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domingo, 23 de fevereiro de 2014

CULTURA DO IMEDIATISMO. (2ª Parte) - Transtornos Psiquiátricos


Por causa da cultura do imediatismo, quando os pais agem em represália à gestos de malcriações, pirraças e rebeldias, para com os filhos ainda pequenos, a falta de paciência tem sido um grande entrave nas relações familiares, suprimindo diálogos e afetos que poderiam ser utilizados para contornar esses momentos.

Ninguém faz nada se não em razão de algo que o motive, portanto, nada é gratuito, apenas com o propósito de tirar a tranquilidade dos pais.  Saibam que se os filhos agem desta forma, muito provável que a tranquilidade deles tenha sido “roubada” antes, seja por atitudes dos próprios pais ou irmãos (que não é difícil, por motivos de ciúmes) ou mesmo por transtornos psiquiátricos ainda não detectados ou investigados.

São vários os transtornos acometidos por crianças (ou desde criança), que vão desde transtornos de alimentação, déficit de atenção, hiperatividade, bipolaridade, entre outros.  A melhor forma de se detectar alterações de comportamento é estabelecer, desde cedo um padrão de comportamento dos filhos sob várias circunstâncias e aspectos, à fim de se apurar se um determinado comportamento está dentro ou fora do seu habitual.

Antes de apelar para o castigo ou palmadas, recomenda-se investigar, junto ao médico, primeiro psicólogo, depois um psiquiatra, à fim de descobrir se o comportamento está ligado à alguma forma de transtorno e, em caso positivo, que seja iniciado o tratamento, pois quanto antes melhor, para que a criança possa ter direito à uma vida normal, tanto familiar quanto escolar.

No começo, às vezes, é difícil definir corretamente, tanto a medicação quanto a dosagem da mesma, haja vista que, mesmo em sintomas semelhantes, cada criança reage de forma diferente e distinta, o que atrapalha um pouco o psiquiatra acertar de pronto logo na primeira tentativa.  Em face disto, recomenda-se maior atenção, na criança, quanto aos sintomas e reações ao medicamento, manifestados por elas, pois isso poderá ajudar muito o médico a ministrar a combinação correta, não por falta de capacidade profissional mas, por reações distintas à transtornos semelhantes.

Transtornos podem vir junto com a criança ou serem provocados no decorrer da sua convivência em família.  O que a criança pode vir à contrair, pode não ser especificamente o transtorno em si, mas algo que dificulte seu entendimento, principalmente em idade ainda muito tenra e que, com os desafios presentes num mundo moderno, essa dificuldade ganhe a forma de um transtorno, resultado provável do mecanismo de defesa desta criança em relação  à um episódio que, para ela (ou sua mente) e sua idade, tenha sido considerado como algo danoso, perigoso ou tenha oferecido risco à sua integridade psicológica.

À partir daí (e se não for diagnosticado), é tendência da mente desta criança, manter esta forma alternativa (ou paralela) de vida, face à sua concepção ainda de risco, presente na sua vida, no seu ambiente ou apenas na sua mente.  Tal comportamento assumirá uma condição inconsciente, onde a criança manifestará suas ações de forma involuntária.

A medicação psiquiátrica, muito provavelmente, vem bloquear essa concepção, devolvendo ao paciente (à criança ou adulto) o controle voluntário sobre suas ações (enquanto sob efeito absoluto da medicação). Nossa mente tem o propósito de promover nosso equilíbrio psíquico e consequentemente, nosso bem estar.  Enquanto sob efeito de medicação, esta condição está sendo alcançada e mantida;  ao contrário que, se a medicação é interrompida pelo paciente, a condição de bem estar se anula e, não sendo possível promove-lo, muito provável que a mente opte pelo suicídio, por não ter condições de promover mais, o seu bem estar.  Evidente que isso é apenas uma das hipóteses, em algumas situações.

Tratamento e medicação nunca podem ser interrompidos, exceto se por ordem ou autorização do médico responsável pelo tratamento.  Se o tratamento não corresponde, busque uma segunda opinião, mas sem abandonar médico nem medicação atual, pois de alguma forma, embora não cem por cento, o remédio pode estar ajudando.  Abandonar medicação ou tratamento sem orientação, pode significar começar tudo outra vês.

Paciência e serenidade, os remédios certos em qualquer situação.


                                           Amadeu Epifânio


PROJETO CONSCIENTIZAR – VIVER BEM É POSSÍVEL !

Corrigindo Passos para um Caminho Seguro.




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