CUIDADOS ESPECIAIS PREVINEM PROBLEMAS FUTUROS.
O Projeto que desenvolvo
(VIVA+), estuda no ser humano o seu processo de tomada decisão, desde sua fase
gestacional, passando pela infância, juventude, adolescência, até chegar na
fase adulta. Pois bem, vamos falar da
fase gestacional, fase importante para o processo de formação e amadurecimento
cognitivo, através da experiências vivenciadas durante esta fase, cuja as
mesmas são armazenadas ou bloqueadas, conforme a demanda do momento.
Experiências
consideradas traumáticas para o feto, são bloqueadas de sua memória, como
defesa da mente, para não ver seu pequeno "transporte" sucumbir
diante do desconhecido, onde somente mais tarde ele será devidamente lembrado,
para ter ciência do fato (muito embora essa lembrança se dê de forma
inconsciente). Algumas recomendações
considero oportuno lembrar, para que este bebê possa ter uma gestação saudável,
tanto no âmbito físico quanto principalmente no psicológico.
Recomendável que os pais
ou somente a mãe faça uma espécie de diário do bebê, relatando todos os fatos
ocorridos durante tanto a gestação quanto dos primeiros meses, até os 3 anos de
idade (podendo chegar aos 5). Porque ? Nós, pais, nos esquecemos de
"ajoelhar" quando o assunto é tentar entender os filhos (fetos e
bebês já nascidos), o que acaba passando batido, momentos que para as crianças
são consideradas como fortes ou de natureza grave (repito, pra elas), mas que,
para os pais, não costuma ter a mesma relevância, porque simplesmente não o
vimos "sofrer" diante do mesmo evento. Certas informações de
experiências que ocorrem durante a gravidez, podem ter relevância durante a
consulta com o pediatra, para no mínimo poder se anular determinadas causas
para alguns tipos de problemas que a criança venha a apresentar.
Em meus estudos, percebi
que muitos dos transtornos psiquiátricos, tem sua construção na fase infantil,
que vai desde a gestação (com feto já formado) até uns 3 anos em média, que
associando à faixa etária + o evento ocorrido + a severidade (que nem precisa
ser tanto) + o ambiente em que vive, pode levar a criança à formar e
desenvolver determinado tipo de transtorno. Contudo, alguns fatores podem fazer
diminuir a severidade do mesmo, após o desenvolvimento desta criança, quando
ainda na juventude ou já na fase adulta.
Cada pessoa possui histórico diferente para um mesmo transtorno.
Um dos fatores é o do
diário do bebê, onde tudo deve ser anotado, qualquer tipo de susto, briga,
discussão, barulho excessivo, enfim. Porque ? Estes eventos (se muito
perturbador para a criança) são bloqueados e separados da memória, para futuramente
serem relembrados e então resolvidos. O problema é que as lembranças se dão de
forma inconsciente, o que deixará a criança, jovem ou adulto, muito perturbado
com sintomas, cujo os quais não conseguem discernir sua procedência,
desenvolvendo inclusive manifestações involuntárias, como crises relacionadas.
Nessa hora que entra o
famoso diário. Vejam, algumas
manifestações das crianças ou dos jovens (durante uma crise) dão sinais ou
pistas de fatos ocorridos lá atrás e transcrito no diário, no que os pais lerão
e tentarão ver a similaridade dos eventos e relatar ao filho, que o seu
problema pode estar ligado à determinada ocorrência, por isso os sintomas
relativos. Se os pais não conseguirem fazerem essa correlação de fatos, o
diário será útil e oportuno para especialidades médicas que poderão recorrer,
como pediatras psicólogos ou psiquiatras.
Outro fator preventivo
está na atitude da gestante, quando após um susto ou briga, recolher-se em
ambiente seguro e tranqüilo da casa, acomodar-se confortavelmente e acariciar a
barriga, conversando com o bebê, para tentar acalmá-lo do susto que passou ou
da briga que "sentiu" dentro do útero. Isso com certeza irá amenizar o impacto da
experiência que vivenciou e que, se a mente resolver bloquear, com certeza será
algo de menor poder ofensivo para o intelecto do bebê que se refletirá no
futuro com menor complexidade.
Para se tentar entender
uma criança de primeiros meses, devemos nos ajoelhar; para entender um bebê prematuro, devemos
deitar de bruços. Isso significa que, se quisermos entender, primeiramente
precisamos ter sensibilidade para sentir como ela e ouvi-los, como eles
gostariam. Estabeleça desde cedo o
perfil dos filhos, para que diferenças de comportamento ou temperamento, possam
ser prontamente identificados, esclarecidos e tratados (se for o caso), ao
invés de ficarmos acreditando que tudo é coisa de criança pequena, crença que
poderá levar à conseqüências mais sérias futuramente, senão graves.
Fetos e bebês podem
ainda não falar, mas com certeza tentam de todo modo, passar o que estão
sentindo, cabendo aos pais saber identificar este "diálogo" e mais,
dialogar com eles. Bebês e fetos
registram seus momentos e os tomam como referência para eventos subsequentes e
futuros, para que à partir de então, os mesmos vão sendo endossados ou
contrariados e cuja resposta ou resultado, vão sendo manifestados
principalmente por seu temperamento.
Esperemos saber interpretar, corresponder ou corrigi-los rsr.
O mundo mudou e à cada
geração que se inicia, os bebês estão vindo adaptados às novas mudanças, cada
vez mais auto-suficientes. Se os pais
não se adequarem, eles atingirão sua puberdade e independência cada vez mais
cedo, desvinculando-se dos laços familiares antes de serem devidamente educados
e culturalmente instruídos, tornando-se potencialmente vulneráveis.
Parece cedo preocupar-se
com isso ? Espere pra ver.
Amadeu Epifânio
WhatSapp: 21-96774-1555
Nenhum comentário:
Postar um comentário