Projeto VIVA +

domingo, 11 de outubro de 2015

GESTAÇÃO.


CUIDADOS ESPECIAIS PREVINEM PROBLEMAS FUTUROS.



O Projeto que desenvolvo (VIVA+), estuda no ser humano o seu processo de tomada decisão, desde sua fase gestacional, passando pela infância, juventude, adolescência, até chegar na fase adulta.  Pois bem, vamos falar da fase gestacional, fase importante para o processo de formação e amadurecimento cognitivo, através da experiências vivenciadas durante esta fase, cuja as mesmas são armazenadas ou bloqueadas, conforme a demanda do momento.

Experiências consideradas traumáticas para o feto, são bloqueadas de sua memória, como defesa da mente, para não ver seu pequeno "transporte" sucumbir diante do desconhecido, onde somente mais tarde ele será devidamente lembrado, para ter ciência do fato (muito embora essa lembrança se dê de forma inconsciente).   Algumas recomendações considero oportuno lembrar, para que este bebê possa ter uma gestação saudável, tanto no âmbito físico quanto principalmente no psicológico.

Recomendável que os pais ou somente a mãe faça uma espécie de diário do bebê, relatando todos os fatos ocorridos durante tanto a gestação quanto dos primeiros meses, até os 3 anos de idade (podendo chegar aos 5). Porque ? Nós, pais, nos esquecemos de "ajoelhar" quando o assunto é tentar entender os filhos (fetos e bebês já nascidos), o que acaba passando batido, momentos que para as crianças são consideradas como fortes ou de natureza grave (repito, pra elas), mas que, para os pais, não costuma ter a mesma relevância, porque simplesmente não o vimos "sofrer" diante do mesmo evento.   Certas informações de experiências que ocorrem durante a gravidez, podem ter relevância durante a consulta com o pediatra, para no mínimo poder se anular determinadas causas para alguns tipos de problemas que a criança venha a apresentar.

Em meus estudos, percebi que muitos dos transtornos psiquiátricos, tem sua construção na fase infantil, que vai desde a gestação (com feto já formado) até uns 3 anos em média, que associando à faixa etária + o evento ocorrido + a severidade (que nem precisa ser tanto) + o ambiente em que vive, pode levar a criança à formar e desenvolver determinado tipo de transtorno. Contudo, alguns fatores podem fazer diminuir a severidade do mesmo, após o desenvolvimento desta criança, quando ainda na juventude ou já na fase adulta.  Cada pessoa possui histórico diferente para um mesmo transtorno.

Um dos fatores é o do diário do bebê, onde tudo deve ser anotado, qualquer tipo de susto, briga, discussão, barulho excessivo, enfim. Porque ? Estes eventos (se muito perturbador para a criança) são bloqueados e separados da memória, para futuramente serem relembrados e então resolvidos. O problema é que as lembranças se dão de forma inconsciente, o que deixará a criança, jovem ou adulto, muito perturbado com sintomas, cujo os quais não conseguem discernir sua procedência, desenvolvendo inclusive manifestações involuntárias, como crises relacionadas.

Nessa hora que entra o famoso diário.  Vejam, algumas manifestações das crianças ou dos jovens (durante uma crise) dão sinais ou pistas de fatos ocorridos lá atrás e transcrito no diário, no que os pais lerão e tentarão ver a similaridade dos eventos e relatar ao filho, que o seu problema pode estar ligado à determinada ocorrência, por isso os sintomas relativos. Se os pais não conseguirem fazerem essa correlação de fatos, o diário será útil e oportuno para especialidades médicas que poderão recorrer, como pediatras psicólogos ou psiquiatras.

Outro fator preventivo está na atitude da gestante, quando após um susto ou briga, recolher-se em ambiente seguro e tranqüilo da casa, acomodar-se confortavelmente e acariciar a barriga, conversando com o bebê, para tentar acalmá-lo do susto que passou ou da briga que "sentiu" dentro do útero.  Isso com certeza irá amenizar o impacto da experiência que vivenciou e que, se a mente resolver bloquear, com certeza será algo de menor poder ofensivo para o intelecto do bebê que se refletirá no futuro com menor complexidade.

Para se tentar entender uma criança de primeiros meses, devemos nos ajoelhar;   para entender um bebê prematuro, devemos deitar de bruços. Isso significa que, se quisermos entender, primeiramente precisamos ter sensibilidade para sentir como ela e ouvi-los, como eles gostariam.  Estabeleça desde cedo o perfil dos filhos, para que diferenças de comportamento ou temperamento, possam ser prontamente identificados, esclarecidos e tratados (se for o caso), ao invés de ficarmos acreditando que tudo é coisa de criança pequena, crença que poderá levar à conseqüências mais sérias futuramente, senão graves.

Fetos e bebês podem ainda não falar, mas com certeza tentam de todo modo, passar o que estão sentindo, cabendo aos pais saber identificar este "diálogo" e mais, dialogar com eles.   Bebês e fetos registram seus momentos e os tomam como referência para eventos subsequentes e futuros, para que à partir de então, os mesmos vão sendo endossados ou contrariados e cuja resposta ou resultado, vão sendo manifestados principalmente por seu temperamento.  Esperemos saber interpretar, corresponder ou corrigi-los rsr.

O mundo mudou e à cada geração que se inicia, os bebês estão vindo adaptados às novas mudanças, cada vez mais auto-suficientes.  Se os pais não se adequarem, eles atingirão sua puberdade e independência cada vez mais cedo, desvinculando-se dos laços familiares antes de serem devidamente educados e culturalmente instruídos, tornando-se potencialmente vulneráveis.

Parece cedo preocupar-se com isso ?  Espere pra ver.


Amadeu Epifânio
              

WhatSapp: 21-96774-1555


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