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sábado, 23 de abril de 2016

LUCROS COM SOFRIMENTO ALHEIO


 ISSO PRECISA PARAR !


"Mais que um conjunto de fatos, a ciência é um modo de ver e de entender o que ocorre na natureza, uma maneira de pensar.  A idéia de que a matéria é formada por átomos é um dos pilares do conhecimento científico.  Mas como seria o átomo ?  Temos ciência de que o átomo é invisível, não permitindo uma descrição que o caracterize.

Se a ciência busca o invisível e as teorias são enunciadas sobre esse invisível, estamos em maus lençóis.  Fatos não explicam nada.  Pelo contrário, eles constituem o problema a ser resolvido. Os dados estabelecem que (para ser resolvido), exige um pulo mental do observador. 

Ele deve construir mentalmente, coisas que nunca viu, para explicar aquelas que vê.  O Princípio da inércia, a lei da gravidade, teoria da evolução, a idéia do inconsciente (desenvolvida por Freud), não são elas construção da imaginação, provocadas por dados problemáticos ?  Um cientista sem imaginação é como um pássaro sem asas."

(Do livro "Química - Transformações e Aplicações - Ática - Volume 3 - de Eduardo Roberto da Silva - Olímpio Salgado e Ruth Hashimoto da Silva).


No que concerne aos transtornos psiquiátricos, o homem parou de pensar, não avançou, estacionou.  Se acomodaram em apenas conter ou controlar (ao invés de resolver e curar).  Apelam para a aplicação de drogas farmacêuticas, muitas vezes sem a certeza da precisão de sua eficácia, em razão de uma ineficiente investigação à cerca (não do transtorno em si), mas de como ele esteja atuando em cada paciente, pois que os sintomas de cada transtorno, em cada paciente, dá-se de forma específica, por ter sido fundamentada no seu histórico de vida individual.

As drogas desenvolvidas pela indústria farmacêutica, com destinação e aplicação em pessoas com transtornos psiquiátricos, nem de longe (com raras exceções), estão atingindo seu objetivo de promover uma melhora do quadro patológico do problema (se é que existe tal propósito). Também à eles (laboratórios) caberia o cunho investigativo, em desenvolver drogas mais eficazes.  Em oposto à isso estão os psiquiatras, confiando cada vês mais nos relatos de seus pacientes e cada vez menos em seus próprios instintos e profissionalismo, buscando desenvolver formas de extrair com precisão e veracidade, os reais sintomas e reações de seus pacientes.

É preciso que a comunidade médica desenvolva métodos de investigação à cerca dos problemas clínicos e psiquiátricos de pessoas com transtornos.  Não se pode confiar cegamente no testemunho deles, não porque mentem, mas porque não conseguem descrever de forma correta e precisa os sintomas que sentem e suas variações e intensidades.  Esta iniciativa (de maior investigação) ajudaria à definir melhor o quadro clínico, obrigado a indústria farmacêutica à produzir medicamentos mais eficazes (ao invés dos caros e onerosos placebos).

Tratamento de transtornos psiquiátricos, hoje, é muito oneroso. Compreende primeiramente os altos valores das consultas médicas com psiquiatras, quando não, através dos planos de saúde, cujos valores também não são nenhum refresco, além de contribuir para a baixa qualidade dos atendimentos, pois que os médicos se obrigam à ter de atender maiores quantidades para compensar os baixos valores repassados pelas operadoras de saúde.

Em seguida vem os altos preços dos medicamentos controlados, cuja "cifra" já nos deixa financeiramente doentes, fazendo com que muitos fiquem sem a devida e necessária assistência, por não terem condições de arcar com tamanho fardo, de natureza involuntária, de influência psicológica inconsciente.  É de suspeitar que esses medicamentos, ditos controlados, tenham seus preços de venda elevados, não por custos que justificam tais valores, mas por ganância, em face à centenas de pessoas que necessitam desses medicamentos para tentarem ter uma vida mais próxima possível do normal.

Deixo aqui meu apelo, para que as autoridades, tanto no Brasil (através da Vigilância Sanitária) quanto em outros países onde haja a matriz ou filial, onde qual é produzido, que cheguem junto aos laboratórios e investiguem se os custos de produção dos medicamentos controlados, justificam os valores aplicados nas farmácias.  Se necessário, que se abra uma CPI dos medicamentos controlados, para apurar tais abusos.

Precisamos dar um basta na lucratividade da "indústria da loucura".   Pessoas estão se mutilando e se suicidando por não agüentarem seus sofrimentos, enquanto outros lucram com isso.

ProfAmadeu Epifânio



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