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quarta-feira, 18 de março de 2015

(IN)TOLERÂNCIA II


PILAR DA ALMA OU RIQUEZA DO EGO.




No que concerne ao consumo de drogas, qualquer uma delas é sempre uma droga à mais na "loja" dos traficantes ou na prateleira de bebidas de um supermercado.  Mas ao contrário do muitos (ou todos) acreditam, não são os jovens os maiores clientes e consumidores dessas mercadorias (qualquer uma que seja, isto é, tanto as lícitas quanto as ilícitas).  O grande risco e poder de aproximação está na intolerância dos jovens em suportar suas dores, até mesmo as cotidianas, como nos relacionamentos e perdas, tanto amorosos quanto familiares.

Mas a intolerância não age direta, mas de forma subjetiva, isso porque ela está diretamente ligada mais com o nosso inconsciente do que o consciente.  A tolerância é um dos nossos pilares psicoemocionais e que, quando enfraquecido nos torna vulneráveis e à mercê da vontade de um lado inconsciente de nós, que pouco ou nada conhecemos, mas que pode nos destruir sem que tenhamos conhecimento e controle sobre, enquanto agir sobre nós.

O verdadeiro nome do pilar chama-se resiliência e a tolerância é a condição para mantê-lo forte dentro de nós.  Se a tolerância diminui, a resistência do pilar enfraquece.  Se uma pessoa sente muita vontade de beber ou se deixa levar pela roda de "amigos", pode apostar que seu pilar já está enfraquecido, o que significa que algo mais profundo está acontecendo por dentro e que ela não percebe ou julga saber que é algo pequeno e que por isso não dá a devida importância.  Mas a medida que o tempo avança e esse conflito interno não se resolve, a angústia (até então, invisível) vai aumentando e tomando forma já visível (através da ansiedade), o que leva nossa mente (como medida preventiva de auto defesa), ter de correr para conter esta sensação já nociva, antes que atinja o precipício da razão e perca o controle consciente.

A tolerância (enquanto ainda presente, mesmo que em níveis baixos) ainda nos dá a chance de resolver o conflito de maneira segura, mas é preciso que já tenhamos adquirido previamente, subsídios que a nossa mente possa utilizar em nosso favor nessas horas, nem que seja para ganhar mais tempo.  Mas como é vão o nosso desejo em nutrir-se de conhecimento e, não encontrando o que procura em tempo hábil, automaticamente o comando do corpo e da vontade desta pessoa, é transferido para um outro administrador do lado inconsciente (que são os nossos impulsos), que tão intolerante quanto, dará novas ordens ao mesmo corpo, que faça uso do que estiver ao alcance para conter suas dores, ansiedades ou sofrimentos, não tendo mais que procurar entre as montanhas de “lixo cultural” que absorvemos diariamente.

O resultado desta medida não poderia ser diferente, ou seja, pode estar numa droga qualquer, sendo portada por qualquer pessoa, sem que esta necessite fazer qualquer tipo de ameaça para vender ou ceder, pois que ela será aceita ou mesmo solicitada de qualquer forma e INVOLUNTARIAMENTE.

Nessa mesma regra vivem nas crises, pessoas que sofrem de alguns transtornos psiquiátricos, com atitudes semelhantes à de crianças “machucadas” emocionalmente.

Na mesma regra também estão inclusos todos os atos delituosos e infracionais que cometemos todos os dias, apenas por enfraquecermos na vigilância da nossa tolerância perante os fatos que não aceitamos ou que simplesmente não compreendemos, mas que pela preguiça de aprendermos, nos rendemos à praticidade dos pensamentos e o comodismo das nossas ações, preferindo mais julgar do que agir favoravelmente, negar do que ajudar, odiar do que amar.   Na forma mais avançada da intolerância estão os crimes mais graves, como a homofobia, intolerância racial e religiosa (e esportiva), o Bulliyng, os crimes (tanto culposos quanto hediondos), os passionais e os familiares (como os de Susane e de Alexandre Nardoni, entre tantos outros).

Mais do que uma fraca resiliência, mais do que uma baixa tolerância, nossa maior fraqueza está no baixo interesse de aprender, tanto nos conhecimentos que as diversas literaturas nos oferece quanto nas experiências que a vida nos provoca à aprender e que muitas vezes negamos.  O que só nos faz diminuir drasticamente os níveis de tolerância e a resistência da nossa resiliência, levando-nos à cometer erros e mais erros, crimes e mais crimes, matando-nos uns aos outros, tanto físico quanto moralmente, como nos casos de pedofilia e abusos contra crianças.

Não sei se dá mais tempo de reverter tudo isso.  Nem é preciso que pensemos em salvar o mundo de tanta maldade e selvageria, mas se cada um trabalhar em si mesmo, buscando reforçar seus pilares, bem como de ajudar nossos filhos e jovens no verdadeiro conselho e ensinamento subjetivo, para que involuntariamente não venha recorrer, tanto em escolhas erradas (como as drogas) quanto em atitudes nocivas, aí teremos uma chance.

Conhecimento não é ouro dos tolos, ele será o ouro de maior valor, onde nesta reta final da vida humana, nenhuma outra riqueza prevalecerá.  O conhecimento da Palavra de Deus será o de maior valor (se não o único) à prevalecer e reinar, para todo aquele que não só acreditar como fazer valer, pelo menos por entre os que estiverem próximos de si, como amigos e familiares.  Cada um terá sua vida salva, no salvamento de quantos puderem levar consigo.

A mesma história foi escrita para todos, acreditando nela, ou não.

Amadeu Epifânio 


 Contatos pelo face (ProfAmadeu Epifanio)

2 comentários:

  1. Tolerancia se mede até onde o outro ve seus direitos. Chamar a prostituta de prostituta e a tratar como tal é um exemplo.

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  2. Se vou depender de terceiros pra medir minha tolerância, já teria jogado a toalha à muito tempo. Tolerância não se mede, se produz e aí sim, nos outros eu posso ver o quanto já elevei. Eu vejo isso à medida em que consigo não relevar o quanto os outros conseguem ou não, medir o que sou pra eles. Quando não me importar mais, é porque me tornei tolerante o bastante para desprezá-los.

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