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quinta-feira, 22 de novembro de 2018

PODEMOS SER MUITO MELHORES...



SE NÃO FORMOS TÃO SOBERBOS.


Temos o hábito de censurar e condenar os menores infratores.  Mas deixe-me dizer uma coisa.

Nós, adultos, cometemos erros, pelos quais passamos uma vida inteira, tentando entender ou convencer alguém, que não tivemos a intenção de fazer algo, que nos tenha gerado constrangimento ou discórdia, perante outrem.  Nós, adultos, cometemos erros, cujo os quais buscamos respostas para justificá-los e, quando damos, melhor fosse não ter dito nada rsr.

Todos os possíveis erros, todas as decisões erradas, todos os “up, foi sem querer”, partiram de um inconsciente nosso, imaturo e inconsciente, que não pressente perigo nem mede consequências e, sobre o qual (quando age), não temos o menor controle, restando à nós, somente, lamentar e se desculpar, depois de consumado.  Mesmo não tendo controle sobre este inconsciente, ainda sim, somos culpados, por fazer o que fazemos.  Porque estes erros só ocorrem, por não termos as respostas racionais mais apropriadas ao momento certo e por não termos aprendido com nossos erros, em ocasiões passadas.

Nós julgamos os menores de rua, mas nos esquecemos do que os adultos estão fazendo, do quanto estão matando à rodo, sem piedade, as companheiras, os policiais, os próprios filhos, os próprios pais, os torcedores rivais, os que não aceitam outra cor de pele, outra religião. De onde acham que vem toda essa fúria ?  Provavelmente de razões que consideram como justificáveis ao momento deles, quando na verdade, está vindo do mesmo inconsciente inconsequente.  Mas este, nos dá apenas a forma de revidar.  A raiva e o ódio, ocorreram nessas pessoas, em sua infância, quando foram abusados, estuprados, espancados, quando viram seus pais serem mortos cruelmente ou de forma estúpida.

O ódio de uma criança é maior que à de uma adulto, por não poder compreender o ódio que à machucou profundamente.  Quando vemos um adulto sendo cruel, não é ele, adulto, que está no controle, mas a criança dentro dele, usando o corpo adulto como instrumento, para machucar à outrem, da mesma forma ou, com os mesmos danos que sofreu mas, apesar disso, a criança (no adulto) não mata, porque uma criança não sabe o que é matar.  Mas ela sabe e pode machucar, gerando o óbito por consequência, pelos tipos de lesões.

Como ironia, nosso Código Penal Brasileiro, não diz que é proibido matar (ao contrário dos Dez Mandamentos escritos por Moisés). O Código Penal apenas impõe sanções pra quem mata e pela forma que mata.  Mas é tão culpado, os que provocam em outro ser humano, o instinto de matar.   Eu sou contra ou indiferente, ao controle e porte de armas, para o cidadão.  Não faz diferença o tipo de arma que portamos, porque não será essa arma que matará, que irá tirar a vida de pessoas e sim, o desejo de matar.  

O desejo de matar pode fazer uso de qualquer instrumento para machucar e lesionar alguém (até mesmo as próprias mãos, quando estrangula uma pessoa), sendo o óbito, consequência. Isso nos permite ver, o quanto um ser humano (uma criança) pode guardar dentro si, de ressentimento.  Em parte, porque os pais não procuram (nem tentam) ter a percepção dos filhos, o ponto de vista deles, do conceito que criam (em torno dos próprios pais), para agir como agem, fazendo birras, crise de raiva, de choro, de agressividade, isolamento e até suicídio.

Honestamente, eu não provocaria uma criança de rua, porque não iria querer ver o quanto de ressentimento há dentro de si, pelas experiências ruins, negativas ou maldosas, pelas quais já passou e, tudo isso acabaria sendo descontado no primeiro que tentasse lhe causar alguma forma de dano, seja ele moral, verbal ou físico.   Você pagaria pra ver ?   

Já reparou o quanto respondemos às pessoas por ofensas recebidas ?  O quanto revidamos, inclusive fisicamente ?  Porque acha que fazemos tudo isso ?   Porque somos corajosos ?  Não.  Porque somos burros, porque somos limitados, porque nos recusamos à aprender com os erros e as oportunidades e, em razão disso, nossas respostas (físicas, faciais, verbais, etc) estão sendo dadas, sempre pelo inconsciente imaturo e inconsequente, como uma criança de 3 anos apenas.  É pra vocês verem, o quanto somos infantis em nossos atos, em nossas decisões e julgamentos.

Quando Jesus nos disse que do pó viemos e para o pó voltaremos, é porque não sabemos absolutamente nada sobre nós, do porque fazemos as coisas, o que nos motiva tanto errar quanto acertar.  O que nos provoca o riso ou o ódio.  Não sabemos nada e assim permaneceremos, até que comecemos à nos questionar, do porque somos o que somos.  

Os que se consideram mais espertos e inteligentes, são os que menos sabem e julgam ter o controle sobre si mesmos e do que pensam controlar.   A ganância, a vaidade, a soberba, a vingança, são tudo entraves, que nos torna mais infantis do que já somos e muito menos controle das ações, terá sobre si próprio, estando sempre sujeito, mais à reagir, do que agir favoravelmente, em benefício de si mesmo e também de outros e isso, é o que todos querem.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.

               

                  Contato: https://www.facebook.com/Prof.EpifanioAmadeu





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