Projeto VIVA +

domingo, 3 de julho de 2016

TRANSTORNOS SÃO GERADOS NA INFÂNCIA !


NÃO DEIXE SEUS FILHOS TEREM OS SEUS !


Transtornos Psiquiátricos (com exceção da depressão), são todos provenientes de algum momento da infância da criança, desde a sua fase intra-uterina até o seus 3 anos aproximadamente (podendo se estender um pouco mais, dependendo do seu desempenho cognitivo).  Não precisam ser, necessariamente grave, exceto se não para o entendimento de um bebê ou de um feto.   No artigo recente em meu blog, sobre transtorno Borderline (postado em 31/maio último), citei algumas condições que são essenciais para se determinar o tipo de construção de um transtorno numa criança, à saber:

a) Idade ou tempo de vida da criança ou do feto;
b) Tipo de evento (gerador) ocorrido;
c) Grau de severidade deste evento;
d) Ambiente em que está inserido.

A combinação desses fatores pode (ou não) levar uma criança à desenvolver algum tipo de transtorno psiquiátrico.  Importante frisar que nenhum transtorno nasce pronto, mas sim, construídos de forma gradativa e progressiva com o desempenho cognitivo;  os acontecimentos e sua freqüência aritmética durante certo tempo.  Tudo isso não implica dizer que os filhos são "imexíveis", que não se deve tocá-los. Não vamos exagerar.  Mas que também não devemos deixá-los à deriva, achando que irão conseguir entender e aceitar tudo que lhes acontece.

Uma simples birra de criança não é caso de punição ou castigo por exemplo e sim, uma chance de investigar quais motivações estariam provocando aquelas reações.  É o caso de chamá-los para uma conversa, propor-lhes não castigá-los com o que disserem (mesmo relacionado aos pais).       A motivação pode estar no "pecado" dos pais em fazer algo diferente do que pregaram aos filhos ou criarem concepções imaturas, à cerca de algo que tenha tomado como injusto.

O que pode acabar gerando, nos filhos, um problema psicológico não é apenas o fato em si, ocorrido apenas uma vez (exceto senão por algo muito grave), mas sim a periodicidade com que um mesmo fato ocorra várias vezes, durante certo período de tempo.  Só se torna psiquiátrico o psicológico que não é relevado nem tratado em tempo hábil.  Com relação ao que pode ser grave, para uma criança de primeiros meses por exemplo, é ver a "figura" paterna batendo na mãe, vendo-a chorando e gritando de dor, enquanto o pai grita mas com ofensas e/ou ameaças.

Para um feto, um ambiente conflituoso, de constantes brigas, estado tenso e contínuo da mãe e com certa freqüência, gera para o feto o conceito do seu ambiente como sendo um lugar inseguro, além de toda perturbação e vozes decorrentes, que ficarão gravados, guardados e parte deles, bloqueados da memória (como defesa da mente), para que o feto possa desenvolver-se bem quando nascer, até atingir idade suficiente para que seja relembrado da pendência guardada, para que tome ciência, entenda o que se passou e aí sim, essas memórias serem finalmente eliminadas  e sua influência, cessada.  Enquanto isso não é feito, aquelas vozes (e o estado tenso correspondente) estarão sempre presentes e ativas, como se tivessem ouvidos ainda ontem, porque no inconsciente (segundo Freud), o tempo não existe.  Essas vozes ficam ecoando e perseguindo onde quer que vá, porque o feto estava ainda dentro do ventre quando às ouvia, por isso a sensação persecutória.

Estamos falando de caso típico de Esquizofrenia, onde sua tipologia está condicionada com as variações decorrentes de intensidade, vivenciadas ainda na fase fetal.

Uma boa prevenção, para se evitar que uma criança venha desenvolver algum tipo de transtorno, está numa boa educação, nutrida com ensinamentos, orientações, esclarecimentos, discernimento, diálogos, partilha, princípios solidários, etc.  Porque diálogo ?   Porque nos dias atuais, famílias não conversam mais, apenas se comunicam (vem comer, vai dormir, volta logo, boa noite). Ajudá-los à tomar decisões, ao invés de apenas fazer as vontades, também gera forte contribuição para o intelecto deles, fortalecendo seu psicoemocional.
  
A inserção de valores deve ser feita de forma indireta (não apenas com "discursos" moralistas).  Harmonia conjugal e familiar (aritmeticamente) constante;  Religião ou espiritualidade, também de forma indireta, porque não adianta os filhos nos ver os pais rezar e depois presenciar atitudes que não condizem com os ensinamentos sagrados que pregam ou que eles ouvem falar.

Ser humano nasce sem o seu manual de utilização, razão pela qual não consegue manter-se em "linha reta" por muito tempo e está sempre em situação de conflito, em geral consigo mesmo, não conseguindo fazer com que seus "descendentes" tenham uma vida mais segura e estável que a sua.


ProfAmadeu Epifânio

              

Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.

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