QUANDO MUDANÇAS
DENUNCIAM "MUDANÇAS".
Em um mundo cada vez mais diverso e agitado, não é difícil
percebermos mudanças, no padrão de comportamento dos jovens (e até de
crianças), quando tendem para seguir uma correnteza de hábitos inovadores,
presentes em escolas por exemplo, onde ali se concentram padrões muito diferenciados
de educação e criação de filhos. Educar
é diferente de criar. Criar, criamos animais de estimação, agora,
educar, é do que está faltando. Pior, é
o que está escasso, pois o que mais se ensina, é o básico essencial e só.
Mesmo não querendo, os filhos não podem evitar reparar, nas
mudanças de padrão dos colegas, que pode tender par diversas formas, como
imitar penteado, Tatoo's e Piercing's de jogadores, celebridades e
artistas. Ficam acessando redes sociais
e páginas dessas pessoas, pra acompanhar comportamentos e estilos de vida. Ficam trocando informações pessoais e
preferências, pelas redes sociais e se expondo, com pessoas que fazem se passar
por outras, mandam fotos que não são suas, pedem pra fazer coisas obscenas, para
depois ameaçar expôr publicamente. Prática conhecida por Cyber-Bulliyng.
Não importa qual seja a mudança, já indica (mais do que)
mudança de comportamento. Indica mudança
de conceitos em relação à família ou aos pais, especificamente. Mudanças refletem mudanças de padrão
familiar. Pai ou mãe (ou alguém querido
na casa) que morre, se muda, não volta mais, não frequenta mais a casa, brigou
com os pais e foi embora (irmãos mais velhos). Pais que mudam de trabalho e ficam muito
distante e não ligam pra casa, pra nada !
achando que está sempre, tudo bem e que os filhos sabem se virar
sozinhos. Com redes sociais. Será mesmo que estão seguros ? Não compense seus filhos, com o que eles
podem se perder (ou até se matar).
Suicídio infantil é bastante comum, pra quem não sabe.
Quando começam à perceber as mudanças, já fica difícil reverter,
porque os pais perdem "moral" por não tornar-se presente (e os filhos
não querem saber do seu trabalho, porque vocês não falam deles. A apatia começa cedo e vira uma bola de
neve, à medida que o tempo passa. O lado
triste é que, nem os filhos nem os pais, sabem como tudo isso começou, por isso
não sabem como parar.
Muitos pais costumam dar corda, incentivam essas mudanças,
achando que estão "agradando" os filhos, quando na verdade, estão
transferindo aos mesmos, como gostariam que seus pais tivessem se portado com
eles, quando criança. O desejo de uma
criança (já em corpo adulto) é muito mais forte do que este e seus impulsos (dependendo
do momento), pode não ter o controle necessário, vindo se arrepender (de tatuar ou
implantar um piercing ou mudar o corte de cabelo), somente depois de ter
feito.
Uma pessoa que mata outra num momento de raiva, na verdade
não quis matar, mas valeu-se das circunstâncias momentâneas e do impulso de
"machucar" (não matar). Impulsos
são mais forte que desejo. Criança não sabe o que é matar, por isso o ela quer, é
machucar. Sendo a morte, mera
consequência (ou acidente de percurso).
Quanto mais negligenciarmos os filhos, mais alimentamos
seus impulsos (dependendo de como está sendo criado). Birras, ciúmes, ataques de nervosismos,
malcriações, agressividade, só acontecem porque estamos negligenciando o ponto
de vista deles, a forma deles verem o mundo, as frustrações e decepções, as
quais vão encarar muitas vezes, durante a ainda. Mas se não souberem (não forem ensinados) à
lidarem hoje, vão “cair” cedo, se limitando e achando que nunca conseguirão
fazer nada direito na vida.
Se não querem que os filhos “passem pelo o que vocês
passaram”, ensine-os à viver, à raciocinar, refletir, analisar os fatos, como
se apresentam. Sejam sinceros com eles,
porque a mentira (além de machucar), é altamente prejudicial para o intelecto
psicoemocional deles, quebrando qualquer referência positiva, que possam fazer
uso, quando as coisas ficarem difíceis, recorrendo provavelmente, ao mesmo
recurso (da mentira), pra sair de uma situação difícil. Crianças precisam sentirem-se seguras,
emocionalmente, para que não venham fazer uso de hábitos de terceiros, de
padrões “estranhos” de comportamentos, para sentirem-se bem.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista
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