DEPRESSÃO
– Energia centrada
apenas no pessimismo.
Olá.
Cheguei à mencionar no primeiro artigo sobre depressão, que eu falaria
mais sobre as causas da depressão e os seus sintomas. Bem, está mais fácil falar sobre os sintomas
do que especificamente sobre causas, simplesmente porque as causas são únicas e
peculiares à cada pessoa com depressão e que nem mesmo elas saberia explicar
como começou e como se deu conta que já estava depressiva.
Seja como for, a depressão, assim como o
câncer, é uma doença silenciosa, onde não se sabe o começo e nem onde ela vai
dar, porém, à julgar pelos sintomas (alguns de natureza grave, como perda de
energia, isolamento social, crises de choro, sentimentos de culpa, desesperos,
insônia, perda de apetite, entre outros) não é difícil pressupor a possibilidade
de se chegar à ideação suicida, se não tratado em tempo hábil.
Em Abril, cheguei a postar um artigo
aqui no blog, justamente sobre energia e como canalizá-la de maneira racional,
uma vês que trata-se de uma força que temos dentro de nós, responsável por
impulsionar nossos projetos e até sonhos, até a sua realização. Por outro lado, essa energia, quando não
aproveitada, ela tende à se alojar justamente onde o nosso pensamento está mais
centrado, isto é, numa tristeza momentânea, uma ansiedade ou angústia, enfim,
qualquer um desses sentimentos, ainda que por pequenas razões, e com intenções
de se levar apenas algumas semana, acaba tornando-se um longo calvário.
Não importa o quanto se sofra por uma
dor, principalmente às do “coração”, como a saudade de alguém que nos deixou
num enorme vazio; tenha pelo menos algo mais para se preocupar, como um foco ou
algo que lhe dava prazer antes do irremediável sinistro. Este outro foco, ainda que correndo junto com
a dor, pode mantê-lo distante de uma depressão ou ainda que fique depressivo,
não haverá de mantê-lo(a) ou por muito tempo ou não tão profundo. Quanto mais focos ou atividades de prazer
tiver, tanto melhor, uma vês que a energia estará mais distribuída, ao invés de
centrada apenas na dor.
São muitos os sintomas decorrentes de
uma depressão, porém cada uma delas ligada especificamente à uma causa particular
de alguém especial, que viveu um momento especial e que agora vive o que sobrou
de sua expectativa frustrada. Não se
pode condenar alguém por estar depressivo, mas se pode ajudar de maneira
solidária e afetuosa, relembrando fatos e momentos que traziam alegrias, boas
lembranças e até um estado de felicidade ou prazer, os quais serão de grande
ajuda numa hora como essa, de forma paralela, sem a necessidade interromper
nenhuma medicação em andamento.
Uma pessoa depressiva, em geral pode
apresentar dois comportamentos de caráter silencioso: ou mostra-se à parte do
que acontece à sua volta ou o contrário, observa mas sem demonstrar reação ao
que acontece, mergulhado apenas em sua dor.
As lembranças (quando há), servem para atrair a atenção do depressivo
para prazeres que ele deixou para trás, ao dedicar demasiada atenção (e
energia) aos problemas ou à sua dor, que pode estar relacionado à um problema
específico ou à uma determinada pessoa.
Não force ou exija resultado imediato ao
expor as lembranças, elas devem ser apenas expostas e deixar que ao menos a
mente do depressivo veja, aceite a sugestão e ofereça ao corpo que o abriga (ao
senso de recompensa), como uma nova opção de prazer, em troca do prazer do isolamento. Lembre-se que a lembrança é relevante apenas
para o depressivo, dependendo apenas deste, sua aceitação.
Quanto mais lembranças e eventos
prazerosos, melhor, mas oferecidos com calma, expostos à frente do depressivo e
deixado lá, de poucos minutos à algumas horas e substituídos à cada dia, sem
pressa, percebendo nessa hora, se existe por parte do depressivo, alguma
manifestação ou interesse em manter o objeto ali presente. Se não sabe o motivo da depressão, não tente
questionar que não terás resposta, apenas respeite o momento e tente ajudar.
Nunca substitua ou interrompa de forma
arbitrária, a medicação que o(a) depressivo(a) possa estar tomando. Se não ver melhoras no quadro, procure então
outro médico (sem largar o primeiro) apenas para uma segunda opinião, do quadro
e do remédio. Por mais que gostemos da
pessoa que está depressiva, seremos melhores “doutores” fazendo o que é certo,
prudente e benéfico para quem realmente precisa.
Os remédios ajudam tanto a estabilizar o
quadro, para não piorar ainda mais (em razão da dificuldade às vezes de fazer
um diagnóstico mais preciso), quando pode ajudar gradativamente na evolução do
quadro. Não é fácil tirar alguém da
depressão, é preciso paciência e um pouco de fé. Deixe um pouco o terço de lado e converse com
Deus, exponha o problema, sua preocupação e tudo que está à sua volta; deixa Êle te conhecer melhor e verás que logo
logo a ajuda virá. Que Deus é fiel isso
já sabemos. E nós ?
Lembre-se que um depressivo precisa de
um ambiente seguro e harmonioso, no mínimo estável, para tentar voltar à sua
vida normal. Então, trabalhe pela
harmonia.
Que Deus abençoe em sua empreitada e
que, pela Fé, tudo pode acontecer.
Amadeu Epifânio
Viver bem é Possível ! -
Projeto Conscientizar
Somos (e ficamos) pelo o que somos.
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