MAIS EM HOMENS
OU MULHERES ?
Não existe sexo para estatística de
alcoólicos, o que determina é o grau de problema que tenha tido quando criança,
com um dos pais. É isso que irá determinar o grau de dependência (se bem que
não varia muito) e até, se irá ou não desenvolver dependência, caso venha a beber (socialmente) com certa freqüência.
O álcool em quantidade além do
habitual (para uma só noite), transfere o comando do consciente para o nosso inconsciente. Com isso
acontecem duas coisas, sem termos a menor noção. Primeiro, o inconsciente fará
recordar "pendências emocionais" que ficaram presas, à espera de uma
oportunidade para ressurgir. Essas lembranças irão ressurgir juntamente com a
carga de emoção (sentimento) vivido à época em que ela se deram, o que (por
causa do álcool), a pessoa perde também (além da razão), seu limite de
tolerância para suportar essas lembranças.
À partir deste ponto, é como se
libertássemos o gênio da lâmpada, que começará (involuntariamente e
inconscientemente) à bater na porta do consciente, tentando fazer esta pessoa
lembrar seu passado, para que tome ciência, entenda, resolva e ponha um fim.
Porém, como se trata de um cara "invisível" tentando fazer isso,
evidente que o máximo que ele sentirá é uma angústia estranha, contínua, do
nada, que apareceu de repente, que não vai embora.
Isso acabará minando sua tolerância,
ao ponto de precisar de algo para conter. No momento que ele não consegue mais
suportar, quem se encarrega de indicar o "remédio" é seu próprio
inconsciente (que feito um gênio, saiu da garrafa, trazendo junto a lembrança).
Como o consumo de álcool já era
(socialmente) uma freqüência antes, Ôpa ! É justamente o que será usado para
conter essa angústia. Conclusão, tem-se
início o processo do ciclo da dependência alcoólica. O risco de se beber demais está no fato de
desenterrar coisas que jurávamos não existir (até onde achamos que sabemos).
Tem pessoas que bebe feito um barril
e não desenvolve dependência, porquê ? Porque não há eventos bloqueados, para
serem resolvidos (ou não tão grandes ou expressivos). Ainda sim, pode causar
perda de reflexo na direção e ficar dependente à uma cadeira de rodas pro resto
da vida.
Essa mesma teoria aplica-se à origens
de transtornos diversos, como ansiedade, pânico, bipolaridade e outros. Nosso
inconsciente, ao oposto do que possa parecer, não é nosso algoz nem carrasco.
Ele apenas quer nos ajudar, tentando nos fazer recordar do evento que está
causando o transtorno ou alcoolismo ou anorexia, bulimia, etc.
Basta ter em mente que, o que está
passando não é coisa do outro mundo, é uma memória tentando se descobrir para
dar fim ao que está passando e quanto mais puder se ajudar, mais rápido
termina. TCC pra começar ajuda, dizer
pra si mesmo, que o que ficou pendente com papai ou mamãe está agora cobrando
definição, mas que seja lá o que tenha havido, só aconteceu porque não tive
discernimento para compreender, em razão da minha tenra idade (não importa se
bebê ou primeiros anos).
"Se o que for que tenha ocorrido, passou, não há lamentação nem mágoa,
apenas mais um momento entre tantos que vivi, que foram bons (ou maravilhosos)
e que não carece me penitenciar (da forma que for) por causa disso". Momentos são experiências, que nos ensinam à
viver, que valem mais do que lembranças tristes, que não merecem ficar travando
nossa vida. Bola pra frente.
Lembre-se, alcoolismo não tem como
colocar outra pessoa pra dirigir por nós, na volta. Quem volta dirigindo é seu inconsciente e...
melhor não confiar.
ProfAmadeu Epifânio
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