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sábado, 28 de julho de 2018

SÍNDROME DE ASPERGER



A DIFERENÇA ESTÁ DENTRO DE CADA UM.




Pessoal, estava vendo os sintomas de uma criança com síndrome de asperger e notei que essas crianças (em razão de sua super dotação), na verdade possuem um grau de percepção, à mais do que em outras crianças, seja autistas ou normais.  Esta percepção concentram-se nas capacidades auditiva e/ou visual, mesmo quando ainda muito pequenos.

Eu já havia dito antes que, mesmo a criança (física), muitas vezes, não estar prestando atenção, por exemplo, em um programa na TV de seu quarto, seu inconsciente, ao contrário, está atento e captando quase tudo, visualmente e/ou de forma auditiva.  Este conhecimento não se perde, fica "guardado", à espera de ver o corpo crescer, para então poder exibir o que assimilou, tendo agora (o inconsciente) maior comando sobre o corpo que o abriga.  Este mesmo princípio ocorre com qualquer pessoa, de criança à adulto.

O fato da criança manifestar sua “nova habilidade” (super dotação), seu inconsciente o está fazendo, sob o propósito de avisar à outrem (pais e parentes), o que essa criança assimilou, em dado momento do seu crescimento e desenvolvimento.  Vale lembrar que, o ambiente (familiar) é um grande propiciador de comportamento infantil, podendo ser responsável por uma percentagem significativa, na formação “especial” do Asperger.

É relatado (por algumas literaturas sobre o tema) que, o asperger poderia desenvolver algumas comorbidades, de natureza orgânica, como problemas gastrointestinais, refluxos gástricos, dores, etc, bem como adquirir transtorno de ansiedade.  Na verdade, não é difícil o aparecimento de ansiedade ou expectativa, quanto à saber, quando ocorrerá a próxima crise de estômago, porém, esta ansiedade não está presente como transtorno e sim, como sintoma consequente da condição clínica da pessoa com asperger.  É preciso prestar mais atenção quanto aos sintomas se, são decorrentes ou consequentes ao quadro clínico.

Muitas crianças adquirem essa capacidade de percepção e, sentem-se desconfortados por sua habilidade, convertendo sua habilidade psicológica em problemas orgânicos, como gastrite por exemplo.

Devo lembrar que, a demonstração dessa capacidade perceptiva (pelo inconsciente), assemelha-se à de uma crise de um transtorno e, se ela se manifesta de forma contínua (às vezes), é porque seu Ego (lado racional do inconsciente), não assimilou, ainda, seu conhecimento característico, para conter a influência do Id (inconsciente imaturo), que fez a gravação da habilidade.

Tal habilidade perceptiva, pode ser relevada porém, não de forma excessiva e exclusiva mas, combinada com a vida normal.   Uma atenção excessiva sobre a sua capacidade, causará desconforto na criança, tendo em vista que ela nem sabe o que está acontecendo e que, sua habilidade (repito) dá-se como uma crise de transtorno, com os mesmos altos e baixos.  Tem que se deixar fluir suas habilidades mas, sem exageros, devendo prevalecer mais, a criança normal que há dentro dela. 

Uma conversa com a criança (asperger), revelando-o sobre suas habilidades, pode ajudar muito pois, sabendo do que se trata, o desconforto poderá reduzir significativamente, podendo ele mesmo explicar, à colegas de escola, sobre sua “diferença”, em relação aos colegas, evitando que ocorra até, uma situação de Bullying escolar.  Outro benefício do diálogo está no fato da criança não sentir-se sozinha em seus conflitos, sentindo-se mais amparado. Afinal, vale sempre lembrar que, não sofremos por ter transtorno mas, por não entendê-lo.

Crianças com Asperger desejam relacionar-se, como uma forma de compensação à sensação estranha, que o fato de ser asperger, lhe causa.  Enquanto essa amizade não aparece, o asperger sente-se diferente e isolado.

Todos nascemos diferentes, em relação aos nossos “semelhantes” e, sofremos, quando outrem não entendem e não aceitam e ainda tiram sarro ou fazem críticas depreciativas à respeito.  O que quero dizer é que, já deveríamos estar “calejados” desse comportamento, à ponto de sabermos como lidar com uma criança especial, que torna-se diferente, apenas na visão de quem não se esforça para entendê-lo.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista

               

 Contatos:  https://www.facebook.com/Prof.EpifanioAmadeu


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