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segunda-feira, 4 de maio de 2020

COMO SALVAR NOSSOS FILHOS...



 PRA QUE NÃO PULEM DO BARCO ?



Prezados leitores, fiz questão de escolher, especificamente, esta foto (acima), por ser uma atitude bastante comum, ocorrendo em filmes, novelas e na vida real.  Ela retrata a figura de um ser humano pulando do barco, após sentir sua permanência ou viagem ameaçada.  Um retrato bastante comum da realidade do ser humano, hoje em dia.  Sempre que seu ambiente (onde reside), começa à tomar ares de que está “afundando”, a primeira providência como reflexo (ou extinto), é tentar afastar-se o quanto puder. Certo ?

Pois bem, não há restrições quanto a idade, gênero ou parentesco, de que tal decisão seja necessária num dado momento.  Existem variáveis que poderão (ou não) influenciar a decisão, avaliando se os fatores que induzem ao feito, serão repetitivas, determinantes ou oscilatórios e o quanto.  Muitos não aprimoram sua percepção, à fim de perceber o quanto suas ações (como pais) estão provocando nos filhos, conceitos negativos, os quais poderão levar para a vida adulta, carregando consigo ainda, complexos ou transtornos psicológicos, que levarão para a vida toda.

A grande maioria dos fatores que influenciam as decisões dos filhos, em querer pular fora do barco, vem de muito cedo, alguns casos ainda do ventre materno, gerando problemas como esquizofrenia, ansiedade e autismo.  Se não tiverem nada até o nascimento, os problemas podem tender para ansiedade, Tdah, Pânico ou Depressão (nunca mais do que um).   São fatos considerados cotidianos, sem valor ou dano, achando que foram esquecidos quando a criança age ou brinca naturalmente, sem saber que a ofensa ou bronca que recebeu, ficará gravado e guardado dentro de si, pelo resto da vida (como em todos nós), podendo ou não interferir.

Mas o que significa a expressão “pular do barco” ?  Os filhos pequenos não podem fazer tal coisa, o que certamente estariam fora do contexto, certo ? Errado !  Esta expressão vale para todas as idades se, provocado por uma circunstância que obriga os filhos à se defenderem e se protegerem psicoemocionalmente, à fim de que possam manter seu desenvolvimento, de maneira estável e saudável.  O que provoca nos filhos, tais medidas auto-preventivas, é uma situação da qual já citei em outros artigos, que é a falta de percepção Etária, isto é, não colocar-se em idade semelhante à dos filhos, para tentar compreender a percepção deles ou, saber qual abordagem utilizar, proporcional ao tamanho e idade, frente à uma travessura.

Cada idade procede conforme as experiências já adquiridas e armazenadas em seu próprio HD, ficando à cargo dos inconscientes, administrar as causas, efeitos e defesa, sendo uma delas a expressão “pular do barco”, ou seja, manifestar interesse em outros focos e atenções que não os pais, uma vez que, com estes, já tenha experimentado o significado da palavra frustração ou decepção.  A mudança de foco pode estar ligado à diversas coisas, conforme o ambiente e convivência familiar. Assim como os pais se esmeraram pra errar, agora mais ainda pra corrigir o erro.

À depender de cada situação, se desvantajosa ou negativa para os filhos, estes agem conforme seus inconscientes que, por sua vez, pelo (tipo de) conhecimento adquirido até aquele momento, podendo vir à brigar pelo seu foco, representado pelo gesto de rebeldia, à depender da idade, temperamento e personalidade.  Vou dar uma dica aos pais, o qual espero que propaguem para outros pais que conheçam, por tratar-se de uma orientação essencial para o bom desenvolvimento das relações com os filhos.

A primeira regra (sempre com a palavra PERCEPÇÃO em mente), é perceber, desde cedo, o perfil do filho ou filha, fecundado e já formado no útero e, à partir de então, ter atenção ao comportamento e alterações de humor (que sempre irão ocorrer).  O apego à figura materna é natural, em razão do processo de simbiose, isto é, o ato de preferirem a mãe, o mais próximo e pelo maior tempo possível, enquanto amamenta ou é posto para dormir.  A figura paterna muitas vezes no início, é tida como concorrente ao afago materno.  Observar o comportamento e intervir nas mudanças, representa para os filhos, que eles não estão só.  Por outro lado, a não percepção, omissão ou negligência com a dor dele, poderá ser representado como frustração, iniciando neles o conceito respectivo.  Por essa razão é essencial que exercitem o raciocínio e a reflexão.

Persistindo a desatenção, progride para o temperamento, exigindo com mais ardor suas preferências, exigindo do pais “desavisados”, atitudes como castigo e punições, contribuindo para progressão do temperamento para a personalidade, ficando agora, muito mais difícil reverter o quadro rebelde e afastamento afetivo para com os pais (ou um dos dois).   Por tratar-se (sua nova personalidade) de um processo de natureza aritmética, da mesma forma exigirá esforço e tempo demasiado, para reverter tal postura.  Se, em razão dessa personalidade, a casa virar um campo de batalha pela conquista da razão, o filho poderá (tão logo sua condição lhe permita), pular literalmente do barco, preferindo passar mais tempo fora de casa do que do convívio familiar.

Não preciso dizer que tal condição o torna vulnerável à influência de portadores de drogas de toda espécie, especialmente cocaína, que é por onde a dependência começa. Existem fatores que podem impedir este tipo de ameaça ou adiar sua revolta para o hábito de beber, até que adquira a compulsão alcoólica.  E pensar que tudo começou por uma bronca, censura ou castigo, os quais evoluíram para um progresso mais tragicamente inocente, sem se quer, manifestar intenção de contrair tais tipos de escravidão psicológica.

Num ciclo interminável, transferimos aos filhos a educação que recebemos, sem grande progressos, sendo eles próprios, ou adotados.  Nos anos 50/60 a educação era uma só, austera em qualquer parte do planeta.  Hoje não, temos centenas de milhares de famílias, com seu modo peculiar de só criar em vez de educar.  Na concepção atual, criar é o que fazemos com os animais de estimação e educar, é ensinar aos filhos, noções do que seja certo e errado.  Não os ensinamos à exercitar o raciocínio e reflexão, à fim de que possam julgar com aprofundamento e prudência.  Em vez disso são levados pela correnteza do erro, inveja, ciúme, agressividade e letalidade por banalidade.  Um dos inconscientes era pra ser dotado de princípios, mas não são fortes o bastante, contemplando a zona de conforto em que vivem, sem expressar interesse em novos aprendizados, especialmente com os erros, dores e sofrimentos.

Crianças precisam aguçar sua criatividade e destinar para objetivos que engrandecem sua auto estima, não precisando tanto dos elogios de terceiros.  Smartfones não servem apenas para procurar Pokemons, jogos ou conversar com estranhos pelo Whatsap.  Eles também servem para pesquisa escolar, supermercados e lojas de autopeças, se ½ palavra basta.


É no problema da educação que assenta o

grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.

(Immanuel Kant)


   Professor Amadeu Epifânio
   Pesquisador/Psicanalista Autodidata.









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