O HOMEM - A ARMA MAIS LETAL DA GUERRA.
Para
que haja guerra não é preciso que líderes mande nos matar uns aos
outros, basta que cada um sinta-se “livre” para liberar todos
seus traumas, revoltas, sentimentos hostis de uma vingança infantil.
Isso mesmo, somos marionetes do desejo infantil, que muitas vezes
não se resume apenas em querer um brinquedo. Tudo que consideramos
injustos e que nos fez sofrer “lá atrás”, não ficou perdido
quando tivemos um sorriso, ficou gravado e guardado, como um disco
rígido, como
uma arma pronta pra ser usada.
Quando
nos tornamos adulto, podemos ter deixado apenas a criança física
para trás, mas o que ficou gravado não se perdeu. Ou seja, o
desejo inocente da criança de revidar tudo que lhe fizeram,
permanece.
Não
são as armas que matam, na
guerra,
são os homens, somos nós, quando damos àquela criança, todo poder
e liberdade de fazer o que sempre quis e que na guerra tem a sua
chance. Quando isso acontece, tudo que somos não tem mais, a menor
importância, porque a criança agirá sozinha, livre, sem freio,
motivada ainda por centenas de outras “crianças” com propósitos
iguais.
Soldados
não estão na guerra lutando por seu País ou
por uma causa
(isso é o que os fazem pensar e acreditar). Soldados estão na
guerra, liberando seus traumas, usando os adversários como
personagens dos que lhes fizeram mal algum dia, de alguma forma.
Todos nós fazemos o que fazemos, sob a falsa crença de acreditar
estarmos no controle, de que somos nós que desejamos e fazemos. Que
somos nós que matamos, por
razões que julgamos e juramos serem ser certas.
Se
cada homem, se cada pessoa que se alista, soubesse que uma guerra
teria o risco iminente de acontecer e
estando
todos eles sob sua consciência e
sem traumas, sem a sua criança querendo a inocente vingança, todos
largariam
suas armas, abandonariam seus tanques e seus jatos, seu lançador de
mísseis e seus fuzis, porque
saberiam que estariam sendo “usados” por um propósito absurdo,
para entrar numa briga que não é sua. Se os líderes não se
entendam, que eles mesmos vão pra rua brigar e resolver suas
diferenças.
É
sempre mais fácil decidir por uma guerra, quando se tem nas mãos um
arsenal em seu favor (acreditando ser maior que o do outro). Mas
este arsenal humano é na verdade, um monte de crianças que
desejaram, um dia, fazer com “o outro” o mesmo que lhe fizeram.
Não estão na guerra pra defender seus líderes e sua causa
estúpida. E olha que não são poucos a esnobar com arrogância,
que estão fazendo o que querem.
Vivemos
para proteger nossos medos e tudo faremos para proteger os nossos.
Damos o boi pra não entrar numa guerra, nos esquecendo que já
juntamos uma boiada pra ficar nela, não por ideais (porque não
somos nós), mas para satisfazer “vontades” que nem sabíamos que
existia e que nós, nos tornamos a maior de todas as armas, mais
letal que qualquer bomba atômica, porque ela precisa de mim para
acioná-la. Só que não serei eu à fazer isso, mas outra pessoa
dentro de mim, porque
“ela” não mede consequência nem pressente perigo”,
simplesmente faz.
Não
permita que use vocês, não permita não ser você.
Professor
Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-Didata
PROJETO
VIVA+
Por
um Caminho (e um mundo) + Seguro. (para todos nós).
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