Projeto VIVA +

sábado, 29 de abril de 2023

SÍNDROME DE TOURETT

UMA MÍMICA (NÃO MUITO) DIFÍCIL DE ENTENDER.



Já havia mencionado em artigos anteriores, aqui mesmo no Blog, à respeito da tentativa do nosso inconsciente, em tentar transmitir à outras pessoas, fatos ocorridos em seu primeiro ano de vida, os quais tenha assistido, presenciado ou participado e, cuja sensação resultante, tenha ficado gravado em seu reprimido, em intensidade específica correspondente. Intensidade essa, que se torna variável à medida que ficamos sem entender a razão do problema (sua existência e persistência).


Existem dois inconscientes (Ego e Id). Ao primeiro compete assessorar o corpo, valendo-se da formação recebida (criação), enquanto que, ao segundo compete o mesmo papel porém, com “acervo” diferenciado. Como estamos falando de uma faixa etária precoce (primeiro ano de vida) e, por não ser dotado ainda, da respectiva criação e formação, o inconsciente que cumprirá o papel de tentar transmitir (através da mímica), a ocorrência que lhe causou o transtorno do Tourett, será o Id.


As características da Síndrome de Tourett são:


- Repetitividade (frequência dos tiques)

- Intensidade específica (independente, sem padrão)

- Agressividade (quando há perda de tolerância)

- Tique verbal (gritos curtos)

-Tique corporal (inquietação)


As prováveis causas estão relacionados à:


- Sustos (relacionado a barulhos e gritos)

- Assistir brigas e filmes excitativos

- Brincadeiras com crianças pequenas (de até 3 anos)

- Brincadeiras com Pet’s


Como a capacidade cognitiva de um bebê é muito restrito, qualquer brincadeira tende a causar excitação com demasiado excesso. A combinação que gera o tourett é EXCITAÇÃO SEM ENTENDIMENTO. À cada dia aumenta cada vês mais, o número de pessoas portadoras de algum tipo de transtorno e, pouco se entende e menos ainda se sabe a respeito.

Com relação aos pet’s, como os bebês percebem os cães ? (suas brincadeiras, correrias e lambidas). Apesar de brincar, sorrir, gargalhar, os bebês apenas brincam e se diverte porém, sem nada entender sobre seu momento. As reações geram euforia e nervosismo, em respectiva intensidade. Da formação fetal até que complete 1(um) ano de vida, tudo que um bebê mais precisa é tranquilidade e brincadeiras sem muita excitação. É nessa hora que as mães “reclamam”, quando os bebês não conseguem dormir à noite, que em vês disso, preferem brincar. Eles simplesmente não dormem, porque não conseguem relaxar. Ainda estão vivendo a excitação das brincadeiras do dia. Precisam ficar uns minutos, parado, para deixar o sono vir e se instalar.

Se pararmos para observar, bebês prematuros também tem tiques, quando vislumbram o que veem e sentem ao seu redor em dado momento, com a rapidez de alternância de movimentos, como os cães e outras crianças, deixando os bebês excitados. Sei o quanto a gargalhada de um bebê é a coisa mais gostosa do mundo, de se ouvir, mas é preciso evitar exagêros.

Voltando ao Tourett, os tiques são reações de um bebê de até1(um) ano de vida, tentando ainda entender o mundo ao seu redor, buscando identificar as sombras e vultos, como sendo do pai, da mãe, do vovô, da vovó, dos irmãos etc. Para entender como pensa um bebê, tente se imaginar dentro de uma caixa fechada (que significa não entender nada), sendo rodeado de repente por vozes, gritarias e latidos (quando há). É preciso termos a percepção visual, auditiva e sensitiva dos bebês, para tentar entender seus limites de tolerância, quanto ao mundo que o cerca.

Tourett é um transtorno, sujeito à crises e sintomas como qualquer outro (nesse caso, contínuo). O que nos faz levá-lo com pessimismo, é o fato de não entendermos sua existência e contínua frequência. Como já disse antes, sofremos mais, por não entender do que pelo problema em si. Já sabemos que os tiques provém do primeiro ano de vida, da combinação de excitação com não entendimento. Adivinhar o que pode ter acontecido é difícil, mas podemos presumir prováveis fatores, à se juntar com os que relacionei no início deste artigo.

O objetivo não é descrever com precisão a causa principal do tourett em cada portador, mas saber que a causa específica (seja ela qual for), foi gerada por situações comuns do cotidiano (e não por um distúrbio neurológico). O objetivo do inconsciente não é o de atormentar-nos, mas fazer-nos chegar o mais perto possível da compreensão do problema, porque através dele vem junto, mais tranquilidade, menos tensão e quem sabe, a redução progressiva dos tiques. O que o inconsciente quer é fazer entender, para extinguir o problema. Agora sabemos por onde começar.


Professor Amadeu Epifânio – Psicanalista Cognitivo.




Nenhum comentário:

Postar um comentário