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sábado, 22 de junho de 2013

DEPRESSÃO (III) – SOZINHA OU COM UMA “FORCINHA” ELA SEMPRE CHEGA.


Depressão é como aquele parente distante e indesejável, que quando chega, se instala e ninguém sabe como mandá-lo embora.  Nos primeiros artigos sobre o tema, foi dito que as causas são bem variadas, enquanto que as razões são individuais e peculiares, mais parecendo senha de cofre de banco que, depois que fecha, não há quem abra.

Depressão pode vir sozinha ou com a ajuda de um velho conhecido: o stress, mais especificamente o stress emocional, que muitas vezes sai mais caro que o físico, pois este, ainda que intenso, se recupera.  Já com o stress emocional, difícil atingir novamente o estado de normalidade, uma vês que a tendência dele é sempre acumular.

Ao longo da vida, desde criança, passamos por diversos tipos de experiências emocionais e as mais diversas formas de sentimentos recorrentes, pequenos, médios e de grande intensidade;  aborrecimentos, perdas de natureza sentimental ou material, decepção ou frustrações com pessoas próximas, muito próximas (quando capazes de desestabilizar o estado emocional de uma pessoa).  

As experiências absorvidas ao longo da vida, não são expurgadas da memória só porque ficaram no esquecimento ou porque tiveram seu momento de reconciliação.  Elas tendem à ficar guardadas no inconsciente como um “referencial de alerta”, que será lembrado (como mecanismo de defesa) à fim de se evitar um novo episódio semelhante.  O problema é que o armazenamento não tem limite e acaba tornando-se um verdadeiro depósito de experiências amargas e negativas que vivenciamos ao longo da vida.

De acordo com a característica de cada ser humano, essas experiências podem ter dois destinos:  Ou ficam onde estão e continuam se acumulando ou ganham mais espaço, de forma que o seu conteúdo não faça pressão sobre o corpo que o abriga.  Este ganho de espaço se adquiri quando se trabalha a tolerância, a fé, o discernimento, otimismo e foco em atividades constantes que envolvam prazer.   

Para aqueles que não trabalham essas virtudes, resta-lhes conviver com o peso das experiências, fazendo pressão interna sobre os atos externos e conscientes, gerando um cansaço mental acima do normal para as atividades normais que a pessoa desenvolve.  Com o tempo, o esgotamento físico chega mais rápido e o stress emocional aumenta sem se dar conta. Mais algumas semanas, o nível de tolerância começa a baixar, as atividades cotidianas começam a perder interesse.  A pessoa começa a reduzir a agenda de trabalho e de compromissos, inclusive os sociais.  Aqui também pode iniciar a depressão por stress.

A depressão é quando a pessoa se depara com um dado problema, repentino ou que já leva algum tempo, à princípio de natureza insolúvel à médio ou longo prazo que,  quando somado com o stress que já carrega, a possibilidade de ver resolvido seu conflito interno... vai à zero, por lhe faltar forças (sem saber porque) para enfrentar o problema de frente, seja ele qual for ou por causa de quem for.  É a depressão com causa específica, não compartilhada.  Na maioria dos casos, o depressivo não divide o que está sentindo.

  Às vezes a razão nem é tão forte ou tão grave, mas que somado ao stress existente, ganha ares de peso, como quem arrasta correntes pesadas, etc.  Como desgraça pouca é bobagem, precisa ainda, ter que contar com a falta de consideração e de relevância dos familiares em relação ao que está sentindo, perdendo neles uma confiança primordial, que tanto precisará para sair da depressão, quando vierem rogar para que reaja.

Tanto na depressão quanto na dependência química, é preciso que o doente tenha ou adquira confiança naqueles que pedem para reagir ou se tratar.  Se quem pede já estava com a sua imagem “arranhada” diante do depressivo ou do dependente químico, antes das respectivas “doenças”, com certeza não será com eles que se motivarão à se tratar.  Terá que ser, ou uma pessoa que o doente (químico ou depressivo) já gostava muito ou outra pessoa que passe à eles à segurança que eles precisam para sair da sua inércia, que ainda sim não será da noite pro dia, em ambos os casos.
É um trabalho que envolve paciência e respeito para com o momento que o depressivo ou dependente esteja passando; no depressivo é o chegar devagar, “pisar em ovos”, sentir nele(a) um possível interesse ou desinteresse por determinadas coisas, pessoas, programas de TV, de rádio, etc.   No dependente é lembrar de fatos que ele (ou ela) já tenha conquistado ou que ansiava muito obter, seguidos da expressão: “-Se quiser ter de volta o que perdeu ou conquistar o que tanto queria...você sabe o que tem que fazer”.

Muitas vezes o mais importante não é o que se diz, mas COMO se diz.  Para quem sofre, a última coisa de que ele precisa é de demagogia.  Colocado da forma acima para um dependente, quem escuta não é ele e sim o que está cativo na prisão da droga, fazendo com que use o que lhe resta de razão, para lutar por sua liberdade.  Acredite.

 Converse com Deus, se apresenta à Êle, exponha todo o problema e verá que logo (e aos poucos) seus problemas começarão à dar sinais de melhora.  Não desanime.  Tenha Fé.


Viver bem é Possível !  - Projeto Conscientizar


Amadeu Epifânio - Idealizador 


Somos pelo o que somos.



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