VENENO E CURA DE TODOS OS NOSSOS
TRANSTORNOS.
Olá, tenho acompanhando nos grupos de
pessoas que sofrem de transtornos psiquiátricos e também todos que sofrem de
dependência, tanto química quanto alcoólica e tenho visto neles uma
característica que é comum em todos. Mas
esta característica não tem uma relação direta, mas indireta, subjetiva aos
fatores que desencadeiam as crises em todos os transtornos, bem como a reincidência
nas diversas formas de dependência psicológica.
A tolerância (mais especificamente a falta
deste) tem se tornado o amargo algoz na vida de muitos, pois a intolerância tem
se tornado o precipício da razão, levando-os à agirem de maneira irracional
diante de situações consideradas banais, onde as circunstâncias nem de longe
provocariam tais reações, o que nos leva à crer na subjetividade das mesmas.
Já foi exaustivamente mencionado em vários
artigos, aqui mesmo neste blog, sobre os lados que separam nossa razão
consciente do nosso algoz inconsciente, isto é, um lado que pouco ou nada
conhecemos, mas que é capaz de tornar inferno a nossa vida, pelo simples fato
de não tomarmos ciência (não de um inquilino), mas do proprietário majoritário das
nossas ações. Mas que nem por isso,
carece nos considerarmos pequenos ou incapazes mas, saber que podemos ser como
Davi diante de Golias, o filisteu.
Nenhum transtorno tem relação direta com a
religiosidade, muito embora, se bem trabalhada, tanto a religião quanto a fé,
podem sim, ser de grande auxílio e até cura, pois que é através destes que
podemos alcançar e manter sob controle, o único fator capaz de transformar
nossa vida pra melhor, principalmente entre aqueles que tem carregado um fardo
ainda mais pesado e só não caiu, porque foi forjado na dor e na dificuldade e
que sabe agora reconhecer os seus limites, bem como suas novas habilidades.
Conforme afirmei no título, a intolerância
tem sido o veneno impregnado no sangue da esperança de muitos, contaminando a
perspectiva, ainda que seja para os próximos minutos. Como da cobra se extrai o próprio antídoto,
na tolerância pode está o processo de cura de todos os nossos transtornos,
sejam eles médicos ou psicológicos. Na
intolerância está a jurisdição que nos leva ao limite consciente da razão, à
penetrar o campo obscuro do inconsciente (detentor de conhecimentos guardados
desde a nossa gestação) e cujos quais não sabemos de que forma estão guardados
ou simplesmente “jogados” dentro de nós, como se um vulcão ativo à espera de
perdemos a paciência para entrar em erupção, jogando “larvas quentes” para quem
está próximo o bastante.
À medida que vamos exercitando e nos
tornando mais tolerantes, vamos também diminuindo a pressão interna deste
vulcão, ao mesmo tempo que, de uma forma automática, vamos organizando melhor o
lado inconsciente, de forma à transformá-lo mais em um aliado do que um inimigo
em potencial. Como veem, os benefícios
não se convergem apenas para um resultado, mas se divergem para vários, fazendo-nos
progredir em cada avanço conquistado.
Na intolerância está a chave para todo o
caos instalado em nossas vidas e também na nossa sociedade, por tratar-se de
fator único que nos faz agir feito crianças, mas com o ímpeto e a força de
adultos, o que só faz aumentar proporcionalmente os males que causamos e dos
quais também somos vítimas, ora numa condição, ora inversa.
De nada nos adianta aprender se a
intolerância não nos permite usufruir.
Por outro lado, o bom conhecimento também nos favorece e nos fortalece à
sermos mais pacientes, pois o bom conhecimento nos leva à sabedoria, cuja a
qual à exibirmos esplendorosamente, pela nossa segurança, em sermos mais
tolerantes (que os demais) diante dos desafios e adversidades.
“Os que permanecem de pé diante da dor,
tornam-se médicos diante dos que não à suportam”. (Amadeu
Epifânio).
Amadeu Epifânio
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