Projeto VIVA +

sábado, 11 de março de 2023

Nossas Respostas não são Meramente Aleatórias...

... ELAS SEGUEM UM PADRÃO PRÉ-ESTABELECIDO.



           
                  Prezados, lembram daquelas indagações, as quais (até hoje) não tínhamos ainda a resposta ?  Tipo: "Onde estava com a cabeça para fazer aquilo ?"  ou  "Como fui capaz de fazer tal coisa ?"  ou  "Olha, eu posso jurar que não tive nenhuma intenção maldosa".

                 De acordo com o gráfico (acima) que eu desenvolvi, tudo começa com estímulos provenientes do ambiente em que vivemos, independente de local ou convivência, de forma consciente ou inconsciente.  O que é preciso saber é que todos os estímulos terão resposta (ainda que ficar sem resposta seja também uma decisão tomada).  Nossos sentidos de percepção ficam encarregados de recepcionar esses estímulos e encaminhá-los imediatamente ao nosso inconsciente.  A agilidade conta, pois há respostas que não podem esperar (não é verdade ?).

                   Mas o problema nem sempre é o tempo de resposta e sim, a "natureza" delas.  O tipo de estímulo determina o tipo de resposta, com base no tipo de conhecimento adquirido, somado à quantidade aritmética de experiências emocionais, as quais irão (ou não), influenciar a intensidade de resposta que será dada, seja ela em forma de ação ou reação.  Para se ter a ideia do quanto a rapidez de resposta também é fundamental, lembremos do quanto de decisões variadas são tomadas ao longo do dia, todas cobrando uma resposta ou definição.

                    Mas as respostas não saem no "tapetão" instantaneamente, elas devem passar por dois tipos de filtros (quando temos e usamos).  O pensamento, via de regra, antecede a ação, dando-nos a chance de buscar a melhor resposta, objetivando o menor dano colateral. Não obstante à isso, temos um outro recurso que, se bem escolhido, poderá filtrar grande volume de respostas, gerando mais estabilidade psicoemocional, preparando-o para decisões futuras.  Trata-se de um propósito que, se bem definido, poderá alterar o rumo das respostas (para melhor), também visando o melhor resultado possível.  


                         Nossa vida gira em torno de Prazer e Desprazer, isto é, para toda forma de desprazer, nosso corpo precisa encontrar um prazer para contê-lo.  E é aqui que as coisas começam à ficar complicadas.    Como falei no início, ser ágil não depende diretamente de uma decisão mas, do fato de termos (e buscarmos) o melhor conhecimento e as melhores experiências emocionais, uma vez que são estas que poderão evitar ou atenuar os efeitos de uma resposta "não muito desejada".  Isso porque os estímulos são recepcionados por um inconsciente racional, responsável por nos dar a melhor resposta.  Mas, isso precisa ser feito em tempo hábil porque, não encontrando o que procura, quem passa à ter a "jurisdição" de resposta à demanda, é outro inconsciente, de caráter impulsivo, não perdendo muito tempo em escolher a resposta, optando pela mais conveniente porém, sem medir consequência, além de desconsiderar riscos iminentes de uma escolha mal feita.  

                      Como exemplo temos os feminicídios, como "melhor" resposta encontrada por este inconsciente, para demandas que envolvam problemas de rompimento de namoro ou de relação.  Está claro que neste caso, a racionalidade não pôde ser usada (não por incompetência do inconsciente racional) mas, por este não encontrar subsídios em seu acervo, que favorecesse o corpo à lidar com seus infortúnios.  A resposta simplesmente é manifestada, proporcional à demanda, embora nem sempre favorável ou racional.

   ESCOLHA UM PROPÓSITO OU CRIE O SEU E PERSIGA !

                          Já ouvimos falar de livre arbítrio. Via de regra ele é usado para escolher apenas a direção, sendo o caminho, consequente.  Escolher direção é fácil, já o caminho é deixado em segundo plano, como se não fosse difícil passar.  Tolerância emotiva quase sempre é ultrapassado, por não relevar sua importância e o resultado acaba não servindo para conter um sofrimento, quando mais se precisa.  Decisões geram consequências, das quais a maioria é difícil lidar.  Sufoque suas amarguras com um propósito e diminua as chances de tomar decisões erradas.
                         
                                        


Professor  Amadeu Epifânio - Psicanalista Cognitivo 









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