciente e o corpo, para filtrar as respostas que
este último recebe, interferindo conforme o “poder” que lhe confere, desde que,
se fazendo conhecer (por estudo), à fim de ganhar “força” perante os desejos
carnais.
Quando erramos, o fazemos por
desconhecimento da ciência espiritual (e não por enfraquecimento deste). A humanidade tem nos dado um repertório de
exemplos errados, os quais estão sendo seguidos pelo inconsciente Id, por ser
maioria perante exemplos que deveriam norteá-los e, cujo os quais só não estão
sendo neutralizados, por falta de bons conhecimentos (para enriquecer o Ego) e
por desconhecimento espiritual, o qual seria determinante no controle do corpo,
perante avalanche de modelos destrutivos, cujo os quais estão corroborando para
a extinção da raça humana.
Enquanto uma minoria de cientistas
fazem de tudo para descobrir formas de salvar vidas (provando a união corpo-espírito-ego), a grande massa despreza
esses esforços, agindo segundo seus instintos, cheios de ausência de vida,
valores, princípios e espírito.
NÃO SOMOS CORPO COM ESPÍRITO.
SOMOS ESPÍRITO QUE HABITA UM CORPO. ENQUANTO NÃO ACEITARMOS, SEREMOS
ESPÍRITOS ERRANTES NESTE MUNDO, LIMITADOS E IMPEDINDO A PRÓPRIA EVOLUÇÃO.
Professor
Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista
Autodidata.
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