CULTURA
DO IMEDIATISMO. (2ª Parte) - Transtornos Psiquiátricos
Por causa da cultura do imediatismo,
quando os pais agem em represália à gestos de malcriações, pirraças e
rebeldias, para com os filhos ainda pequenos, a falta de paciência tem sido um
grande entrave nas relações familiares, suprimindo diálogos e afetos que
poderiam ser utilizados para contornar esses momentos.
Ninguém faz nada se não em razão de algo
que o motive, portanto, nada é gratuito, apenas com o propósito de tirar a
tranquilidade dos pais. Saibam que se os
filhos agem desta forma, muito provável que a tranquilidade deles tenha sido
“roubada” antes, seja por atitudes dos próprios pais ou irmãos (que não é
difícil, por motivos de ciúmes) ou mesmo por transtornos psiquiátricos ainda
não detectados ou investigados.
São vários os transtornos acometidos por
crianças (ou desde criança), que vão desde transtornos de alimentação, déficit
de atenção, hiperatividade, bipolaridade, entre outros. A melhor forma de se detectar alterações de
comportamento é estabelecer, desde cedo um padrão de comportamento dos filhos
sob várias circunstâncias e aspectos, à fim de se apurar se um determinado
comportamento está dentro ou fora do seu habitual.
Antes de apelar para o castigo ou
palmadas, recomenda-se investigar, junto ao médico, primeiro psicólogo, depois
um psiquiatra, à fim de descobrir se o comportamento está ligado à alguma forma
de transtorno e, em caso positivo, que seja iniciado o tratamento, pois quanto
antes melhor, para que a criança possa ter direito à uma vida normal, tanto
familiar quanto escolar.
No começo, às vezes, é difícil definir
corretamente, tanto a medicação quanto a dosagem da mesma, haja vista que,
mesmo em sintomas semelhantes, cada criança reage de forma diferente e
distinta, o que atrapalha um pouco o psiquiatra acertar de pronto logo na
primeira tentativa. Em face disto,
recomenda-se maior atenção, na criança, quanto aos sintomas e reações ao
medicamento, manifestados por elas, pois isso poderá ajudar muito o médico a
ministrar a combinação correta, não por falta de capacidade profissional mas, por
reações distintas à transtornos semelhantes.
Transtornos podem vir junto com a
criança ou serem provocados no decorrer da sua convivência em família. O que a criança pode vir à contrair, pode não
ser especificamente o transtorno em si, mas algo que dificulte seu
entendimento, principalmente em idade ainda muito tenra e que, com os desafios
presentes num mundo moderno, essa dificuldade ganhe a forma de um transtorno,
resultado provável do mecanismo de defesa desta criança em relação à um episódio que, para ela (ou sua mente) e
sua idade, tenha sido considerado como algo danoso, perigoso ou tenha oferecido
risco à sua integridade psicológica.
À partir daí (e se não for
diagnosticado), é tendência da mente desta criança, manter esta forma
alternativa (ou paralela) de vida, face à sua concepção ainda de risco,
presente na sua vida, no seu ambiente ou apenas na sua mente. Tal comportamento assumirá uma condição
inconsciente, onde a criança manifestará suas ações de forma involuntária.
A medicação psiquiátrica, muito
provavelmente, vem bloquear essa concepção, devolvendo ao paciente (à criança
ou adulto) o controle voluntário sobre suas ações (enquanto sob efeito absoluto
da medicação). Nossa mente tem o propósito de promover nosso equilíbrio
psíquico e consequentemente, nosso bem estar.
Enquanto sob efeito de medicação, esta condição está sendo alcançada e
mantida; ao contrário que, se a
medicação é interrompida pelo paciente, a condição de bem estar se anula e, não
sendo possível promove-lo, muito provável que a mente opte pelo suicídio, por
não ter condições de promover mais, o seu bem estar. Evidente que isso é apenas uma das hipóteses,
em algumas situações.
Tratamento e medicação nunca podem ser
interrompidos, exceto se por ordem ou autorização do médico responsável pelo
tratamento. Se o tratamento não
corresponde, busque uma segunda opinião, mas sem abandonar médico nem medicação
atual, pois de alguma forma, embora não cem por cento, o remédio pode estar
ajudando. Abandonar medicação ou
tratamento sem orientação, pode significar começar tudo outra vês.
Paciência e serenidade, os remédios
certos em qualquer situação.
Amadeu
Epifânio
PROJETO
CONSCIENTIZAR – VIVER BEM É POSSÍVEL !
Corrigindo
Passos para um Caminho Seguro.
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