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segunda-feira, 10 de junho de 2013

DEPRESSÃO – Energia centrada apenas no pessimismo.



Olá.  Cheguei à mencionar no primeiro artigo sobre depressão, que eu falaria mais sobre as causas da depressão e os seus sintomas.  Bem, está mais fácil falar sobre os sintomas do que especificamente sobre causas, simplesmente porque as causas são únicas e peculiares à cada pessoa com depressão e que nem mesmo elas saberia explicar como começou e como se deu conta que já estava depressiva.

Seja como for, a depressão, assim como o câncer, é uma doença silenciosa, onde não se sabe o começo e nem onde ela vai dar, porém, à julgar pelos sintomas (alguns de natureza grave, como perda de energia, isolamento social, crises de choro, sentimentos de culpa, desesperos, insônia, perda de apetite, entre outros) não é difícil pressupor a possibilidade de se chegar à ideação suicida, se não tratado em tempo hábil.

Em Abril, cheguei a postar um artigo aqui no blog, justamente sobre energia e como canalizá-la de maneira racional, uma vês que trata-se de uma força que temos dentro de nós, responsável por impulsionar nossos projetos e até sonhos, até a sua realização.  Por outro lado, essa energia, quando não aproveitada, ela tende à se alojar justamente onde o nosso pensamento está mais centrado, isto é, numa tristeza momentânea, uma ansiedade ou angústia, enfim, qualquer um desses sentimentos, ainda que por pequenas razões, e com intenções de se levar apenas algumas semana, acaba tornando-se um longo calvário.

Não importa o quanto se sofra por uma dor, principalmente às do “coração”, como a saudade de alguém que nos deixou num enorme vazio; tenha pelo menos algo mais para se preocupar, como um foco ou algo que lhe dava prazer antes do irremediável sinistro.  Este outro foco, ainda que correndo junto com a dor, pode mantê-lo distante de uma depressão ou ainda que fique depressivo, não haverá de mantê-lo(a) ou por muito tempo ou não tão profundo.  Quanto mais focos ou atividades de prazer tiver, tanto melhor, uma vês que a energia estará mais distribuída, ao invés de centrada apenas na dor.

São muitos os sintomas decorrentes de uma depressão, porém cada uma delas  ligada especificamente à uma causa particular de alguém especial, que viveu um momento especial e que agora vive o que sobrou de sua expectativa frustrada.  Não se pode condenar alguém por estar depressivo, mas se pode ajudar de maneira solidária e afetuosa, relembrando fatos e momentos que traziam alegrias, boas lembranças e até um estado de felicidade ou prazer, os quais serão de grande ajuda numa hora como essa, de forma paralela, sem a necessidade interromper nenhuma medicação em andamento.

Uma pessoa depressiva, em geral pode apresentar dois comportamentos de caráter silencioso: ou mostra-se à parte do que acontece à sua volta ou o contrário, observa mas sem demonstrar reação ao que acontece, mergulhado apenas em sua dor.  As lembranças (quando há), servem para atrair a atenção do depressivo para prazeres que ele deixou para trás, ao dedicar demasiada atenção (e energia) aos problemas ou à sua dor, que pode estar relacionado à um problema específico ou à uma determinada pessoa.

Não force ou exija resultado imediato ao expor as lembranças, elas devem ser apenas expostas e deixar que ao menos a mente do depressivo veja, aceite a sugestão e ofereça ao corpo que o abriga (ao senso de recompensa), como uma nova opção de prazer, em troca do prazer do isolamento.  Lembre-se que a lembrança é relevante apenas para o depressivo, dependendo apenas deste, sua aceitação.

Quanto mais lembranças e eventos prazerosos, melhor, mas oferecidos com calma, expostos à frente do depressivo e deixado lá, de poucos minutos à algumas horas e substituídos à cada dia, sem pressa, percebendo nessa hora, se existe por parte do depressivo, alguma manifestação ou interesse em manter o objeto ali presente.  Se não sabe o motivo da depressão, não tente questionar que não terás resposta, apenas respeite o momento e tente ajudar.

Nunca substitua ou interrompa de forma arbitrária, a medicação que o(a) depressivo(a) possa estar tomando.  Se não ver melhoras no quadro, procure então outro médico (sem largar o primeiro) apenas para uma segunda opinião, do quadro e do remédio.  Por mais que gostemos da pessoa que está depressiva, seremos melhores “doutores” fazendo o que é certo, prudente e benéfico para quem realmente precisa. 

Os remédios ajudam tanto a estabilizar o quadro, para não piorar ainda mais (em razão da dificuldade às vezes de fazer um diagnóstico mais preciso), quando pode ajudar gradativamente na evolução do quadro.  Não é fácil tirar alguém da depressão, é preciso paciência e um pouco de fé.  Deixe um pouco o terço de lado e converse com Deus, exponha o problema, sua preocupação e tudo que está à sua volta;  deixa Êle te conhecer melhor e verás que logo logo a ajuda virá.  Que Deus é fiel isso já sabemos.  E nós ?

Lembre-se que um depressivo precisa de um ambiente seguro e harmonioso, no mínimo estável, para tentar voltar à sua vida normal.  Então, trabalhe pela harmonia.

Que Deus abençoe em sua empreitada e que, pela Fé, tudo pode acontecer.

                                                      Amadeu Epifânio 


Viver bem é Possível !  -  Projeto Conscientizar


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