INVERTA OS CONCEITOS.
O que eu quero dizer
com “inverta os conceitos” ? Significa
que uma grande maioria de portadores de transtornos, já se encontram descrentes,
seja com uma possibilidade de cura, seja com alguns (longos) momentos de paz
ou, que exista psiquiatras que almejam mais, o bem estar dos seus pacientes, do
que satisfazer apenas, a indústria farmacêutica.
Monitorar o tratamento
é uma forma eficaz de garantir estabilidade, tanto de sintomas, quanto
emocional, podendo garantir condições para exercer tarefas de natureza profissionais,
pessoais e domésticas. Criar o próprio
prontuário, anotando horários de medicamentos, eficácia de efeito, tempo de
duração e início e final do mesmo. A
regularidade do tratamento é fator primordial, como não esquecer de tomar e criar
condições que façam lembrar de tomá-lo na hora certa. Levá-lo consigo e usar o
sistema de alerta de mensagens ou despertador do celular (não esquecer que o
alerta só funciona se o celular se mantiver ligado, especialmente à noite e
madrugada).
Outra coisa que
devemos nos atentar são os sintomas.
Tipos, duração, o que se passa, as pessoas que estão perto, o tipo de
conversa, o tom de voz, o ambiente em que se encontra, enfim, tudo que puder ser
transcrito para um livro ou diário.
Depois de um certo tempo, será possível descobrir os fatores que
desencadeiam os sintomas, permitindo evitá-los que aconteça. O mesmo deve ser feito em relação às crises.
Situações presentes, que se assemelham ao passado, é o que faz recordar os
sintomas.
Para portadores de
esquizofrenia, tenha em mente que as vozes que escuta são reflexos do passado,
possivelmente no período gestacional, depois de formado. Ninguém está mandando
você fazer nada, isso são resultantes de brigas domésticas, ouvidas ainda
dentro da barriga. Um feto (o corpo),
pode não entender as palavras, mas seu inconsciente sim e mescla com o dia a
dia da criança e depois quando jovem. Precisa prestar atenção nos momentos que
trazem essas vozes e também no que é dito durante a crise. Se puder gravar, para ouvir mais de uma vez,
melhor, pois desta forma poderá entender melhor e descobrir as pessoas que
estão em discussão e a razão da mesma. Não sofremos pelo transtorno, mas por
não entendê-lo.
O inconsciente nasce
junto com a conclusão da formação do feto no útero. Este período é crucial para
ele, pois estará gravando e guardando consigo, tudo que lhe acontecer doravante
(seja bom, triste ou perturbador). As
experiências ficam gravadas em lugar à parte, na mente (como num HD de computador). Algumas experiências tem uma intensidade
relevante, cuja qual necessita ser extinta, mas para que isso seja possível, é
preciso que se faça ter ciência do fato e somente então, ele é extinto.
Compete ao
inconsciente (Id), a tarefa de interpretar o fato e repassar ao corpo, para que
este tome conhecimento e se anule. O
problema é a compreensão dos fatos, uma vez que o inconsciente (mesmo estando
nós, mais velhos), está preso à idade em que ocorreu o fato mais intenso,
tentar descrevê-lo é difícil. Entendam
que, intenso não implica gravidade.
Tenso é a intensidade do evento aos olhos da criança, que pode ser um
susto, uma sombra na parede, um barulho maior do que seus frágeis ouvidos podem
aguentar, enfim, intenso, para um feto (não para a idade adulta). Isso mesmo, um transtorno parece forte,
intenso, apenas por estar sendo sentido por um feto e não por nós. O corpo adulto amplifica a sensação sentida
pelo feto ou, por uma criança de até 3 anos de idade (no que se refere à outros
tipos de transtorno). O período para se
constituir um transtorno é desde a idade fetal até os 3 anos de idade.
Sim, o livro de
classificação do CID-10 é grosso, então como se explica haver centenas de
transtornos, à serem constituídos em um período de tempo relativamente curto
? Para que um transtorno seja
constituído, é condição intrínseca, que o portador não tenha a menor lembrança
do fato gerador. Daí o período tão tenro
de idade. Segundo: Um trauma (infantil), para que se transforme
em transtorno, depende de alguns fatores primordiais como:
a) Idade no momento do
trauma (ou evento);
b) Tipo de evento
c) Intensidade do
evento (volume, gritaria, fogos, etc)
d) Tipo de ambiente em
que vive a criança (localidade)
e) Tipo de convivência
familiar
A variação desses fatores, é que determinará o tipo e grau de
(severidade) do transtorno. Cada
portador tem graus diferentes de tipo e severidade. O tratamento, para que tenha êxito, exige a
colaboração do portador (mesmo que o psiquiatra não saiba rsr). Ou seja, cabe ao portador, saber relatar com
o máximo de detalhes, tudo que decorre do seu transtorno. Não ficar achando que tem este ou aquele
transtorno, isso será feito pelo psiquiatra ou terapêuta. Mas o portador precisa estar ciente do quanto
e em quê, de que forma, o transtorno o atrapalha e o que seria o ideal, para
poder fazer o que é preciso, isto é, quanto tempo de efeito e em que momento do
dia, precisa mais dele. Compreendem a
importância da participação do paciente no tratamento ?
Alguns portadores querem ao menos, poder dormir com tranquilidade,
outros precisam de concentração para trabalhar ou ler um relatório ou
livro. No momento que conseguir o que
almeja, gradativamente destinará mais tempo à sua atividade, de forma
progressiva. Existem 4 formas de lidar
com transtorno:
1) Apenas com medicação
2) Apenas com terapia
(difícil mais, possível)
3) Com ambas as formas
4) Indiferente ao
transtorno, sem remédio nem terapia (mais difícil, mas não impossível).
Uma pessoa só pode ser chamada de Guerreiro, se vencido várias
batalhas. Somos mais fortes do que imaginamos.
Só nos achamos ser fracos, porque não olhamos para trás, para ver o que
já percorremos. Ninguém disse que a vida
seria fácil.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Autodidata.
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